feiticeira • entre uchihas e senjus

• sistema nervoso •

NARRAÇÃO:

    O caminho até Konoha foi feito o mais rápido possível e em silêncio. Se S/n pensasse demais, aquilo pareceria uma má ideia, então ela só precisava ir e pensar depois.

    Poucas pausas foram feitas durante o percurso. Itsuki estava bastante cansado, pois para ele era difícil de acompanhar o ritmo da garota, mas ele sabia que precisava e estava dando tudo de si.

    S/n estava aliviada pois o pulso de Amaya havia voltado ao normal, ela só não havia recobrado a consciência ainda, mas tudo parecia bem.

    Koji fora calmo durante todo o caminho. Para ele, tudo era uma diversão. Esse é o lado bom de ser apenas um menino.

    Após pouco mais de um dia e sem fazerem nenhuma pausa para dormir, apenas para descansar de pé, Itsuki estava começando a ficar tonto e enjoado. S/n percebeu e parou de correr.

— Você fica. -ela anunciou.

— O quê? -ele arregalou os olhos.

— Eu trouxe um pouco de comida, sempre trago na mochila de perna. -a garota entregou o acessório para Itsuki. — Eu não vou parar, mas volto para te buscar. Você e Koji descansam, ele também precisa.

    O mordomo apenas assentiu, sem questionar. Ele e o garotinho precisavam de descanso, e de qualquer forma, já estavam perto do destino.

    Após deixar os dois em segurança, S/n continuou correndo na direção de Konoha com Amaya nos braços. Quanto mais perto chegava, mais nervosa a garota ficava. Ela não sabia o que poderia encontrar e nem como seria o reencontro com todos os seus antigos amigos.

    O seu coração batia forte no peito.

    Após correr por mais algumas horas, S/n finalmente avistou os grandes portões da aldeia da folha. Ela desacelerou o passo, ainda andando rápido e passou batido pelos guardas.

— Ei, garota! -um deles chamou.

— S/n Gogatsu, eu morei aqui, sou médica e preciso falar com o hokage! -ela respondeu sem parar de andar.

    Os guardas reconheceram aquele nome, então não a impediram de continuar. A garota passou em frente ao território dos Uchihas e não se atreveu a olhar demais naquela direção. A aldeia estava cheia de gente e ela só queria passar despercebida e ir direto para o hospital.

    Após andar por mais alguns quilômetros, S/n finalmente chegou em frente ao seu destino. Só naquele momento a sua ficha caiu e ela raciocinou sobre a escolha que tomou, mas não tinha mais como voltar atrás.

— S/n? -a recepcionista se colocou de pé e andou até ela, assustada. — Já voltou? O que...

— Por favor, ela precisa ser atendida com urgência. -a garota interrompeu.

— Enfermeiras! -a moça chamou e logo três jovens apareceram.

    Elas pegaram uma maca, onde S/n colocou Amaya confortavelmente. Logo, as moças a levaram direto para uma das salas de atendimento aos doentes para ser medicada.

    Já se vendo livre de tudo aquilo, S/n sentou-se em um dos bancos que haviam na recepção e baixou a cabeça, muito ofegante e emocionalmente instável.

— Meu Kami, o que aconteceu com você? -a recepcionista se aproximou. — Mito-sama sabe que você está aqui?

— Eu ainda nem pude vê-la. -a garota nem ergueu o olhar. — Eu preciso de um copo de água e de um calmante, por favor.

    A recepcionista correu para buscar o que S/n havia pedido. Com os nervos à flor da pele, sem muito chakra e sem ter comido direito por quase dois dias, a garota já estava no limite do seu estado mental.

    Ela era uma mulher forte, de fato, mas até os mais poderosos têm os seus dias de fraqueza. Por ter se visto longe de toda a tensão que passou nos últimos três dias, o corpo de S/n finalmente relaxou e o seu subconsciente entendeu que já estava na hora de parar.

— Eu não estou me sentindo muito bem. -a garota murmurou e tentou levantar, mas estava muito zonza.

— S/n? Quer que eu chame alguém? -a recepcionista correu até ela, trazendo o calmante e a água.

— Não, eu só quero... -um chiado era incômodo nos seus ouvidos e a sua visão estava ficando turva. — Eu só preciso de um minuto.

    S/n tentou resistir e conseguiu dar apenas um passo antes de desmaiar bem no meio da recepção.