2.1 • nova morada

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NARRAÇÃO:














    Muros enormes protegendo uma espécie assustadora de Castelo de Pedra. Eis a propriedade comandada por Amaya Gogatsu.

    A primeira coisa que S/n reparou foi no tamanho do local. Não parecia que Amaya queria esconder a sua localização.

— Por que não me deixou falar para eles sobre isso? -a mais nova questionou. — Esse lugar é enorme, qualquer um que passar por aqui vai achar suspeito.

— Pelo visto você não sabe nada sobre o nosso clã. -Amaya sorriu e deu o sinal para que os guardas abrissem os portões. — Somos feiticeiras, S/n. Esse local só pode ser visto por quem eu quiser que o veja.

    A informação pegou a garota de surpresa. Muito além de chakra, sua irmã mais velha usava uma magia desconhecida a seu favor. De qualquer forma, era um poder interessante.

   Assim que cruzou os grandes portões, S/n teve a confirmação de tudo o que imaginava. Não tinha áreas verdes, muito menos alguma árvore sequer. Tudo era rochoso e úmido, mas a garota deixou isso passar pois a sua irmã nunca fez o tipo que gostava de plantas.

    Amaya andava graciosamente rumo à porta principal do castelo, como se fosse uma divindade. Um grupo de homens esperava no hall de entrada e todos se curvaram com a aproximação delas, como se realmente estivessem recebendo seres de outro mundo.

— Vossa majestade! -um dos homens a recebeu cordialmente. — Quer que eu retire os seus sapatos e lhe entregue outros?

— Não é necessário. -Amaya respondeu com superioridade. — Dêem as boas-vindas para a minha irmã e tragam chinelos limpos para ela.

— Não precisa. -S/n sorriu, desconfortável. — Estou bem com os meus.

— Tudo bem. -Amaya olhou rapidamente para a irmã e voltou a encarar o homem. — Levem a bagagem para o quarto.

    S/n ainda estava assimilando tudo o que estava acontecendo, mas desamarrou a corda que segurava a mala em suas costas e deixou no chão, para que os homens pegassem. Um deles tentou, mas estava muito pesada para levar sozinho.

— Foi mal. -S/n coçou a nuca, dando um sorrisinho amarelo.

— Não se desculpe com eles. -Amaya repreendeu. — Vocês são homens. Vão, peguem essa mala e levem logo!

    Outro homem decidiu ajudar o seu parceiro e juntos eles carregaram a mala de S/n rumo ao quarto - que ela ainda nem sabia onde ficava -.

— Olha como é lindo aqui. -disse Amaya, com um sorriso orgulhoso.

    De fato, o interior do castelo era lindo. Tudo muito bem elaborado e organizado, limpo. Pelo menos lá dentro, S/n se sentia um pouco mais confortável. De qualquer forma, teria que se acostumar.

— Vou mostrar a cozinha. -a mais velha falou.

    Ambas seguiram pelo hall até finalmente chegarem no local dito por Amaya. Durante todo o percurso, S/n não deixou de reparar na grandeza e luxo que todo o local esbanjava. Certamente, não lhe faltaria conforto.

— Parem por um minuto, por favor. -Amaya disse às cozinheiras, assim que chegaram na cozinha.

    Todas pararam os seus serviços, inclusive as empregadas e ajudantes que lá estavam. As mulheres se curvaram e sorriram educadamente para as irmãs.

— Essa é S/n, minha irmã. -a mais velha apresentou. — Sejam gentis e obedientes. Ela é autoridade aqui, assim como eu!

— Não precisam ser formais comigo. -S/n assegurou, sorrindo.

— Precisam sim. -Amaya corrigiu.

— Não precisam. -a garota insistiu, ignorando a irmã. — Acho que vamos nos dar muito bem aqui.

    As funcionárias ficaram maravilhadas com a atitude e humildade de S/n, algo que não era visto em Amaya. A mais velha não concordou com o pedido da irmã, mas aceitou, pois isso não lhe importava de qualquer jeito.

— Podem voltar ao trabalho. -Amaya ordenou e todas as mulheres obedeceram.

    As duas irmãs saíram da cozinha - que era um lugar bem grande, inclusive -, e andaram um pouco até chegarem em uma enorme escada luxuosa. Os olhos de S/n brilharam com tanta beleza.

— Você sempre gostou de escadas, quando era mais nova. -disse Amaya. — Você dizia que o seu sonho era morar em uma casa com uma enorme escada larga. Agora você tem.

    Sorrindo, S/n correu e subiu alguns degraus. Amaya revirou os olhos e sorriu ao ver a alegria da irmã, afinal, tudo aquilo foi conquistado também para ela.

    Juntas, ambas subiram o lance de escadas até chegarem no segundo andar, onde ficavam os quartos.

— O segundo andar é somente quartos? -S/n perguntou, maravilhada.

— Sim. -Amaya concordou. — Cada um é bem maior do que a sua casa em Konoha. O seu é o do meio.

    Haviam três quartos no segundo andar, mas S/n queria ver o seu primeiro. Ela abriu a porta e sentiu seus olhinhos brilharem com tanto espaço. Sua cama era tão grande que poderia aconchegar facilmente umas cinco pessoas, o guarda-roupas jamais seria cheio só com as suas roupas pois era muito extenso e ela não tinha vestes suficientes para guardar ali.

    Também havia uma cômoda com um grande espelho, bidês de madeira e dois banheiros, um com chuveiro e outro com banheira. Ambos espaçosos e limpos.

Kami... -S/n sussurrou, encantada. — Isso é demais, irmã.

— Você não viu nem a metade deste lugar. -Amaya sorria feito boba, pois realmente, sua irmã estava aprovando tudo.

— Eu estou muito cansada. -disse a mais nova, olhando para a cama que lhe parecia tão confortável. — Tudo bem se eu olhar o restante da casa amanhã?

— Você que sabe. -concordou Amaya.

— Onde está o Koji? Eu queria vê-lo. -S/n pediu.

— Ele não está no momento, provavelmente está brincando nos fundos ou dormindo. -a mais velha pensou por alguns segundos. — Quando você acordar, trago ele para que conheça.

— Tudo bem. -a garota bocejou.

    Amaya percebeu que S/n queria espaço e privacidade, então saiu do seu quarto. Sozinha, a mais nova observou um pouco das coisas ao seu redor, mas estava genuinamente cansada, então andou até a cama e deitou-se com a roupa que estava mesmo, não demorando para adormecer.

feiticeira • entre uchihas e senjusOnde histórias criam vida. Descubra agora