Capítulo 51-Emilly e Nathan-O medo da desgraça é pior que a desgraça.

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»NATHAN«

Na sexta-feira estávamos de volta ao hotel. E pouco antes das seis eu já estava pronto. Vestia uma calça cinza escura e uma camisa também cinza, um pouco mais clara. Coloquei as abotoaduras e estava escolhendo uma gravata quando Sophia entrou no quarto, já vestida e penteada.

— Acho que você deveria usar a mais escura—Indicou uma das gravatas dobradas sobre a cama.— Um visual monocromático destacará seus seus olhos.

Mantive meus olhos nela por alguns segundos, pensando em como minha vida ganhou um novo rumo naquela semana. Era impressionante como ela mudou a minha vida. Estar ao seu lado, olhá-la, tê-la contra mim, fitar seus olhos, sentir seu cheiro, ouvi-la dizer meu nome, tudo isso tinha se tornado fundamental para mim.

— Obrigada senhorita, foi um excelente conselho de estilo— Brinquei enquanto ajustava a gravata em frente ao espelho.

Pelo reflexo, eu a vi sentada na poltrona, atando o fecho da sandália. Ela estava absolutamente linda. Seu cabelo está solto, como de costume, as extremidades loiras escovadas por seus seios, e seus lábios estão pintados de vermelho. Ela está vestindo um lindo vestido vermelho. É justo no busto e na cintura e mais aberto na parte inferior. A cor do vestido realça a beleza da sua pele clara, e o decote foi obviamente projetado para devastar os homens. Cortado de forma elegante e o suficiente para dar um vislumbre do volume superior de um par de seios que parecia ter sido moldado pelo próprio Deus.

Eu mal podia esperar pelo fim dessa festa.

— Vamos? —Ela chamou quando terminou.

De mãos dadas, caminhamos para fora do hotel e entramos no carro que estava a nossa espera. Seguimos por uma avenida movimentada até que a quantidade de carros começou a diminuir e assim que o carro parou, um segurança abriu a minha porta enquanto o outro ajudava Sophia. 
O local onde acontecia a festa era enorme, estava cheio e tocava uma música lenta enquanto multidões de bem vestidas pessoas se misturavam saboreado coquetéis e champanhe. Caminhei entre elas com Sophia ao meu lado, olhando em volta, buscando Gregório ou seu advogado. Já estava chegando até as portas enormes que levavam ao jardim dos fundos quando avistei Gregório ali perto, com sua filha, todo sorridente.

Caminhei até eles e os cumprimentei.

― Que bom revê-los—Ele disse dando um tapinha em minhas costas.— Você está ainda mais linda, Sophia.

​Ele a beijou na bochecha e ela retribuiu o beijo.

— Obrigada —Agradeceu, um riso tímido e delicado brilhando em sua boca.
— A hora em que quiser deixar Nathan, pode me procurar—Brincou , voltando os olhos para mim.
― Acredito que iremos resolver os negócios logo? — Ignorei a brincadeira.

Gregório me encarou por alguns segundos, e eu mantive meu olhar focado no dele. Depois de um tempo, ele fez sinal com a cabeça e se virou para a filha.

— Você se importa de ficar alguns minutos sem mim, querida?—Ele perguntou— Há algumas coisas que preciso acertar com o Sr. Brown.
— Sem problemas, pai.

Ela sorriu para Gregório e nós saímos de lá.

—  Eu estive pensando muito, Nathan —Gregório disse assim que entramos em uma sala— E como quero aproveitar minha festa, não vou prolongar minha decisão.

Ele acendeu um cigarro. Deu trago longo e prendeu a fumaça por algum tempo, soltando tudo de uma vez.

— Você trouxe os um documentos ?

Sophia entregou um envelope com as folhas a ele que correu os olhos pelos documentos.

— Nenhum ponto sem nó para Nathan Brown.
—  Nunca.

Destinos CruzadosDove le storie prendono vita. Scoprilo ora