• liberdade ou prisão? •

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NARRAÇÃO:

    S/n e Izuna chegaram em um dos campos de treinamento dos Uchihas, onde um esquadrão liderado por Kagami já estava aguardando. O garoto sorriu imensamente ao ver S/n.

— Há quanto tempo, S/n-chan. -disse, sendo retribuído com um sorriso simpático.

— Já faz um tempo, Kagami. -ela respondeu. — Parece mais alto.

— Não é para tanto. -ele estufou o peito, orgulhoso.

— Ela insistiu em assistir o nosso treino e eu não vi motivos para negar. -Izuna disse à todos ali presentes.

— Concordo. -disse Osamu, o homem das piadas machistas. — O que mudaria no nosso treinamento ter uma garota observando? Nada! -gargalhou.

Ele vai começar. -S/n avisou o amigo, num tom baixo.

— Mas eu até que gosto dela. -Osamu prosseguiu.

— Eu não gosto de você! -a garota cruzou os braços, fazendo todos os outros homens rirem pela sua resposta.

— Osamu, não fale com ela. S/n, não fale com ele. -Izuna ordenou. — Vá para um canto, fique quieta lá!

    Mesmo sem concordar, a garota obedeceu e se afastou, subindo em uma árvore para ter melhor visibilidade do campo inteiro onde os Uchihas iriam treinar. É lógico que ela não ficaria lá por muito tempo.

    Enquanto isso, na aldeia, Madara estava chegando no escritório do hokage após ter sido convocado. Desde o momento em que S/n saiu da sua casa sem nem olhar para o seu rosto, o Uchiha se viu frustrado e furioso. Talvez tenha sido um erro ter me deixado levar por uma mulher como ela., pensava.

    Assim que adentrou o escritório, Madara encontrou Hashirama e sua esposa já o esperando.

— O que aconteceu? -o Uchiha perguntou, adentrando a sala e fechando a porta atrás de si.

— Talvez tenhamos problemas. -o hokage alertou, olhando para o céu através da janela do escritório.

— Que tipo de problemas?

    A conversa foi interrompida pelo som da porta sendo aberta. Tobirama adentrou o local e fechou a expressão assim que viu Madara, mas os dois não trocaram nenhuma palavra sequer.

— Algumas pessoas garantem ter visto Amaya Gogatsu saindo da vila pelo leste há cerca de dois dias. -revelou Mito.

    Madara e Tobirama ergueram as sobrancelhas, porque eram os únicos da sala que ainda não sabiam disso, mas se mantiveram atentos para ouvir o restante da informação.

— Não sabemos como aquela mulher consegue entrar sem ser vista, mas sabemos que só há uma razão para que venha até aqui. -a Uzumaki prosseguiu. — S/n, a sua irmã.

— Fizemos um trato. S/n não perdeu o controle e nem se deixou levar por qualquer maldição. Logo, Amaya não poderia levá-la. -Madara lembrou.

— Você desistiria do Izuna por conta de um trato? -Mito questionou, deixando o Uchiha mudo. — Foi o que pensei. Essa mulher pode ser ruim para nós, mas ama a irmã mais nova. Já esperávamos que ela quebraria qualquer acordo.

— Vocês têm algum plano a respeito disso? -Tobirama perguntou.

— Não sabemos dizer se S/n já reencontrou a irmã, mas ela tem agido diferente nos últimos dias. -Mito sentou-se na cadeira do seu marido e baixou o olhar, num tom entristecido. — Creio que pode estar se despedindo de nós.

— Se despedindo? -Madara gargalhou em ironia. — Vocês pretendem deixá-la ir? É sério?

— Nós a amamos como uma filha, mas eu me sentiria horrível se interferisse nas escolhas de qualquer filho meu. -Hashirama finalmente se pronunciou. — S/n é maior de idade e livre. Seríamos egoístas se a fizéssemos escolher entre nós e a irmã, que é a pessoa que ela mais ama no mundo.

— Ela pensava que a irmã estivesse morta, como vocês têm tanta certeza de que essa escolha será boa? -Tobirama questionou, grandemente irritado com a tranquilidade do seu irmão e cunhada.

— Amaya não é considerada uma ameaça para Konoha, ela só quer a irmã de volta. -Hashirama respondeu. — Se S/n for por conta própria, não há motivos para impedir.

— Ela não consegue amar alguém com a mesma intensidade que ama a irmã mais velha. -Mito acrescentou. — Se vocês dois acham que ela os amou, caíram em um tremendo engano. Ela deixaria tudo para trás se fosse para estar com Amaya, inclusive vocês.

    Madara e Tobirama se deram conta de que, mesmo que tenham dormido com ela, nunca conheceram S/n de verdade. Mito era uma mulher firme e dura, suas palavras eram diretas e ásperas, pois não se importava com como os dois homens se sentiriam ao ouvir aquilo.

— Então vamos deixá-la ir? -Tobirama perguntou.

— Alertamos vocês pois sabemos que iriam tentar impedir, mas não queremos isso. -Hashirama concluiu. — S/n é livre para escolher o próprio futuro. Não temos direito de contestar sobre.


feiticeira • entre uchihas e senjusWhere stories live. Discover now