• pivete •

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NARRAÇÃO:

    No território Uchiha, a empregada Masu havia finalizado todas as suas tarefas e estava sentada na varanda enquanto observava Koji brincar com as crianças na rua. Ela gosta muito de crianças, principalmente das que eram educadas.

    A velha se assusta quando sente a presença de um homem atrás de si. Imediatamente ela se coloca de pé e vê Madara, que está sério e também observando a brincadeira das crianças.

— Não precisa levantar, Masu. Só vim tomar um ar. -ele disse e ela se curvou.

— Quer sentar nessa cadeira, senhor? -perguntou.

— Não, pode ficar.

    A idosa torceu o nariz mas assentiu, voltando a sentar onde estava. Suas pernas já doíam, ela estava bastante cansada.

— Acho que está na hora de se aposentar, Masu. Você já esta ficando velha para limpar a casa e cuidar de tudo como faz. -disse Madara.

— Eu faço porque gosto de cuidar do senhor e do jovem líder. -ela respondeu, sorrindo. — É o mínimo que posso fazer. Sua mãe me pediu para cuidar de vocês dois.

— Entendo. -ele murmurou.

    Os dois ficaram em silêncio, olhando as crianças e a paisagem. Com a senhora Masu, Madara não era rigoroso ou irritado. Ele a respeitava por ter sido quem cuidou dele e de Izuna desde que eram pequenos.

    De repente, o grupo de crianças começou a se estranhar. Algum deles discordou da ideia do outro sobre qual seria a próxima brincadeira, e o clima entre eles estava ficando tenso.

— Você nem é do nosso clã, sai daqui, moleque! -uma das crianças xingou Koji.

    A senhora Masu fez menção de levantar para apartar os pivetes, mas Madara segurou o ombro dela e a manteve sentada na cadeira.

— Vamos ver como ele vai reagir. -disse ele, com um sorriso divertido no rosto. — O garoto é um Uchiha, afinal de contas.

    Após alguns minutos de discussão entre as crianças, o garoto mais alto puxou o cabelo de Koji e o derrubou no chão. Mais dois meninos partiram para cima dele enquanto gritavam que ele era um peso no time de qualquer que fosse a brincadeira que escolheram.

    Madara pensou que estava na hora de apartar a briga e se aproximou, pois se S/n encontrasse o sobrinho machucado, seria um problema dos grandes.

    Quando o líder estava chegando na roda das crianças, parou de andar e ergueu as sobrancelhas assim que Koji começou a bater nos três meninos que estavam fazendo mal a ele.

    Madara prendeu o riso, mas não deixou de ficar surpreso. O sobrinho de S/n desceu o cacete nos dois meninos do seu tamanho e depois partiu para cima do maior, derrubando-o no chão e subindo por cima dele para socar o seu rosto.

    Antes que aquilo acabasse mal, Madara interviu e ergueu Koji usando apenas um braço, apertando o garoto que se debatia para se soltar. As outras crianças estavam em prantos, o que emitia um som insuportável de ouvir de perto. O líder então carregou Koji no braço até chegar na varanda e largou a criança no chão, bem ao lado da senhora Masu - que inclusive, estava furiosa -.

— Não pode brigar! -ela repreendeu o garotinho. — Vou contar para a sua tia que você aprontou!

— Não fala para ela, por favor. -Koji pediu, desesperado.

— Por que você bateu naqueles garotos? -Madara perguntou, escondendo um riso pelo que acabara de ver.

— Eles me bateram e disseram que eu não sou um Uchiha, mas eu sou um Uchiha, minha tia me falou isso! -o menino cruzou os braços e virou o rosto, deixando transparecer o seu gênio forte.

    Madara se agachou na frente dele e o olhou nos olhos, sem conseguir intimidar o garoto nem mesmo com a sua aproximação assustadora.

— Vou contar para a sua tia. -Madara disse calmamente.

— Não, por favor! -Koji gritou, voltando a ficar desesperado e quase chorando.

    O líder gargalhou alto com aquela cena e, num ato extrovertido, tocou a testa do menino com dois dedos. Koji se acalmou e colocou a mão no local que havia sido tocado, torcendo o nariz e muito confuso com aquilo.

— Vou contar para a sua tia que você foi muito corajoso e forte. -Madara concluiu, carregando um raríssimo sorriso simpático nos lábios. — E você é sim um Uchiha, pivete.

— Então fala para ela que eu bati em todos eles. Ela vai achar que eu sou muito forte! -Koji fechou a mão em punho e deu uma risadinha travessa, com os olhos fechados e o rosto próximo de Madara.

    Eu devo ter morrido e estou em algum plano espiritual, para estar vendo isso., a senhora Masu pensou. Ela nunca imaginava ver tal cena ainda em vida, pois aquilo parecia ser uma estranha encenação impossível de acontecer de verdade.
    Mas estava acontecendo.

— Vamos fazer um curativo no seu rosto, você deve ter arranhado quando caiu no chão. -a idosa segurou a mão de Koji e o guiou para dentro da casa.

— Desculpe, senhora Masu. -ele pediu tristonho enquanto a seguia.
























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N/A: Estão gostando, gatas? Para qualquer crítica construtiva, estou à disposição

feiticeira • entre uchihas e senjusWhere stories live. Discover now