feiticeira • entre uchihas e senjus

• sexualidade •

ITSUKI:

— Bom dia. -a senhora Masu entra na cozinha. — Fumando essa hora?

— Eu não dormi. -confesso

— Está preocupado?

— Sim. -suspiro profundamente. — S/n não acordou para fazer a patrulha e ainda não apareceu.

— Ela está de luto. Precisa de um tempo. -Masu massageou o meu ombro e foi até a pia preparar um café.

    Não demora muito até que Izuna apareça no local. Ele anda até mim e senta na cadeira ao meu lado. Me encolho com a aproximação repentina.

— Bom dia, gatinho. -ele diz.

— Gatinho? -torci o nariz.

    O garoto não respondeu, apenas colocou os braços em cima da mesa e deitou a cabeça sobre eles. Fiquei confuso, mas não questionei mais. Esse povo é meio pirado mesmo.

— O líder não vai comer? -a senhora Masu pergunta.

— Ele ainda não saiu do quarto. -Izuna responde.

— Ele foi até o cemitério ontem levar uma flor em respeito à falecida. -a empregada comenta.

— Ele foi? -arregalo os olhos. — S/n me disse que não queria nenhum Uchiha por lá.

— Ela deve ter dito algo que ele não gostou. -Izuna deu de ombros. — Mas é normal. Ele sempre fica bravo e se tranca no quarto.

— Você já perdeu alguém, Itsuki? -Masu pergunta, ainda de costas e concentrada nos seus afazeres.

— Meus pais. -respondo. — Mas eu não lembro muito disso.

— S/n vai precisar de muito apoio agora, para conseguir passar pelo luto. -Izuna aconselha.  — Ela está me evitando, mas ainda é próxima de você. Então, se você não ajudá-la, eu te mato.

    Meu coração acelerou e minhas pernas ficaram dormentes. Isso não depende de mim, que droga!

— Eu sinto pena dela. -Masu comenta num tom triste. — É muita responsabilidade para uma menina.

— Às vezes eu tenho medo de que ela se perca de si mesma e se torne uma pessoa má. -confesso.

— De que merda você está falando? -Izuna dá um tapa forte na mesa, me assustando. — Será que você realmente a conhece? Ela nunca vai ser má, por isso ela sofre tanto!

— Não foi isso que eu quis dizer. -ergo as mãos na altura do peito em sinal de paz.

— Droga! -ele xingou, cerrando os punhos.

    Neste momento, Koji aparece na cozinha. Está com o cabelo todo bagunçado e com uma carinha de quem acabou de acordar. Dou espaço para que ele sente no meu colo, pois ele sempre faz isso assim que acorda.

— Bom dia, dorminhoco. -brinquei.

— Já escovou os dentes? -Izuna pergunta ao menino. — Tirou o bafo de leão?

— Não. -Koji respondeu de mau-humor.

— Vem, eu te levo para escovar. -o Uchiha se coloca de pé e segura a mão de Koji. — Se você não escovar, os seus dentes vão ficar podres e vão cair. Você quer ficar sem os dentes?

— Não, tio. -o menino responde num tom desanimado, seguindo ao lado de Izuna rumo ao banheiro.

    Estou sozinho com a senhora Masu e com os meus pensamentos.