• conformado •

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NARRAÇÃO:

    Em certo momento, todos na festa já estavam alcoolizados. S/n e Itsuki estavam dançando em cima de uma das mesas junto de outras convidadas, sendo as principais atrações do evento.

    Mito decide se juntar à eles, mas S/n já estava muito cansada, então desceu para tomar um ar do lado de fora. Colocando a mão em um dos bolsos, a garota percebeu que havia ficado com a carteira de cigarros de Itsuki.

    Bom, o que é um peido para quem está todo cagado, não é mesmo?, ela pensou, ascendendo um dos cigarros e fumando sem prática nenhuma.

    S/n sentou-se em um dos bancos um pouco afastados da entrada do salão, pois até o lado de fora estava agitado. Hashirama se embebedou e abriu o evento para a vila inteira, então tinha todo o tipo de gente lá dentro bebendo de graça.

    Após alguns segundos contemplando o céu e curtindo a sua bebedeira enquanto tentava fumar aquele cigarro ruim, S/n sentiu que não estava sozinha e quando baixou o olhar, percebeu que Izuna estava se aproximando.

— Posso sentar aqui com você? -ele perguntou.

    O álcool humilha mesmo. Humilha tanto, que a garota aceitou.

    Izuna sentou-se ao lado dela e ficou encarando o céu por um tempo. Havia tantas coisas que ele queria falar, que nem sabia por onde começar.

— Eu me culpo todos os dias pelo que fiz com você. -ele disse. — Eu não lembro de termos brigado fisicamente, só lembro de colocar você no meu tsukuyomi e não conseguir parar.

— Já passou. -ela continuou encarando o céu.

— Eu preciso que você me perdoe, S/n. Quero voltar ao que éramos antes. -ele pediu.

— Eu não estou brava com você, já te perdoei. -ela respondeu sem olhá-lo. — Eu só não consigo agir como antes e fingir que nada aconteceu. Não consigo olhar nos seus olhos, sinto medo.

— Eu não sou um monstro. -ele já estava quase chorando. — Eu errei, fui idiota, mas não estava conseguindo responder por mim.

— O que está insinuando? -ela uniu as sobrancelhas.

— Não sei, talvez eu estivesse sendo controlado por algo? -sugeriu receoso.

— A única pessoa que poderia fazer isso é a minha irmã que está hospitalizada. Vai mesmo colocar a culpa nela só para não assumir o que fez? -a garota se encontrava irritada, finalmente olhando nos olhos do Uchiha.

— Não! Jamais! -ele se defendeu.

    O álcool deixava Izuna carente e S/n agressiva. Era um péssimo momento para os dois terem aquela conversa.

— Não quero que você precise beber para ter coragem de me falar essas coisas. -ela disse, séria. — Então não é uma boa hora para falarmos disso.

— Mas depois você não vai me ouvir. -ele contestou.

— Não seja desesperado, Izuna. -S/n suspirou profundamente e voltou a encarar o céu. — É um mundo enorme e o nosso tempo é longo. Haverão outras oportunidades. -finalizou.

    O que Izuna queria fazer era chorar e obrigar ela a perdoá-lo, mas isso obviamente seria uma má ideia. Ele então se colocou de pé e se afastou, deixando a garota sozinha novamente.

    S/n ficou mais longos minutos encarando o céu enquanto os seus pensamentos iam longe. Ela fechou os olhos e pensou em absolutamente tudo, lembrou-se de tudo, e por conta do álcool, estava alegre apesar de todas as suas dificuldades e traumas.

feiticeira • entre uchihas e senjusKde žijí příběhy. Začni objevovat