As Últimas Cobaias - Livro 3

Capítulo V - HELÔ

Antes de começar o capítulo, algumas pessoas me pediram para fazer um breve resumo sobre os últimos acontecimentos do personagem que narra o capítulo, já que as postagens acontecem três vezes por semana e, às vezes, passam semanas sem aparecer.

Então, a partir de hoje, vai ter um breve resuminho do que aconteceu. Caso não queira ler, fique a vontade para seguir direto para o capítulo. E se eu não postar nada, é porque o personagem não fez nada de relevante da última vez que apareceu.

Último acontecimento da Helô: Após a tentativa fracassada de encontrar a Terceira Criança, a Helô se viu tão frustrada quanto o Zeca. Ao contrário dele, ela continuou no grupo.

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A cama me parecia cada vez mais convidativa e, por mais que a Sara insistisse para que eu ficasse ao seu lado o dia inteiro, eu só queria que ela me deixasse deitada e em paz.

Eu sabia que ela e o Tonho não dormiam bem há meses. Apesar de não falarem, eu podia ver em suas olheiras profundas e sabia que era tudo minha culpa. Eu, pelo contrário, dormia o máximo possível para que os dias passassem mais depressa. Pena que isso quase não resolvia.

Às vezes eu tinha pesadelos. Na maioria das vezes eles se repetiam. O hospital. O Bruno. O fracasso. Não tinha um único dia que eu não me culpasse por tudo aquilo. Quando eles quiseram desistir daquele plano idiota, fui eu que os convenci do contrário. Se eu não tivesse seguido o Zeca, talvez o plano não tivesse saído do papel.

Eu não sabia que a culpa podia consumir uma pessoa a esse ponto. Já tinha quatro meses que eu não vivia mais e toda vez que eu tentava colocar na minha cabeça que, mesmo que eu não tivesse insistido ou seguido o Zeca, provavelmente tudo aconteceria da mesma forma, não era assim que eu me sentia.

Os primeiros dias após o fracasso foram os piores da minha vida. Lembro de chorar todos os dias por quase um mês. Eu também não tinha fome nenhuma e eu não tinha o Zeca para dividir essa dor comigo. Ele era a única pessoa no grupo que realmente me entenderia. Mas não o culpo por isso. Se eu pudesse, também teria feito o mesmo.

Ainda bem que eu tive a Sara e o Tonho ao meu lado.

- Levanta, Helô! – insistiu a Sara pela bilionésima vez.

- Já vou... – respondi.

Ela me ajudou a levantar e juntas fomos até a cozinha. Eu realmente não me importava. Eu sabia que ficaria ali até a hora de poder voltar pra cama novamente.

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Esse plano fracassado trouxe mais efeitos colaterais do que dá pra imaginar.

Eu sei que esse começo está meio parado, mas é que precisa ser explicado o que aconteceu com o grupo após essa rasteira do destino. Prometo que a partir da semana que vem, começa a ação.

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