• pratos limpos •

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S/N:

    Assumi a minha posição como médica ninja e atuei de maneira rápida e excelente. Os clones aliados com técnicas medicinais me consomem muito chakra, mas não foi necessário utilizar o byakugou pois terminei os procedimentos um pouco depois de sentir os primeiros sinais de cansaço.

    Já com os dois garotos estáveis, mandei que levassem Izuna até um dormitório do pavimento dos fundos enquanto deixei Itsuki no quarto dele.

— Vocês vão fazer dois turnos hoje. -ordenei às empregadas. — Vigiem os dois. Se qualquer um deles acordar ou se mexer, vocês têm permissão de ir até o meu quarto e me acordar.

— Sim, senhora. -elas responderam em uníssono.

— E vocês. -apontei para a equipe Uchiha inteira, inclusive Madara. — Quando o garoto acordar, quero todos fora daqui.

— S/n... -o líder deu um passo à frente, mas ergui a mão em sua direção para que ele parasse.

— Não fale comigo. -pedi. — Olha o que você fez com o Itsuki!

— Ele quase matou o meu irmão!

— Ele nem sabe se defender! -rebati num tom alto. — Izuna foi trouxa de se deixar ser atacado por ele.

— Se fosse com alguém importante para você, você teria feito o mesmo que eu! -respondeu.

— Izuna é importante para mim, ele era meu amigo! -apontei para o meu próprio peito, já no limite de todo esse estresse. — Ninguém aqui pensou em mim, vocês só pensaram em si mesmos.

    Fiz uma pausa, sentindo os meus olhos se encherem de lágrimas. São muitos sentimentos misturados, meu corpo está em colapso.

— Izuna me torturou na porra de um genjutsu maldito. -revelei e Madara arregalou os olhos.

— Tsukuyomi? -perguntou.

— Essa merda mesmo! -minhas sobrancelhas se uniram. — Eu sofri por horas e quem veio me ajudar foi o Itsuki e não você. E você ainda quase o matou!

— Eu vim correndo quando ouvi o som da briga de vocês. Quando cheguei, me deparei com tudo aquilo. -explicou.

— É mentira! Eu fiquei por horas naquela dimensão! -insisti.

— O tempo no tsukuyomi não é o mesmo da realidade. -cruzou os braços. — Se eu tivesse chegado antes, teria quebrado o genjutsu, mas eu estava no pátio dos fundos e não consegui chegar a tempo.

— Isso não importa mais. -desviei o olhar, sentindo uma lágrima maldita escorrer pela minha bochecha.

— Você ficou no máximo cinco segundos sob efeito do genjutsu, S/n. -disse Osamu. — Nós viemos o mais rápido que pudemos.

— Quero vocês fora daqui assim que o garoto acordar. -finalizei a conversa, dando as costas e saindo da sala.

    Bati a porta com muita força, quebrando o batente com o impacto. Segui até o meu quarto e também bati a porta, andando até a minha cama e me atirando com a cara no colchão.

    Estou ofegante, cansada e estressada. São tantas informações para processar que eu não consigo nem colocar os meus pensamentos em ordem. Estou quase sem chakra, acordada há muito tempo, fui traída pelo meu melhor amigo e ainda tive que presenciar toda aquela cena de horror.

    Não prendo mais as lágrimas e desabo em um choro intenso, com direito à soluços e falta de ar. No fundo, estou feliz por ter conseguido salvar os dois. Coitado do Itsuki, é uma pessoa tão boa, não merecia sofrer.

feiticeira • entre uchihas e senjusWhere stories live. Discover now