• família •

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S/N:

    Madara está diferente. Droga!
    Ele praticamente me expulsou do quarto. Não me deixou tirar nem uma casquinha dele. Que ódio. Mas eu nem tentei muito, pois aqueles olhos me deram medo.

    Não vou ser emocionada, afinal. Vou aproveitar o resto do dia e volto aqui a noite. Vamos ver se ele é tão malvado como dizem por aí. Mesmo se for, posso me curar com o ninjutsu médico e agora nós temos uma palavra de segurança.

    Pensando bem, preciso escolher uma nova. "Chave" é muito sem graça. Teria que ser algo bem broxante para que ele não quisesse mais continuar mesmo, até porque a palavra de segurança serve justamente para parar, então não precisa ser algo sexy.

    Chego na cozinha e encontro com a senhora Masu e Itsuki. Eles provavelmente ouviram o barulho vindo do quarto onde eu estava, pois estão me olhando com os olhos arregalados.

— Vocês brigaram? -Masu perguntou.

— Não. -sorri. — Mas a porta estava trancada, então eu quebrei.

— E a privacidade, você enfiou onde? -Itsuki parece indignado.

— Eu tinha os meus motivos. -cruzo os braços. — Onde está o Koji?

— Izuna foi buscá-lo. -Masu informou.

    Assenti e me servi com um pouco de café. Estou com muita fome e cheguei antes da mesa ser recolhida. Logo, ainda posso comer sem precisar tirar tudo do armário e depois guardar de novo. Isso que é vida!

— S/n, eu preciso organizar algumas coisas lá nos fundos. -a senhora Masu informa, sorrindo simpaticamente. — Então, depois que terminar de comer, poderia recolher a mesa?

    Me amoleci inteira, mas concordei com um movimento positivo de cabeça. Se eu soubesse, nem tinha parado para comer agora.



• • •




    Chego na casa de Mito com Koji sentado nos meus ombros. Ele está feliz e segurando uma florzinha que nós compramos para ela. Ele insistiu tanto por isso, eu não aguentei e comprei.

— Bom dia, S/n. -a empregada nos atende.

— Bom dia. -sorri. — Mito está?

— Não, foi com o hokage-sama para o escritório. -explicou.

    Assenti e continuei carregando Koji até o escritório de Hashirama. O menino está feliz, pois por algum motivo, é um dos seus lugares favoritos.

    Chegando no local, encontro a porta já aberta e simplesmente entro sem bater, encontrando o shodai, Mito e Tobirama. Bom, Tobirama não está sozinho. Aquela prima da minha sensei está com ele e os dois parecem estranhamente próximos.

— Bom dia! -eu e Koji falamos em uníssono.

— Tio, o que você está fazendo com essa mulher? -o menino disparou.

Isso não é da sua conta. -sussurrei num tom de ameaça.

— Isso é para você, tia Mito! -Koji estendeu a flor na direção dela.

— Ah, que lindo! -ela ficou rapidamente emocionada. Que besteira. — Obrigada! Garanto que será um grande homem de valor!

Hehe. -ouço o menino soltar um risinho travesso.

— Está melhor hoje, S/n? -o hokage perguntou.

— Muito. -garanti. — Me desculpe por ter faltado ao meu trabalho ontem, shodai. -pedi. — Eu não estava muito bem.

— Eu entendo. -ele sorriu largo.

    Espero que eles não abram a boca sobre Amaya na frente do Koji.

— Eu decidi que você já está apta para retomar as missões fora da aldeia. -Mito informa. Um sorriso genuíno e alegre surge gradativamente nos meus lábios.

— Mas eu não completei nem dois dias na segurança. -contestei.

— Sabemos que você não gostou e que não vai parar de faltar. -disse Hashirama. Não está errado. — Mas escute bem, S/n. Será a última vez que eu tratarei você diferente dos outros shinobis! -garantiu num tom estranhamente sério. — Não misturarei mais o trabalho com a vida pessoal, então terei por você a mesma tolerância que tenho pelos outros!

— Certo, shodai. -murmurei, cabisbaixa.

    Que droga, eu gostava dos privilégios que tinha.

— Hashirama, eu trouxe o relatório. -uma voz conhecida se faz presente no escritório. Meu corpo fica tenso. — Não me avisaram de uma reunião.

— Bom dia, Madara. Não é uma reunião. -o hokage sorriu largo, como absolutamente em todos os momentos. — Que bom que trouxe o relatório.

— Sim. -o Uchiha passou por mim, andando até a mesa e entregando o papel.

— Tio, você não me viu aqui? -Koji cruzou os braços em cima da minha cabeça.

    É, ele ainda está nos meus ombros.

— Claro que eu vi, você é o mais alto da sala. -Madara andou até nós e parou na minha frente, erguendo o rosto na direção de Koji. — Quer vir comigo?

— Quero!

— Vai ficar querendo. -o Uchiha deu as costas e andou na direção da porta.

Madara! -repreendi discretamente.

    Sorte a minha que o Koji não é do tipo que chora e faz tempestade em um copo d'água. Ele é do tipo que pula dos meus ombros direto para o chão e sai correndo atrás do homem. Meu Kami.

— Eles têm uma boa relação. -Mito sorria desconcertada.

— No fundo os dois se gostam. -retribui o sorriso, coçando a nuca.

— Que bom que está conseguindo criar o Koji perto da linhagem. -o hokage comentou.

— Estou tentando. Bom, faz pouco tempo que assumi essa responsabilidade. -respondi.

— São como uma família. -ele concluiu.

— Seria melhor se o garoto fosse criado longe daquele clã maldito. -Tobirama se pronunciou pela primeira vez desde que cheguei. — Se houver uma rebelião, ele corre perigo.

— Não vai haver. -garanti.

— Mas se houver, ele será tratado como o Uchiha que é. -concluiu.

— É algum tipo de ameaça, Senju? -cerrei as sobrancelhas.

— Não.

— Ninguém jamais machucaria o Koji, ele é um garoto do bem. -Hashirama se intrometeu. — Você está indo bem, S/n. Continue fazendo o que acha melhor para ele, porque será.


































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N/A: Depressão nessa reta final, mas preparando caps muito bons e o desenvolvimento do casal secundário + último hotzão do livro 🛐

Eu estava fazendo uma fic do Itachi, mas cancelei esse planejamento. Estou pensando em alguma outra coisa legal. 💕

Até o próximo cap ❤

feiticeira • entre uchihas e senjusOnde histórias criam vida. Descubra agora