• amaya •

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NARRAÇÃO:

    Enquanto S/n estava vivendo uma das melhores noites da sua vida, Konoha entrava em alerta vermelho. Uma mulher desconhecida invadiu a cidade por cima dos muros e estava entrando nas casas de todos os moradores assim, do nada e no meio da madrugada.

    O hokage foi avisado e decidiu ir pessoalmente ver do que se tratava, afinal, não era comum alguém chegar assim e invadir as casas sem ferir ninguém. Ela estava certamente procurando alguma coisa.

    Mito acompanhou o seu marido, pois mesmo grávida, ela ainda era forte. Os dois não demoraram até ouvir os gritos de alguns cidadãos e encontrarem a tal mulher que estava perturbando a paz de todos àquela hora da noite.

— Ei, você! -Hashirama chamou. Ela estava de costas para eles. — O que quer aqui? O que está fazendo na casa dessas pessoas?

    O casal tomou um susto quando a garota se virou, pois a semelhança entre ela e S/n era gritante demais e não passava despercebida aos olhos deles. Porém, aquela mulher carregava um olhar sombrio e maldoso, mesclado com certa tristeza e sofrimento. Era sinistra, mas Mito sabia já imaginava quem ela era.

— Amaya? -a Uzumaki perguntou baixo.

— Como sabe sobre mim? -a mulher questionou.

— Você não estava morta? -o hokage cerrou o cenho.

    A equipe de Madara chegou e o líder ficou confuso ao ver aquela mulher tão parecida com S/n. Demorou alguns segundos para que ele percebesse que não era ela.

— Quem é você? -ele perguntou.

— Nossa, já sei o porquê de ela ter escolhido este lugar para morar. -a mulher analisou o Uchiha dos pés à cabeça. — Só tem homem bonito.

— Quem é você? -ele ignorou as investidas e repetiu sua pergunta.

— Amaya Gogatsu, nao é óbvio? -ela riu.

— O que quer aqui? -Hashirama perguntou.

— Vim buscar a minha irmã. -disse simplesmente.

— S/n não está. -Mito respondeu. — Partiu em uma missão.

— Onde? Posso buscar ela lá mesmo. -Amaya colocou ambas as mãos na cintura.

— Eu acho melhor conversarmos primeiro. -a Uzumaki sugeriu.

— Não quero conversar, só quero pegar a minha irmã e ir embora. -insistiu.

— Se você realmente se importasse com ela, não teria permanecido "morta" por todos esses anos. -Mito ergueu as sobrancelhas. — Vamos ao escritório, precisamos conversar antes de qualquer coisa.

    Amaya hesitou, mas concordou, pois sua irmã era importante demais para ela e a mulher não sabia como estava a vida de S/n desde que foi embora.

    Todos seguiram rumo ao prédio do hokage.

• • •

— Então... é aqui que você resolve todos os assuntos deste lugar? -Amaya perguntou assim que entrou na sala.

— Você já deve saber que a sua irmã ficou muito triste desde que descobriu que você havia "morrido". -Mito iniciou, sentando-se na cadeira do seu marido e assumindo a frente do diálogo.

— Foi necessário. -a mulher deu de ombros.

— O que era tão necessário que ela não poderia ter ido junto com você? -Hashirama questionou.

— Eu fiz muitas coisas erradas para conseguir uma vida digna e segura para a S/n. -Amaya encarou o hokage. — Hoje eu tenho uma casa e muito poder, posso protegê-la como ela merece.

— Mas ela está segura aqui. -Mito garantiu. — Ela tem amigos, pessoas que se preocupam com ela, vai ser madrinha do meu filho e está sempre treinando as suas habilidades com algum de nós. -listou, em tom firme. — Não acha que seria muito egoísta da sua parte tirar ela daqui para deixá-la escondida com você?

— Ela tem um namorado? -a mulher perguntou de repente.

— Não. -todos responderam em coro.

— Fala sério, você foi mestre dela e não sabe de nenhum homem? -Amaya perguntou à Mito.

— Não acho que isso seja da sua conta. -a Uzumaki deu de ombros.

— Bom, eu acho que é. -a mulher sorriu ladino e sentou-se no sofá de canto do escritório. — Minha irmã é uma bomba-relógio, principalmente depois que desperta o doujutsu, vocês sabiam?

    Todos na sala se entreolharam, confusos. Eles negaram com a cabeça, fazendo Amaya gargalhar em deboche.

— As mulheres do meu clã são amaldiçoadas. -ela disse. — Quando os homens nos amam, não demoram para passarem a nos odiar. E, quando somos deixadas para trás, o ódio se torna tanto que não nos controlamos. -ela encara as próprias unhas, despreocupadamente. — E aí começa o caos.

— Não acho que isso vai acontecer e também não acho que a S/n é o tipo de mulher que perde o controle por causa de um homem. -Mito defende sua aprendiz. — Ela sempre foi autosuficiente, nunca se relacionou com alguém. Ela não é como você.

— Minha irmã ainda é virgem? -Amaya gargalhou.

— Sim. -a Uzumaki respondeu firme, deixando os dois homens no escritório surpresos.

    Hashirama se perguntava se o seu irmão ainda não tinha mudado aquela situação e Madara estava refletindo sobre como uma mulher como ela ainda seria virgem.
    Enfim, pensamentos idiotas de homem.

— Só piora quando ela perder essa inocência. -disse a mulher. — Mas isso não importa, vamos fazer um trato? -propôs.

— Diga. -Mito permaneceu séria.

— Eu vou embora, mas vou observar a S/n de perto. Se ela perder o controle, eu levo ela comigo. -Amaya alternou o olhar entre todos presentes ali. — Se ela não mudar nada e você estiver certa, eu sumo e nunca mais apareço.

— Acho que a S/n gostaria de ver a irmã uma última vez antes de que você sumisse de novo. -disse Hashirama.

— Ela sofreu tanto por você. -Mito acrescentou, olhando a mulher nos olhos. — Durante o nosso treino de meditação, ela lembrava de você e chorava feito uma criança, sempre que estava sozinha. -faz uma pausa, suspirando. — Não sei se você ama ela na mesma intensidade, mas se você realmente se preocupa com ela, não deveria destruir a vida que ela demorou tanto para construir.

— Não vim prejudicar a minha irmã. -Amaya rosnou. — Eu sempre estive cuidando dela, mesmo de longe. Não quero que ela tenha o mesmo destino que eu.

— Então vai embora, nós cuidamos dela! -Madara se intrometeu.

— Você é um Uchiha, não é? -a mulher se aproximou dele lentamente, num ar superior. — Dá para notar pelo seu ego inflado, perceptível de longe. —ela ativa os olhos iguais aos de S/n. — A minha irmã nunca vai gostar de você, se é que você acha isso. Ninguém gosta de vocês, conseguem ser mais malditos do que nós.

    Madara cerrou os punhos mas foi contido por Hashirama. Aquela maldita era irmã de S/n, então eles não poderiam matá-la assim. Mito levantou-se e ordenou que Amaya fosse embora.

    A Uzumaki foi sozinha com a mulher até o lado de fora, para garantir que ela iria mesmo para fora da vila.

— Obrigada. -disse Amaya, virando-se para Mito. — Por cuidar dela.

— É como uma filha para mim, vou sempre cuidar dela. -Mito respondeu.

— Fez mais por ela do que eu. -a mulher sorriu e seguiu o seu caminho, partindo para longe de Konoha.

feiticeira • entre uchihas e senjusWhere stories live. Discover now