• incerteza •

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MADARA:

    S/n congela ao ouvir as minhas palavras. Me mantenho quieto, esperando a sua reação. Não posso evitar ficar surpreso quando ela se coloca de quatro no colchão por conta própria, sem que eu precise pedir.

    Ela me olha por cima do ombro, parecendo ainda mais safada do que realmente é. Meu coração dispara involuntariamente.

— Então faz. -ela pediu.

    Me pego aéreo. Eu não esperava por isso. Será que eu sou tão previsível assim? Não posso perder a postura mesmo diante dessas provocações tão diretas.

— O que você acha que tomar um banho comigo? -perguntei.

    Eu acabei de gozar, não sou como ela que pode fazer isso várias vezes seguidas. Eu poderia tomar o estimulante agora, mas ainda não é a hora.

    S/n se coloca de pé de repente, parando bem na minha frente. Analiso o seu rosto enquanto ela sorri descaradamente e aceita o meu convite, partindo para o banheiro antes de mim.
    Esfrego o rosto com ambas as mãos e respiro fundo, seguindo-a.

    Observo enquanto ela liga o chuveiro naquela maldita temperatura fria. Ela se arrepia quando a água toca o seu corpo, mas logo se acostuma e começa a se lavar despreocupadamente. Reparo em um detalhe interessante: as suas pernas ainda estão trêmulas e ela está se apoiando na parede.

    Mesmo com o corpo ainda dormente pelos dois orgasmos que teve, ela ainda queria mais. Não sei se eu fico feliz ou frustrado.

— Vai ficar só aí me olhando? -ela perguntou.

    Me aproximei e adentrei na água fria, fazendo uma careta automática pelo choque que causou no meu corpo. S/n ri com isso e me entrega o sabonete enquanto lava o seu próprio cabelo.

— Esses seus shampoos são bons, por isso o seu cabelo é assim. -ela comenta.

    Mas que fascínio é esse pelo meu cabelo?

— É genética. -respondi, torcendo o nariz.

— Que inveja. -ela brincou.

    Essa garota sempre brinca na maioria das situações. É completamente o meu oposto, mas ao mesmo tempo, consegue ser parecida comigo em alguns poucos aspectos.

— Sabe, eu vou para uma missão bem longa com a equipe Uchiha. -ela comentou.

— Eu sei.

— Mas fiquei sabendo que você não vai comparecer. -completou.

— É. -concordei. — Será muito tempo fora, não posso deixar o clã sem supervisão, visto que o Izuna vai na missão com você.

— Entendi. -ela murmurou, pensativa. — Então isso tudo o que estamos fazendo, vale como uma despedida?

— É temporário. -dei de ombros.

— Mas muitas coisas podem acontecer. -acrescentou.

— Tipo o quê? -a encarei, esperando a sua resposta.

— Você pode encontrar a mulher certa para você, que seja do seu clã. -ela não me olha enquanto fala. — Eu também posso encontrar um homem que me agrade enquanto eu estiver fora. Podemos nos apaixonar por outras pessoas, é normal.

    Cerro os punhos e os dentes só de pensar nessa possibilidade.

— Fora que eu posso morrer em missão. -ela acrescentou. — E você também pode morrer caso aconteça algum ataque por aqui.

    Ela pensa que eu sou o quê? Um idiota?

— Eu não vou morrer. -garanti. — E eu acho muito difícil que isso aconteça com você.

— Concordo. -ela riu e deu um tapinha no ar. — Eu nem sei o porquê de estar falando disso. Sabe, de qualquer modo, é um bom jeito de se despedir.

    Ela está enfatizando muito a palavra "despedida" e derivados. Pelo pouco que a conheço, suponho que esteja querendo dizer alguma coisa, mas que não consegue ir direto ao ponto. Isso me deixa irritado.

— Por que você não fala logo? -perguntei, recebendo um olhar assustado da parte dela.

— Não é hora para falar disso. -respondeu.

— Fala. -rosnei, já impaciente.

— É que... -ela se enrolou um pouco. — Eu queria te pedir uma coisa.

— Me pedir? -minhas sobrancelhas se uniram. — Então peça!

— Se eu não voltar, quero que você cuide do Koji e proteja ele. Mesmo que você encontre uma mulher diferente, só quero que proteja ele. -disparou. — Não precisa criá-lo, mas o Itsuki não conseguiria protegê-lo e eu só vou ficar tranquila quando houver uma pessoa forte o suficiente para fazer isso!

    Meu estômago borbulha. Ela está crente que pode morrer. Será que o Hashirama informou o nível da missão e é realmente perigosa? Bom, se for isso, ele não me falou sobre, mas eu entendo o medo dela.

— Ele vai estar protegido aqui. -garanti e ela sorriu em retorno, como se estivesse aliviada. — Mas se você morrer, isso não vai passar em vão. Eu vingo a sua morte, nem que para isso eu precise me tornar um deus.

— Um deus? -ela riu com sarcasmo. — Não se emocione, não é para tanto. Se chegar a minha hora, já estou pronta, desde o dia em que a minha irmã se foi.

    Mas que garota mais idiota! Ela age como se a vida dela não valesse de nada, isso é completamente infantil.

— Agora eu não quero mais tocar nesse assunto. -ela prosseguiu. — Vamos aproveitar e fazer algo mais divertido.

    Um sorriso cretino se fez presente no rosto dela, enquanto se ajoelhava na minha frente. Atiro a cabeça para trás e me apóio na parede, mesmo aéreo, me entregando às sensações que essa mulher me proporciona com tanta facilidade.
















































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    Perdoem a demora gente, preciso estar inspirada, rsrs.

    Quis colocar um pov do Madara além do hot, pra vcs entenderem um pouco dos pensamentos dele sobre ela.

    Espero que estejam gostando, até o próximo ❤❤

feiticeira • entre uchihas e senjusWhere stories live. Discover now