Capítulo XXIII - HELÔ

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Helô ainda tá na bad com tudo o que aconteceu e se sente culpada.

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Eu realmente não entendi nada quando vi a Dani correndo quarto adentro. Nunca fomos próximas nem nada. E estranhei ainda mais quando ela deixou um pedaço de papel velho e amassado sobre a minha cama.

- Isso é seu – disse, toda sorridente.

E no mesmo rompante que ela entrou, saiu.

Quase deixei o papel para lá, já que eu tinha certeza absoluta que aquilo não me interessaria. Mas resolvi dar uma chance.

Sentei-me na cama e abri o papel. Precisei passar o olho pelo bilhete – que tinha uns poucos garranchos – umas dez vezes para me dar conta de que aquilo era real.

Helô

Você não faz ideia da felicidade que eu senti quando soube que você está bem. Desde aquele dia eu não soube mais nenhuma notícia sua e aconteceu tanta coisa, que eu ainda tinha dúvidas sobre você estar ou não aqui nesse hospital. Fique bem.

Bruno

Minha primeira reação após ler aquilo foi sair correndo atrás da Dani. Eu precisava entender de onde ela tirara aquilo. Se era verdade mesmo ou se não passava de uma brincadeira.

Encontrei ela e o Tavinho quase na esquina.

- Onde vocês acharam isso? - perguntei, mais desesperada do que eu queria.

- Eu estive lá – respondeu a Dani. - E falei com ele.

Parei para pensar que aquilo só podia ser uma brincadeira. E de muito mau gosto.

- Olha aqui, seus dois... - comecei, mas fui interrompida por um pedaço de papel que o Tavinho me entregou.

Nele estava um bilhete do próprio Tavinho para o Bruno. Li, reli e li novamente para ter certeza que eu estava mesmo lendo aquilo.

- Nós estamos observando a Malu há dias e ontem conseguimos contato com o Bruno – explicou o Tavinho, ajeitando o óculos. - Eu jamais faria uma brincadeira tão sem graça, Helô.

- Você... Você viu ele? - perguntei a Dani.

- É claro que sim – respondeu, claramente magoada. - Eu não sou mentirosa.

Respirei fundo, percebendo a injustiça que eu cometera. A verdade é que eu ficara tão aturdida com os acontecimentos dessa manhã, que acabei perdendo a cabeça. Mas essa era uma coisa boa, não era?

- Desculpa, meninos – pedi, com sinceridade. - Eu não estou passando por uma fase muito legal e...

- Tudo bem, tudo bem – interrompeu-me o Tavinho, levantando as mãos. - Não precisa se desculpar por...

- Precisa sim! - exclamou a Dani, interrompendo-o. - Eu me ofendi com suas acusações. E se você não me pedir desculpas sinceras, eu não levo a sua cartinha pro seu namorado bonitão.

Saí correndo dali o mais rápido possível – não sem antes dar um beijo no rosto de cada um deles – atrás de papel e caneta. Eu tinha tanto pra falar e precisava começar o quanto antes.

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Depois de meses, finalmente um contatinho *-*

Não esqueçam do votinho e dos comentários.

Beijão e até amanhã

As Últimas Cobaias - Livro 3Where stories live. Discover now