• algemas? • ¹⁶

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S/N:

— Já tomei a pílula. -aviso, animada. — Não vai tomar o seu?

— Depois. -ele tenta reprimir um sorriso satisfeito.

    Não me sinto estranha e nem nada do tipo, até porque já lidei com esses medicamentos quando trabalhei no laboratório. Pelo o que conheço, é uma pílula fraca para ser utilizada em inimigos fracos. Não é agressiva.

— Fez efeito? -Madara perguntou.

    Fiz um sinal de mão e tentei fazer um clone, mas nada aconteceu. Assenti freneticamente. Não acho que ele vai ser exagerado demais ao ponto de me deixar genuinamente ferida. Provavelmente vou ficar assada e dolorida, mas não o suficiente para sofrer com isso.

    E além do mais, eu possuo o byakugou. Não sei se ele lembrou, mas posso cortar o efeito da pílula quando eu bem quiser.

    Prendo a minha atenção no Uchiha assim que ele se coloca de pé e dá a volta na mesa, parando ao meu lado. Sua mão grande e com veias evidentes é estendida na minha direção. Sustento o seu olhar e aceito o apoio cordial para me colocar de pé.

    Madara não diz absolutamente nada, apenas entrelaça nossos dedos e começa a me guiar para fora do escritório e rumo ao quarto. Não sei explicar essa sensação.

    Assim que chegamos, não deixo de reparar no clima que se faz presente no cômodo. O perfume do local é notório e não possui nenhum ponto de luz além das velas que estão postas em locais dispersos.

— Que romântico. -brinquei, rindo fraco.

— A minha última intenção era ser romântico. -ele respondeu, andando até o guarda-roupas.

    Não fecho a porta, até porque não tem porta. Eu arrebentei hoje mais cedo e ainda não arrumei, mas fico parada ao lado de onde era para ser a porta.

— Você já foi algemada, S/n? -ele pergunta, mexendo em alguma coisa no armário.

— Nunca fui presa, então... -respondi automaticamente, mas bastou alguns segundos para que eu entendesse o sentido da pergunta. — Em que sentido? -torci o nariz.

    Madara revelou uma algema de metal bem curta e com travas no lugar de cadeados. Engulo em seco e meu corpo estremece. Ele balança o acessório que está pendurado pelo seu dedo indicador, me analisando com um ar malicioso que eu conheço bem.

— Nunca. -respondi, desviando o olhar.

— Que bom. -ele segurou a algema com a mão cheia enquanto moveu o indicador num sinal de "vem cá" com a outra mão.

    Me aproximei e parei diante dele. O Uchiha atira o acessório em cima da cama e segura o meu rosto com uma delicadeza estranha, me puxando para um beijo.

    Não é nenhuma novidade que só o beijo já deixa o meu corpo alerta. Retribuo na mesma intensidade, até que ele começa a aprofundar e gradativamente ficar menos delicado e mais intenso.

    Nossos lábios se separam e sua boca encontra a pele exposta do meu pescoço, onde ele deixa selares e mordidas até chegar na minha clavícula. Fecho os olhos por conta dos arrepios que me causa, unindo os joelhos por instinto.

     Madara começa a me guiar até a cama e eu deito sobre o colchão. Suas mãos erguem os meus braços acima da minha cabeça e ele separa o beijo, apoiado pelos joelhos que estão um em cada lado do meu corpo.

— Não vou torturar você. -ele diz, algemando as minhas mãos e me prendendo na cabeceira. — Só não quero que você me toque por enquanto.

    Instintivamente, tento me soltar. Me sinto exposta ao ver que não consigo, principalmente porque eu sei que ele só vai parar quando eu disser a palavra de segurança, mas se eu disser, não vamos fazer mais nada.

    O Uchiha ergue a minha camisa, deixando-a enrolada na altura do meu pescoço. Ele sorri fraco quando percebe que eu já vim sem sutiã, mas eu juro que não foi proposital. Talvez tenha sido um pouco.

