Capítulo CLIII - TONHO

1K 211 48
                                    

Primeiro ouvimos um grito da Malu, então o Zeca foi jogado para fora da sala e a porta foi fechada com um estrondo ensurdecedor. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas tinha certeza que as coisas não saíram como o planejado.

Sem contar tempo, corri até o Zeca que parecia dar sinais de estar acordando.

– O que aconteceu? – perguntei, alarmado, com a Sara no meu encalço.

Ele não respondeu nada. Apenas levou a mão à cabeça, parecendo estar sentindo muita dor.

– A Malu! – disse, levantando-se num salto e correndo até a porta. Mas para a nossa surpresa, ele não conseguiu atravessá-la. – Ela está em perigo! Vem aqui me ajudar.

Eu ainda não tinha entendido o que tinha acontecido, mas eu estava assustado de verdade. Encarei a Sara e ela me devolveu um olhar apavorado. Talvez tão apavorado quanto o meu.

– Anda, Tonho – insistiu ele, tentando empurrar a porta com o ombro.

Corri até a porta e nós dois nos revezamos tentando abrir aquela porta à força, mas sem nenhum sucesso. A Sara tentava enxergar através da porta, mas também não estava conseguindo.

– Eu não sei o que está acontecendo, mas parece que essa sala é mais segura que a segurança máxima. – Concluiu ela, arrastando-nos para longe daquela maldita porta.

O Zeca estava fora de si e eu entendia ele de verdade, mas no momento tínhamos que raciocinar com clareza. E isso exigia que parássemos por alguns instantes.

– A Sara está certa – concordei. – Agora temos que tentar pensar em uma maneira de entrar nessa sala e tirar a Malu dali de dentro.

– Eu não posso deixar ela ali sozinha – argumentou, esfregando a mão na cabeça e soltando um grunhido. – Nós temos que tirá-la dali agora.

– Mas não tem como! – devolveu a Sara, erguendo a voz e o segurando pelos ombros. – A gente vai pensar em uma maneira de tirá-la dali, mas para isso você tem que cooperar ao invés de ficar dando chilique.

Eu acho que ele não estava acostumado a ver a Sara tomando as rédeas da situação. Só isso explica a cara de bobo que ele fez naquele momento.

– Nós entramos juntos e vamos sair juntos, sem deixar ninguém pra trás – continuou, agora em um tom de voz bem mais calmo. – Só precisamos pensar em uma saída. Você sempre foi o cara dos planos, Zeca. Pensa.

Antes que ele tivesse chance de dizer qualquer coisa, puxei os dois pela blusa para longe dali.

– Eu acho que tive uma ideia.

*************************

Tonho tendo ideias? Sei não...

Não esqueçam dos comentários e votos.

Beijão e até amanhã.

As Últimas Cobaias - Livro 3Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang