Capítulo 36-Emilly e Nathan-Nada é tão intenso e ardente quanto uma paixão.

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»EMILLY«

Bia cancelou nossa ida ao shopping, e minou qualquer tentativa de conversa sobre Lucas. E eu não forcei muito, ainda um pouco tonta pela descoberta. Piscava e piscava e
parecia não conseguir raciocinar. Era difícil acreditar. Lucas não se parecia em nada com o homem que eu julgava ser o pai do bebê de Bia. Eu pensava no pai do bebê como um homem sem escrúpulos, insensível e cruel.

Lucas estava longe de ser qualquer uma dessas coisas.

Estou indo na direção do quarto quando sinto meu celular vibrar na
minha bolsa. É ele. Eu sei que é ele. Estive esperando uma mensagem ou
algum tipo de contato de Lucas desde que o deixei essa manhã. Eu testemunhei o seu olhar quando ele viu Bia. Ele não vai esquecer isso. Ele
não vai desistir disso.

— Olá Lucas. — Atendi
— Tudo bem, Sophia?— Me perguntou.
— Tudo bem ― Menti ― Só estou um pouco cansada.

Ele fez um breve silêncio do outro lado da linha.

— Ela te contou, não foi? ― Perguntou.

Limpei a garganta um pouco antes de responder. Eu não queria ter essa conversa com ele.

— Sim.

Ouvi quando ele respirou fundo.

― Eu não lembro muito bem do que aconteceu, Sophia. Não sabia nem que ela era irmã de Nathan até você me dizer hoje. Ela me disse que seu nome era Gisele. ― Lucas disse com muita mágoa na voz.
— Lucas, isso realmente não é da minha conta. Agora você já sabe quem ela é, não é comigo que você precisa conversar. ― Expliquei tentando fugir do assunto.
― Posso pedir uma coisa a você, Cristal? ― Disse com a voz pesarosa

Não respondi, então ele continuou.

― Ajude-me a tirar uma dúvida antes. Eu sei que você deve estar me odiando agora, e que o que eu disser  não vai mudar nada, mas eu queria que pelo uma pessoa que eu confio pudesse me ouvir. Que pelo menos alguém que sabe dessa merda toda, me desse à chance de entender o que houve e tentar de alguma forma diminuir o estrago.

Mordi o lábio ante a proposta. Era um pedido justo. Não era o tipo de pedido que eu gostaria de ouvir porque meu senso de justiça acabava sempre fazendo com que eu me arrependesse dele, mas não era algo fácil de ignorar. Lucas parecia realmente não se lembrar do que aconteceu, ou saber quem era Bia. E se isso fosse verdade, a coisa era muito mais complexa do que eu imaginava.

― Uma hora, Sophia. É tudo que eu peço.—Ele disse.

Respirei fundo antes de responder.

― Ok. Te encontro na lanchonete. — Eu disse e desliguei.

Quando cheguei na lanchonete pedi um copo de suco enquanto esperava. Trinta minutos depois ele finalmente chegou, e uma aparência abatida de Lucas caminha em minha direção, muito diferente de como parecia mais cedo.

— Obrigada por vim. E me descupe se demorei— Ele diz quando se senta.
— Está tudo bem—Digo, minha voz soa apertada.

Há um silêncio constrangedor depois que ele faz seu pedido, e minha perna salta enquanto eu luto para não preenche-lo, principalmente porque sei o motivo para estamos com dificuldades para iniciar uma conversa agora.

Destinos CruzadosWhere stories live. Discover now