Capítulo CLXII - JOCA

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– Eu não sei se vou aguentar muito tempo.

O Tião parecia cansado de verdade. Acho que ele nunca tinha feito um campo tão forte por tanto tempo e, se ele apagasse, nós estaríamos ferrados pra valer.

– Aguenta aí, Tião – disse a Nice. Como se a opção de aguentar ou não fosse dele.

– É o que eu estou tentando fazer, caso você não tenha percebido. – Devolveu, aborrecido.

– Você acha que consegue dar um choque neles? Só o suficiente para deixá-los desacordados? – indagou-me ela, com um sorriso de quem acabara de ter a melhor ideia do mundo.

– Eu acho que consigo, mas não tenho certeza.

– Se acontecer um acidente, você pode alegar que foi legítima defesa. – O Tião deu de ombros. – É sério, Joca. Eu não sei quanto tempo eu vou aguentar. Você precisa fazer alguma coisa logo.

Eles estavam certos. Se eu não fizesse alguma coisa logo, nosso campo de força ia sumir e daí estaríamos lascados. Resolvi me concentrar o máximo possível, porque perder o controle é fácil, difícil mesmo é tentar fazer a coisa de maneira controlada.

E foi o que eu fiz. Todos caíram desacordados no chão. A Nice tocou no pescoço deles e confirmou que todos estavam vivos, enquanto o Tião caiu sentado no chão. Puxei-o com força, antes que ele desabasse de vez.

– A gente precisa sair daqui antes que eles acordem – disse ela.

Ela já corria pelo corredor e nós dois a seguimos apressados.

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Beijinhos

As Últimas Cobaias - Livro 3Where stories live. Discover now