Capítulo 63-Emilly e Nathan-Amor de alma, amor que acalma.

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» NATHAN «

O som das sirenes cresce mais alto enquanto a polícia se aproxima. Fazia algumas horas em que estávamos na varanda da frente a espera deles para resolverem a situação.

Secando as gotas de suor que escorriam por entre as minhas sobrancelhas, olhei para Samuel que estava ao telefone, respondendo às perguntas do delegado que pediu-lhe para nos mantermos fora da casa até que eles chegassem. Algo sobre a contaminação da cena do crime e interromper provas.

— Tudo bem —Consegui captar a oscilação suave de sua garganta quando deglutiu.

Sentada ao meu lado, Emilly que lutava contra o próprio corpo para se manter consciente levantou os olhos e fixou em Samuel que acabará de desligar o telefone.

— O que foi? —Noto o medo em seus olhos, e a palidez, em seu rosto.
— Benjamin, Nathan, Junior e eu teremos que responder algumas perguntas ao detetive quando ele chegar. — Samuel responde me fazendo respirar fundo.
— É algo que poderá prejudicá-los?—Podia sentir o nervosismo de Emilly aumentar.
— Temos quatro homens mortos na casa, seis no celeiro, e talvez tenha mais onde quer que Benjamin e Junior esteja. — Diz Samuel , passando a mão nos cabelos em um gesto nervoso.— Não poderemos alegar que foi apenas legítima defesa.
— Quanto a isso eu posso cuidar da defesa de vocês—Ela se apressou em dizer.
— Não acho que seja uma boa ideia—Samuel advertiu.— Suas razões emocionais podem interferir na decisão do conselho.

Ela geme e seguro suas mãos para assegurar que tudo ficará bem. O frio de sua carne pica o meu próprio calor. Ela está congelando

— Não se preocupe. Tudo vai se  resolver.

Passei a mão pelos cabelos curtos e tirei as mechas que cobriam seu rosto.

— Nós já estávamos ciente disso quando decidimos vim sem comunicar a polícia.
— Vocês podem serem presos— A voz dela falha e ela engole em seco, como se tivesse um nó na garganta.
— Não vamos ser presos.

Acolho-a, em meu peito, enquanto ela despedaça-se, em meus braços. O pavor se entrelaça ao meu coração como uma videira de espinhos venenosos. A dor dela dilacera-me.

— Eu não posso me envolver em um processo agora.—Samuel esfrega o rosto, algumas vezes. — Eu disse que isso não seria uma boa ideia, não deveríamos ter ouvido Benjamin.

Ele anda, de um lugar a outro, na varanda resmungando algumas palavras incompreensíveis.

— Benjamin?— Ouço a voz suave de Emilly e encaro seus olhos angustiados voltados em direção a mim.

Meus músculos enrijecem. Não sei como dar a notícia a ela.

— Acho melhor deixar isso para outra hora— Samuel disse apontando em direção a estrada onde um Chevrolet Spin saltita, e o vermelho e azul piscam.

Quando o carro finalmente para, um homem vestido com uma camisa preta sai e caminha até nós.

— Sr. Leives?
— Sim, sou eu mesmo.
— Você disse que eram seis pessoas.— Ele olha em nossa volta— Onde estão os outros?
— Estão próximos ao celeiro.
— Ok.

Ele faz um sinal com a mão e três policiais uniformizados caminham para dentro da casa.

— Como vocês precisam de atendimento médico, não precisam comparecer imediatamente à delegacia, mas iremos manter todos os envolvidos sob vigilância no hospital e assim que possível, enviaremos alguém para tomar os depoimentos.

Olhou para Emilly, fixando o olhar em seu rosto. Depois de alguns segundos, voltou-se para mim.

— A viatura irá levá-los até o hospital. — Informa

Destinos CruzadosWhere stories live. Discover now