• recepção calorosa •

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S/N:

    As enfermeiras já fizeram os exames necessários e colheram o meu sangue para análise. Estou me sentindo melhor e já recebi alta. Fazia muito tempo que eu não me sentia como uma pessoa normal, desde que me tornei médica. Realmente, eu achava que o ninjutsu médico e o byakugou me faziam imune às doenças e limite físico e mental. Estava enganada.

    Itsuki está sorridente na porta do quarto, me esperando. Esse garoto parece estar em um parquinho de tão feliz que está. Esse pensamento me faz rir.

— Eu estou tão feliz por ter conhecido você. -ele disse, sorridente.

— Fala a verdade, você está feliz por estar aqui. -brinquei e ele riu.

— Também.

    Saímos juntos do quarto e seguimos rumo à recepção para que eu assine os papéis da minha alta. A recepcionista é uma moça muito gentil, e eu percebi que Itsuki já fez amizade com ela.

— Cuide-se bem, S/n-chan. -ela disse.

— Eu vou. -assenti.

    Penso em ver Amaya antes de ir, mas estou muito ansiosa para ver a minha sensei e sei que a minha irmã está bem. Já do lado de fora, olho para todos os lados enquanto penso no que fazer.

— Por que está parada aí? -Itsuki perguntou, com as mãos na cintura.

— Estou olhando em volta. -cruzo os braços.

— Vamos, o hokage está esperando! -ele me segurou pelo pulso e começou a me guiar pelas vielas da aldeia.

    Pelo pouco que conheço Itsuki, posso presumir que ele já andou por tudo aqui, explorando o lugar. Ele exala energia e é bom tê-lo por perto.

    Avisto o QG do hokage e meu coração acelera. Posso ver através da janela que tem algumas pessoas na sala e isso me deixa ainda mais nervosa. Se fosse antes, eu simplesmente entraria lá tranquilamente, mas agora não sei nem como agir.

    Itsuki bate na porta sem esconder a animação. Cerro as sobrancelhas, mas não seguro um risinho fraco ao vê-lo assim.

    A porta do escritório é aberta justamente por Mito. Relaxo a expressão e apenas arregalo os olhos, paralisando assim que a vejo. Percebo que ela também fica parada, parecendo surpresa em me ver.

— Oi, sensei. -falei num tom baixo.

    De repente, ela me puxa para um abraço apertado o suficiente para quase quebrar as minhas costelas. Prendo a respiração e retribuo o gesto, ainda desacostumada com essas demonstrações de afeto.

— Eu sabia que você ia voltar! -ela disse, finalmente me soltando.

    Suas mãos acolhedores seguram o meu rosto e ela me analisa com atenção. Seu olhar é tão doce e exala amor. Até eu tomar um soco no topo da cabeça.

— Ai! -reclamei, colocando a mão no local atingido.

— Você não mandou nem um sinal de fumaça. -ela ficou emburrada e cruzou os braços.

— Desculpe. -murmurei, acariciando a cabeça.

— Mas eu estou feliz que você esteja aqui. -ela voltou a sorrir.

    Olho de soslaio para Itsuki e vejo que ele está apavorado. Não está acostumado a me ver assim.

— Vem, está esperando o quê? -Mito segurou meu pulso e me puxou com agressividade para dentro do escritório.

    Tobirama, Madara, Hashirama e Izuna estão aqui. O hokage está segurando a filhinha nos braços e sorrindo, sem jeito.

— Meu Kami, que linda! -me aproximei, ignorando todos os outros.

— Bem-vinda de volta, S/n. -disse o shodai.

— Estive com saudades. -me curvo rapidamente e estendo os braços para pegar a neném.

    Ela ainda é muito pequena, então não se mexe muito, mas é linda.

— Puxou a Mito. -observei.

— Privilegiada. -Hashirama concordou, me fazendo rir.

— Ela vai se dar bem com o Koji. -pensei alto. — Aliás, onde ele está? -perguntei, olhando para Itsuki.

— Ele está descansando em casa. -Mito se aproximou. — Deixei a empregada que cuida da minha filha, cuidando dele. O pobrezinho estava fraquinho, mas agora já deve estar melhor.

— Que bom. -murmurei, devolvendo a bebê para o pai dela.

    Agora é a pior parte: encarar todos eles. Coço a nuca e dou um sorrisinho na direção de todos, disfarçando a situação enquanto penso em um jeito de sair de fininho.

— Então... -falei, um pouco enrolada. — Quanto tempo, não é mesmo?

— Você é muito cara de pau. -Mito cruzou os braços e torceu o nariz. — Por que não me mandou nem uma carta?

— Eu estive muito ocupada, sensei. Estava governando aquele castelo e passei muito tempo triste. -expliquei rapidamente.

— É, eu imagino. -ela ironizou, ainda emburrada.

— Mas o que importa é que ela está de volta! -Hashirama levantou-se e tentou aliviar aquele clima incômodo.

— É. -Mito resmungou.

— Desculpe, sensei. -supliquei num tom triste.

    A Uzumaki começou a gargalhar de repente. Torci o nariz e arqueei uma sobrancelha, observando aquela cena. Acho que a maternidade deixou ela meio doida e mais bipolar do que o normal.

— Por que você fica se desculpando? Eu não estou brava, só estou brincando. -ela disse, colocando um dos braços ao redor dos meus ombros e andando ao meu lado na direção da porta. — Ei, amor! Eu, Itsuki e S/n vamos dar uma voltinha. Você fica com o bebê!

— Eu? Tudo bem, os rapazes vão ficar aqui comigo, me ajudando. -ele olhou para os irmãos Uchiha e Tobirama, como se pedisse silenciosamente por socorro.

— Ah, eu tenho que ir resolver alguns assuntos sobre o meu clã. -Madara saiu de fininho.

— Eu preciso fazer o relatório da minha missão, ainda não terminei. - Tobirama saiu logo depois.

— E eu preciso cuidar da plantação de cactos da minha falecida mãe. Sabe, ela amava aquelas plantinhas. -Izuna inventou e também saiu, passando batido por nós e seguindo os outros para fora do escritório.

    Hashirama suspirou cansado e aceitou que teria de cuidar da neném sozinho. Enquanto isso, Mito guiou Itsuki e eu para fora da sala antes que o hokage pedisse alguma ajuda e fugisse também.

feiticeira • entre uchihas e senjusWhere stories live. Discover now