    Sua língua macia e quente começa a passear pelos meus seios e pelo meu abdômen. Contraio as costas e automaticamente puxo as mãos, causando um barulho alto pelo atrito do metal das algemas na cabeceira.

— Se ficar puxando, vai se machucar. -ele avisou, continuando o que estava fazendo despreocupadamente.

    Esfrego uma perna na outra tentando aliviar a sensação que se faz presente entre elas. Madara está paciente, sabe que não vou gozar assim mas que estimular essa área do meu corpo é como uma tortura discreta.

    Meu rosto está quente e eu começo a suar. Não contenho suspiros pesados e grunhidos incômodos que insistem em escapar. Não vou implorar por isso, eu sou resistente!, repeti mentalmente, como um mantra.

    Madara finalmente para o que está fazendo e se afasta de mim para remover minha calça e calcinha. Fecho os olhos por um segundo assim que ele joga as minhas roupas em um canto qualquer. Agora sim eu estou exposta, mais do que nunca.

— Nossa, gatinha. -ele afastou as minhas pernas, me analisando minuciosamente. — Está escorrendo de tão molhada. -observou.

    Meu Kami, que vergonha., pensei e fechei os olhos para não vê-lo me analisando daquele jeito. É lógico que eu estou molhada, não sou de ferro.

    Madara leva o indicador de uma das mãos até a boca e morde a ponta da luva, removendo-a com facilidade e sem quebrar o contato visual comigo. Eu não sabia que alguém tirando uma luva poderia ser tão atraente.

    Com a mão livre do tecido, o Uchiha se posiciona entre as minhas pernas para que eu não consiga fechá-las e passa a ponta do seu dedo médio na minha entrada, que está escorregadia por conta da minha lubrificação natural.

    Contraio as pernas ao redor do corpo dele ao ouví-lo soltar um grunhido baixo e rouco. A voz grave estremece o meu corpo e eu logo sinto o meu ventre formigando por isso.

— Você me parece tão rendida assim, nessa posição. -ele disse ao mesmo tempo que introduziu dois dedos em mim. Arqueei as costas, mas não senti dor ou ardência alguma. — Te ver desse jeito me faz pensar que você é minha, mas eu não sei se isso me deixa feliz ou muito irritado.

    Ele retira os dedos e coloca de novo, ainda mais fundo. Arqueei as costas e arfei, me sentindo cada vez mais necessitada disso. Confesso que nem estou prestando atenção e muito menos absorvendo as coisas que ele fala, mas mesmo assim, o tom de voz em si é excitante.

    Mantendo os dois dedos dentro de mim, Madara pressiona o meu ponto mais sensível com o polegar, inclinando o corpo até que a sua boca esteja nos meus seios novamente. Que ódio, ele está estimulando tudo de uma vez. Ele quer que eu goze, isso é nítido.

    Fecho os olhos e tento me concentrar em qualquer coisa que não sejam esses toques, mas é inútil. Aquela sensação conhecida explode pelo meu corpo e a minha mente fica em branco assim que eu atinjo o primeiro orgasmo de hoje. Me sinto um pouco constrangida por não ter aguentado mais tempo, droga!

    Assim que os efeitos acabam, Madara tira os dedos de mim e leva até a boca, chupando todo o meu fluído enquanto me olha. Minhas bochechas esquentam e eu desvio o olhar, desejando secretamente poder enterrar a cara no chão.

— Acho que você já está preparada. -observou, esboçando um sorriso perverso nos lábios.

— Vai me soltar? -perguntei.

— Vou, gatinha. -ele sai de cima de mim e fica de pé ao lado da cama, alcançando as algemas e arrebentando a corrente. — Mas se você me tocar, vou amarrar de novo.

    Assenti e sentei na cama, estufando o peito e pronta para a próxima.


































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N/A: pegando leve. O próximo cap vai ser o pov dele. 😏

bjinhos, até o próximo

feiticeira • entre uchihas e senjusOnde histórias criam vida. Descubra agora