• perversa •

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NARRAÇÃO:

   
    Nos seguintes dois dias que chegou da viagem, S/n não encontrou com nenhum Uchiha, e nem queria. Hashirama a alertou sobre o pedido de Madara de não querer mais ela na equipe. Isso a deixou brava, principalmente pelo fato de terem dito que ela foi um peso e não reconhecerem que ela havia conseguido sozinha.
    Homens... sempre querendo os créditos.

    A garota recebeu o pagamento e decidiu fazer uma pausa das missões para ajudar Mito com os preparativos do quarto do bebê. Ainda estava longe da data prevista, mas a Uzumaki estava ansiosa pela chegada do primeiro filho, então já estava organizando tudo.

— Sabe, S/n, já faz uns dias que eu estou com um pressentimento ruim. -Mito confessou enquanto a garota montava alguns móveis.

— Que tipo de pressentimento? -perguntou.

— Não sei dizer. -a mais velha sentou-se em uma cadeira e ficou pensativa por alguns segundos. — Desde que chegaram, os Uchihas estão quietos demais. Tobirama sempre nos alertou que eles são uma ameaça em potencial.

— O Shodaime não acha isso. -S/n comentou.

— Ele nunca acha. -Mito revirou os olhos. — Ele acredita tanto em Madara, deseja tanto que ele mude, que isso quase o cega às vezes.

— Você está assim porque está grávida e tem medo de não poder fazer nada para ajudar o seu marido. -a garota parou o que estava fazendo e sentou-se em uma cadeira ao lado da sua mestre. — Mas se qualquer coisa acontecer, eu cuido disso para você.

— Tenho certeza disso. Foi por isso que treinei você. -sorriu docemente. — Tobirama está voltando de viagem. Ele nos enviou uma mensagem, nos avisando.

    S/n sentiu o coração bater mais forte no peito, porém se conteve. Ela não sabia como reagiria perante o Senju, mas desejava não precisar vê-lo tão cedo.

— Pensei que ficaria fora por um mês. -ela comentou.

— Eles concluíram a missão antes do prazo, por isso estão voltando. -Mito fez uma pausa. — Mas eu acho que há outro motivo.

— Qual?

— Notei uma movimentação estranha no território dos Uchihas. Eu faço tudo para proteger a minha vila, então os observei. -ela respirou fundo. — Eles estão treinando em um local isolado, uns com os outros. Temo uma revolta.

— Não acho que isso vai acontecer. -S/n sorriu, acalmando a Uzumaki. — Madara foi muito protetor comigo na missão, se mostrou disposto a fazer acordos, estava preocupado. Talvez ele não queira uma revolta e só esteja preparando a sua equipe para as missões.

    Mito concordou, mas não acreditou. S/n não via o mundo da mesma forma que ela, então não entenderia. Mas, de fato, Mito estava certa.

    No dia que chegaram da viagem, após ser comunicado sobre o plano, Izuna saiu durante a madrugada para buscar alguns artefatos que estavam escondidos na mata.
    Naquele dia, ele encontrou Amaya.

    A Gogatsu era perversa, e buscava por poder desde jovem. Ela encontrou livros de técnicas exclusivas criadas pelas mulheres do seu clã, e estudou aquilo por anos. Uma das técnicas consistia no encantamento de qualquer homem, pois era uma arma muito usada nos tempos antigos quando as mulheres precisavam tomar o poder de algo.

     Muito mais fácil e menos cansativo do que deter um homem, era fazê-lo cair por si só. Por isso, a primeira mulher usuária do doujutsu Gogatsu se aproveitou da maldição e feitiço natural que possuía, para aperfeiçoar uma técnica.

    Amaya aprendeu direitinho, então era capaz de conquistar qualquer homem. Com ou sem doujutsu.
    Izuna foi um deles.

— Você não pode me enfeitiçar! -disse o garoto, tentando resistir. — Eu possuo um doujutsu!

— Eu tenho um poder elevado, garoto. -ela se aproximou. — Eu enfeitiço quem eu quiser.

    A partir dali, Izuna não soube mais responder por si mesmo. Amaya plantou diversas ideias distintas na cabeça do Uchiha, ao mesmo tempo que atraiu Tobirama de volta para Konoha.

    Ela queria que os dois se enfrentassem sozinhos, pois sabia que o Uchiha perderia e que a culpa cairia toda para cima de S/n.

    Amaya era perversa, mesmo que fosse para proteger a irmã. Ela não possuía força bruta da mesma forma que S/n, e nem o byakugou, mas era capaz de manipular qualquer pessoa para conseguir o que queria.
    No fundo, Amaya sentia inveja.

    Ela nunca se sentiu amada pelos pais, e nem por algum homem. Ao contrário de S/n, que nasceu com o dom da simplicidade, encantando todos ao seu redor sem nem precisar de feitiço.
    Mas Amaya amava a irmã mais nova, pois foi a única que já a amou de volta algum dia.

feiticeira • entre uchihas e senjusWhere stories live. Discover now