feiticeira • entre uchihas e senjus

• além das sombras •

NARRAÇÃO:

    Assim que o esquadrão Uchiha foi embora, S/n finalmente percebeu que podia respirar com mais tranquilidade. A garota foi até o banheiro e tomou um banho bem quente e relaxante para tirar toda a sujeira que ainda estava em seu corpo desde a noite passada, e ficou de molho na banheira por um bom tempo.

    Enquanto isso, Itsuki estava acordando cheio de ataduras pelo rosto e em algumas partes do corpo. Estava dolorido, mas não tinha inchaços ou hematomas graças à operação excepcional de S/n.

    A primeira coisa que o mordomo fez foi ir até o quarto da sua amiga e ver se ela estava bem. Pela primeira vez, ele não bateu na porta e foi direto para o banheiro, se deparando com S/n de olhos fechados na banheira que estava cheia de espuma.

— Se liga, garoto! -ela xingou, jogando água nele.

— Não se preocupa, eu não gosto de mulher. -ele cobriu os olhos com as mãos. — Mas não vou olhar!

— Não tem como você me ver, está cheio de espuma aqui. -ela riu da reação de Itsuki.

    O mordomo tirou as mãos do rosto e se aproximou da banheira, sentando-se na tampa fechada da privada. Ele estava envergonhado do que havia feito, e precisava se desculpar.

— Me perdoe por ter feito aquilo com o seu amigo. -ele disse. — Eu cheguei na sala bem na hora que ele subiu em cima de você. Não sabia o que fazer.

— Eu entendo. Ele não é mais meu amigo. -S/n respondeu, desviando o olhar. — Se você não tivesse chegado a tempo, eu não teria conseguido aguentar.

— Mesmo assim, sei que está triste. -ele lamentou. — Você gosta dele. Deve ter sido horrível para você.

— Se eu te torturasse, mesmo sendo sua amiga, você ainda gostaria de mim? -ela arqueou uma sobrancelha. Itsuki não respondeu. — Então você entende o que estou pensando.

— E sobre o pai do Koji? -o mordomo decidiu mudar de assunto.

— Eu já não sei mais se a minha irmã estava falando a verdade. -S/n se ajeitou na banheira, mergulhando também o pescoço. — São tantas idéias difíceis para assimilar.

— Você gosta daquele homem?

— NÃO! -ela gritou de repente, fazendo Itsuki dar um pulinho de susto. — Desculpe. Não. -corrigiu-se.

— HÁ! -ele gargalhou. — Me engana que eu gosto.

— Eu gosto de todos eles, sabe, tenho lembranças boas com todos. -S/n murmurou, só agora sentindo o peso daquela situação toda. — Mas aquele homem tem uma coisa diferente, não sei dizer. O jeito que me olha, me toca, nossa... -ela puxou o ar entre os dentes. — É forte demais.

— Nem pense em ficar excitada na minha frente, sua nojenta! -Itsuki protestou, unindo as suas sobrancelhas. — Ele é gato, tenho que concordar.

— Isso porque você não viu o outro homem que eu pegava lá em Konoha. -S/n se apoiou com os cotovelos na borda da banheira, sorrindo.

— Tinha mais um? -o mordomo arregalou os olhos.

— Só mais um. -ela ergueu o indicador. — Aquele não durou tanto, mas era um gostoso também.

— Fica com os dois.

— Eles se odeiam. -S/n voltou a deitar na banheira. — Se eu quiser ter os dois, vou ficar sem nenhum.

— Mas quem tem que se esforçar para ficar com você, são eles. -Itsuki cruzou os braços e cerrou o cenho. — Proponha um menage!

— Menage? -ela torceu o nariz. — O que é isso?

— Sexo a três! -ele parecia indignado. — Como você não sabe disso?

— Nunca pensei nisso. -S/n coçou o queixo. — Mas como eu poderia aguentar dois cavalos daqueles?

— Ah, filha. -Itsuki riu malicioso. — Você tem mais privilégios do que eu, afinal, tem três buracos.

— Não vou dar o cu. -ela garantiu.

— Por quê?

— Deve doer.

— Quando você estiver perdida no prazer, nem vai sentir. -o mordomo riu alto, divertindo-se com o assunto. — E não precisa dar o seu cu, se não quiser. Tem outras coisas que pode fazer.

— Hum, não sei. -S/n coçou a nuca, rapidamente frustrada.

— Se um deles negar essa sugestão, quer dizer que não merece ficar com uma gata igual a você. -ele deu uma piscadela.

— E se eu gostar de um dos dois mais do que o outro?

— Aí você termina com um deles, boba. -Itsuki deu um tapinha no ar. — Um ménage não é um pedido de casamento. Isso ajudaria você a descobrir o que sente pelos dois, enquanto transa. Tem coisa melhor?

    S/n apenas ficou quieta e pensando em tudo aquilo. Quando imaginava Madara e Tobirama fazendo aquelas coisas com ela, sentia um arrepio estranho no corpo junto de borboletas no estômago. Era lógico que eles não aceitariam, mas seria ótimo se aceitassem, mesmo que fosse por uma única noite.

— Como você sabe de tudo isso, seu mordomo safado? -a garota perguntou, rindo.

— HÁ! -Itsuki gargalhou. — É você que não sabe de nada. Eu tenho uma mente muito aberta para essas coisas.

— Você me disse que era virgem. -ela arqueou uma sobrancelha.

— Claro! Eu pensei que você queria usar o meu corpinho. -ele se defendeu. — Mas se tem uma coisa que eu não sou, é virgem.

    Os dois ficaram rindo e conversando por um longo tempo, resultando em um dos melhores dias da vida de S/n em meses. A companhia de Itsuki era repleta de luz e alegria, algo que fazia falta na vida dela.