• Koji •

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S/N:

   Após sair do escritório do hokage, sigo até o território dos Uchihas para buscar Koji. Passo pelos portões tranquilamente e, de longe, posso ver que tem alguém na varanda da casa. Nunca vi isso antes.

    Chegando mais perto, vejo que é Madara. Está com o cabelo preso, provavelmente porque hoje está calor. Seu kimono está um pouco aberto, deixando a pele e músculos do seu peitoral visíveis. Ele fica bem assim.

— Bom dia. -falei, subindo os degraus da varanda.

— Bom dia. -ele respondeu, sério.

— Onde está o Koji?

— A senhora Masu foi fazer uns curativos nele. -informou e eu me assustei.

— Curativos? -torci o nariz. — O que aconteceu?

— Briga de criança, sabe como é. -deu de ombros, despreocupado.

    Fiquei irritada.

— Ele apanhou? -cerrei os punhos.

— Muito pelo contrário! -Madara esboçou um mínimo sorriso e eu relaxei, mais confusa do que antes. — Ele bateu em todos os outros pivetes.

— O Koji? -perguntei e ele assentiu. — Não pensei que ele fosse capaz de bater nem em uma mosca.

— Ele é um Uchiha, afinal. -estufou o peito, orgulhoso.

— Você se acha por isso. -cruzo os braços e arqueio uma sobrancelha. — Estou começando a achar que gosta do Koji.

— Jamais. -ficou emburrado e virou o rosto. — Odeio crianças.

— Sei. -dei uma risadinha desconfiada.

    De repente, Izuna aparece na porta e congela ao me ver. Desvio o olhar e encaro qualquer outro ponto. Ele visivelmente não esperava que eu estivesse aqui.

— Irmão, pode vir aqui? -ele chamou.

   Madara assentiu e entrou na casa junto do mais novo. Entrei logo atrás deles, porém segui rumo à cozinha, procurando a senhora Masu. A encontrei na dispensa, passando algum remédio no rosto de Koji. Percebo que o garoto fica pálido quando me vê.

— Não se preocupe com isso, senhora Masu. -falei, colocando ambas as mãos na cintura.

    Ela se curvou rapidamente e se afastou do garoto, parando ao meu lado. Me agachei na frente dele e analisei o ferimento, que era apenas um arranhão causado por um possível tombo.

— Por que você brigou? -perguntei, iniciando o ninjutsu médico em Koji.

— Eles puxaram o meu cabelo e disseram que eu não sou um Uchiha. -resmungou. — Também disseram que eu era um peso para a equipe, então eu me defendi.

    Finalizei o tratamento dos arranhões e baixei as mãos, agora apenas encarando Koji. Ele está tremendo de medo, o que eu acho estranho pois nunca nem sequer dei um tapa nele. Eu quase nunca o xinguei.

— Você fez bem, precisa mesmo se defender. -elogiei, sorrindo. Os olhos do garoto brilharam. — Mas também precisa controlar essa raiva. Vou te colocar para treinar as suas habilidades.

— Eu vou ser um ninja como você? -perguntou, radiante.

— Melhor do que eu. -acrescentei e ele riu.

    Mas não posso deixar ele pensando que agredir crianças mais fracas é o certo a se fazer. Dei um tapa não tão forte com a mão aberta na testa dele, fazendo o garoto cambalear e quase cair da cadeira.

    Ele se recompõe e coloca as duas mãozinhas no local atingido, fazendo uma careta.

— Se você ficar sob os cuidados da senhora Masu e se meter em brigas de novo, vai se ver comigo! -xinguei e Koji arregalou os olhos, apavorado.

— Ele me obedeceu, S/n. -a idosa interviu. — Não precisa se preocupar, ele foi muito educado.

    Arqueei uma sobrancelha na direção dela. Coitadinha, não quer que eu brigue com a criança. Dei de ombros, sem me importar muito mais com esse assunto e coloquei ambas as mãos na cintura, esboçando um sorriso largo.

— Já está na hora de irmos, Koji! -informei, animada. — O tio Itsuki está esperando você.

    O garotinho se colocou de pé e comemorou, passando pela senhora Masu e saindo do local, correndo. Agora que estou sozinha com ela, podemos conversar um pouco melhor.

— Foi só isso a briga dele? -perguntei num tom baixo.

— Sim. -confirmou. — Mas você nem imagina o que aconteceu depois.

— O quê? -meu coração acelerou consideravelmente, temendo o pior.

— O líder foi extremamente carinhoso com o garoto. Ele até tocou a testa dele com dois dedos, coisa que só fazia quando o jovem líder era criança! -sussurrou, impressionada.

— E isso é algo tão legal assim? -torci o nariz. — Pensei que tinha sido algo importante.

— Se você o conhecesse de verdade, saberia que é algo extremamente impressionante! -garantiu.

    Estalei a língua e dei um tapinha no ar, despreocupada. O mínimo que ele faz é tratar o garoto bem, não é nada demais.

— Preciso ir agora, senhora Masu. -me despedi. — Eu volto.

— Traga o Koji novamente. -pediu e eu assenti, saindo logo em seguida.



















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N/A: Desculpem o capítulo curto, os próximos que vou lançar hoje vão ser mais longos 🥰

feiticeira • entre uchihas e senjusWhere stories live. Discover now