• reencontro •

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S/N:

    Após tomar banho e tirar toda aquela sujeira e fedor da batalha, corri até o QG do hokage para avisar que estou bem e viva. Bato na porta e sou atendida por Mito, que carrega uma expressão furiosa.

— Oi? -dou um sorrisinho amarelo.

    Ela não fala nada, apenas me dá espaço para entrar. Assim que passo por ela, levo um tapão na nuca que me faz cambalear uns passos à frente. Coloco a mão na área que ela bateu e faço uma careta.

— Você fez exatamente o que eu passei dois anos te aconselhando a não fazer! -ela repreendeu elevando o tom.

— Foi sem querer, eu juro! -corro para trás da cadeira do hokage. — Ele se enfiou na espada que eu estava segurando!

— E você não podia evitar? -os cabelos de Mito se ergueram pela raiva.

Mokuton! -Hashirama fez um selo de mãos.

    De repente estou presa por troncos de madeira que emergiram do solo. Tento me soltar mas é inútil. Mito caminha lentamente na minha direção e eu fecho os olhos, esperando mais uma pancada dolorosa.

— Idiota. -ela diz, próxima de mim. — Agora é mais uma coisa que precisaremos resolver. -seu tom é calmo.

    Abro os olhos com estranheza. Mito carrega uma expressão doce e um olhar amoroso. Cerro as sobrancelhas e torço o nariz.

— Não vai me bater? -pergunto confusa.

— Foi sem querer, não foi? -ela pergunta. Confirmo com a cabeça. — Mas eu vou te bater, sim.

    Levo um soco no topo da minha testa.

• • •

    Estou sentada em um sofá no canto do escritório, emburrada. Mito e Hashirama conversam sobre o que farão comigo agora quando ouvimos batidas na porta.

— Pode entrar! -disse o hokage.

    A porta se abre e o meu coração falha algumas batidas ao ver a figura alta de Tobirama Senju. Ele parece mais forte do que era antes, mas está igualmente sério e impenetrável. Sinto minhas bochechas esquentarem quando o seu olhar vem de encontro ao meu.

— Irmão, que bom que voltou. -Hashirama levantou-se e foi até a porta para receber Tobirama.

    Mito me olha de canto, afinal, eu contei para ela o que aconteceu antes de partirmos para a viagem. Ela me disse que Tobirama voltou para Konoha depois de um ano, mas precisou partir em outra missão e está voltando agora.

— Está diferente. -ele diz olhando para mim.

— E muito mais forte. -dou um sorriso orgulhoso.

— Essa marca roxa na sua cabeça é por causa do selo? -questionou.

— Não, eu tomei um soco agora, mas vai sumir. -reviro os olhos.

    Os três dão risada da minha cara, mas com razão, afinal eu fui uma idiota por ter me descuidado e despertado esse doujutsu.

    De repente, começo a sentir um cheiro ferroso e estranho. Levo alguns segundos para reconhecer que é cheiro de sangue. Olho para Tobirama e percebo que há uma mísera mancha em sua roupa.

— Está ferido? -perguntei. Hashirama e Mito ficam o encarando e aguardando a sua resposta.

— Ah, isso aqui? -ele aponta para o abdômen. — Não é nada.

— Por que você não treina em uma ferida superficial, S/n? -Mito sugere.

    Ela está fazendo isso de propósito., percebo pelo seu sorrisinho malicioso.

— É médica ninja agora? -Tobirama ironizou.

— Senta aqui. -dou dois tapinhas no assento do sofá ao meu lado.

    Ele se aproxima e toma o seu lugar, me olhando fixamente enquanto me preparo para o procedimento. Sinto o seu olhar sobre mim e isso me deixa tensa.

— Para de me olhar. -peço.

    Levo minhas mãos - um pouco trêmulas - até a barra de sua camisa e ergo, revelando o seu abdômen trincado, quente e cheio de marcas de batalha. Arfo rapidamente e sinto minhas bochechas esquentarem.

— Concentre-se. -ouço Mito dizer baixo.

    Localizo o ferimento, que está um pouco abaixo de suas costelas e começo o ninjutsu médico, agora sem me abalar pelo seu corpo tão chamativo.

— Como foi na missão, Tobirama? -o hokage perguntou.

— Os resultados de Danzou e Hiruzen foram excepcionais. -ele respondeu. — Acho que vou colocá-los na minha equipe fixa.

    Os dois continuam a conversa e Mito para ao meu lado, observando o meu desempenho. Aos poucos, o ferimento se fecha até estar 100% cicatrizado.

— Isso! -comemoro baixinho.

— Tirando a demora para finalizar o procedimento em uma ferida tão pequena, você foi muito bem. -a Uzumaki elogia. — Vou levar em conta o seu nervosismo.

    Cerro as sobrancelhas em sua direção e torço o nariz. Ela está praticamente me atirando para cima dele, e isso definitivamente não é a minha intenção.

— Vamos dar uma volta, S/n. -disse Mito. — Os dois precisam resolver os detalhes da missão de Tobirama.

    Concordo e me coloco de pé.
    Aleluia!
    Me despeço dos irmãos e sigo com Mito para fora do escritório.

feiticeira • entre uchihas e senjusWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu