Capítulo 80-Emilly e Sophia -futuro é construído pelas nossas decisões diárias.

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»EMILLY«

—  Essa fazenda me faz muito bem. —Sophia sorriu e colocou seu longo cabelo atrás das orelhas.— Vou sentir falta daqui.

Ela desenhou dezenas de círculos aleatórios no chão com os dedos dos pés.
— Ei, não diga como se não fosse vim mais aqui. — Eu disse — Eu espero você aqui no mínimo quatro vezes no mês. Até porque quero você muito presente na vida do meu bebê.
— Prometo me esforçar para vim o máximo de vezes possíveis. — Ela respondeu olhando na direção em que Rogério e Cármen sorriam, conversando com Junior, Nathan e Regina.
— Você já falou com eles?
— Não tive coragem.— A voz dela era trêmula e notei suas mãos tremendo.— Você viu como ficaram quando descobriram que não vim para ficar de vez?
— Eles vão entender. —Estendi a minha
mão e prendi nossos dedos juntos.
— Eu realmente espero. —Ela soltou um suspiro pesado e protegeu os olhos com a outra mão para que ela pudesse apreciar a vista deslumbrante do riacho.

O sol estava brilhante e alto no céu. Os raios brilhavam nas pontas das
pequenas ondas que ondulavam a água clara e uma brisa fresca vinda do riacho nos impedia de transpirar.

— Mas mudando de assunto, como vai o meu sobrinho ou sobrinha? — Ela virou o rosto em minha direção.
— Está muito bem. Essa semana mesmo eu já pude senti-lo mexer. — Contei sorrindo. — Mexer muito.
— Que bebê traquina.

Ela virou-se novamente para o riacho para continuar olhando para o chão. Em um movimento ela usou a sola de seu pé para apagar os círculos que ela havia desenhado e começou do zero.

— Será que terá o gênio da titia aqui?
— Deus é misericórdioso, não faria essa crueldade com Emilly. — Junior apareceu, encontrando um espaço ao lado de Sophia e entregando uma garrafa de heineken a ela.

Sorrindo, assisti à cena enquanto ele se aproximava do rosto dela e a beijava.

— Eu vivi para ver Júnior ser assim. —Murmurei.
— Assim como?— Ele quis saber, afastando-se dela.
— Carinhoso. Você costumava ser tão fechado que eu até duvidava se tinha coração. — Confessei e Sophia deu risada.
— Eu precisei de um tempo para treiná-lo.— Ela disse e ele estremeceu sem protestar, tomando um gole de cerveja.

A transformação de Junior desde da troca era impressionante. Ele sempre fora confiante e levava um ar de arrogância quando se movimentava. Agora era apenas... calmo. Estava claramente, perfeitamente feliz.

— Treiná-lo a ter paciência com você, certo?— A voz masculina acrescentou atrás de nós e em seguida Nathan aproximou-se e preencheu o espaço, sentando-se ao meu lado no banco de jardim.
— Exatamente isso — Júnior sorriu, confirmando.
— Pare vai, eu não sou tão difícil de lidar.— Sophia se defendeu
— Imagina, você é apenas explosiva, querida.
— Claroooo, apenas eu. —Ela riu, beliscando o braço de Junior.
— Porra, Sophia, isso doeu. —Ele reclamou.
— Você é um maricas chorão, Junior. — Ela olhou para cima e soprou sua franja.
— Eu sou é?—Ele provocou e
beijou o ombro dela.

Ela balançou a cabeça e exalou o ar com toda força quando ele subiu os lábios para seu pescoço.

—  E um idiota também!— Ela acrescentou e recebeu um beijo dessa vez em sua boca.—  Infelizmente, o idiota mais gostoso desse mundo.
— Sei disso, porque seu eu não fosse esse belo exemplar de macho à sua frente você nem sequer me daria um segundo olhar. — Junior brincou com um sorriso torto.
— Você é um poço de modéstia, você sabe disso?
—  E você me ama mesmo assim— Ele respondeu dando-lhe discretamente um beijinho no queixo.
— Meu Deus, eu nunca imaginei que Sophia fosse protagonizar uma cena tão açucarada como essa.— Nathan sussurrou em meu ouvido e eu sorri.
— Pois é, a vida tem disso de nos surpreender a cada dia mais.

Destinos CruzadosWhere stories live. Discover now