feiticeira • entre uchihas e senjus

• decisão permanente •

NARRAÇÃO:

    S/n sentia como se estivesse vivendo tudo o que sempre sonhou, enquanto Amaya não poderia estar mais feliz por ter sido aceita pela sua irmã, que era tudo o que ela queria.

— Mas então. -a mais velha limpou as próprias lágrimas e as de S/n, tratando de pôr um sorriso no rosto. — Você vem comigo?

— Ir com você? -a mais nova corou pela frustração de não saber o que escolher. — Para onde?

— Eu estou criando uma nova aldeia. Um reinado! -Amaya respondeu com orgulho. — Eu construí tudo pensando em você, irmã.

— Como assim?

— Se você for comigo, terá o homem que quiser, será protegida, ninguém vai te magoar. -ela segurou as mãos de S/n com firmeza. — Eu tenho muitos homens lá, protejo muitas mulheres que não tinham família, tenho soldados que cuidam de nós o tempo inteiro. Lá, seremos felizes!

— Isso é... legal da sua parte. -a mais nova não sabia o que responder.

— E eu tive um filho também, S/n. Você tem um sobrinho.

— O QUÊ? -a voz da garota saiu fina e alta. — Com quem?

— Não importa. -deu de ombros. — Eu busquei, encontrei e reuní vários homens portadores dos mais poderosos e diferenciados tipos de kekkei genkai. -Amaya explicou, sorrindo maliciosamente. — Vamos restaurar o nosso clã, irmã. E os nossos filhos serão cada vez mais fortes pois terão sangue mestiço, e deles, nascerão crianças cada vez mais poderosas!

    S/n não podia acreditar no que estava ouvindo. De repente, sua irmã pareceu outra pessoa. A Amaya que ela conhecia jamais pensaria assim.

— Você tem muitos pretendentes por lá. Homens belíssimos com doujutsus ainda desconhecidos no mundo ninja, apenas te esperando para nos ajudar a restaurar o nosso clã. -a mais velha continuou.

— Você quer que eu engravide? -S/n perguntou desacreditada.

— Sim, você precisa, pelo bem e futuro do clã Gogatsu.

— N-não acho que você está pensando direito. -a garota gaguejou rapidamente, trêmula.

— O quê? -Amaya torceu o nariz.

— Você está literalmente dizendo que eu preciso engravidar de um desconhecido para gerar crianças fortes? Isso não faz sentido. -a mais nova cerrou as sobrancelhas.

— Você espera engravidar de alguém que ama? -a mulher gargalhou. — Amor não existe, irmã.

— Eu não quero engravidar de ninguém. Não quero ter filhos. -respondeu decidida.

— Você só precisa ter um. Se for homem, será ótimo. Daqui uns anos ele irá fazer o trabalho de restauração do clã sozinho! -Amaya insistiu, deixando S/n desconfortável e apavorada.

— Isso é doentio! -ela se colocou de pé. — Não tem como você ser a minha irmã. A minha Amaya jamais teria um filho por poder, ou pensaria dessa forma.

— Está errada! -a mais velha também levantou, parando próxima de S/n. — Eu amo o meu filho. Koji é a pessoa que eu mais amo no mundo, depois de você!

    Ao ouvir o nome do seu sobrinho, a garota não pôde deixar de imaginar como ele se parecia. Tudo estava muito confuso. Há alguns minutos atrás a sua irmã estava morta e agora, estava bem em sua frente.

    S/n lembrou-se de todas as vezes que chorou sozinha pela falta de Amaya e pôs-se a chorar de novo, agora por pura tristeza. Ao mesmo tempo que não queria ficar longe da irmã novamente, também não queria deixar todo aquele pessoal de konoha para trás. Mesmo que eles tenham mentido para ela, ainda assim, eram especiais na sua vida.

— Eu quero conhecer o Koji. -S/n falou, fungando.

— Isso! -Amaya comemorou baixinho.

— Mas eu quero me despedir de todos os meus amigos aqui desta vila. -ela completou e o sorriso da sua irmã se desfez devagar.

— Se despedir? -a mais velha cerrou as sobrancelhas. — Gosta deles?

— Quando você foi embora, eles me tiraram da escuridão. -S/n soluçou. — Eu não queria deixá-los, mas não posso te perder de novo.

— Não vai. -Amaya ponderou, mas pensou que não haveria problemas em conceder uma despedida à sua irmã. — Tudo bem. De quanto tempo você precisa?  

— Alguns dias. Talvez três. -deu de ombros, prendendo as lágrimas que insistiam em tentar sair.

— Eu venho te buscar dentro de três dias, então. -a mais velha sorriu, satisfeita. — Mas tem uma coisa. -alertou, erguendo o indicador na direção de S/n.

— Que coisa?

— Não conte que vai comigo e nem para onde vamos.

— Mas por quê? E se eu quiser vê-los novamente? -a garota questionou.

— Se quiser, você vem visitá-los, mas eles não podem ir até lá. -Amaya insistiu. — Há muitas pessoas lá que não gostam do pessoal de fora. Seria perigoso levá-los.

— Você tem certeza? -a mais nova desviou o olhar, confusa.

— Absoluta!

    Sem mais opções, S/n concordou com o pedido da irmã. Seriam os últimos três dias em que elas ficariam afastadas, e depois, viveriam juntas para sempre, como a garota sempre quis. Ela decidiu aproveitar os seus três últimos dias em Konoha para de despedir de todos, pois uma vez que fosse embora, S/n sabia que jamais voltaria.

— Não queria ficar longe de você por nem mais um segundo. -disse Amaya. — Mas eu vou respeitar a sua decisão, irmã.

— Promete que vem me buscar? -a mais nova perguntou, receosa. — Promete que não vai me abandonar de novo?

— Eu prometo.