1° Capítulo

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Narração: Mayane

Dia lindo e bem produtivo, graças a Deus!
Desço do helicóptero e em seguid ajudo a Clarisse e o Cleyton a descerem também, meus filhos amados!
Cleyton: Tira onda hein coroa. -Disse, logo em seguida bateu na minha bunda, menino indiscreto.
Mayane: Me respeita garoto... Coroa é teu pai, aquele viado! -Falo brincando, rindo.
Cleyton: Falando em meu pai, ele deixou a senhora brotar no churrasco que eu vou fazer no sábado. -avisou.
Mayane: Vou não filho, teu pai é maluco e você sabe bem das nossas condições, não vou ultrapassar meu limite.
Clayton: A senhora é fogo! Isso é águas passadas pô, ele mesmo já falou até pra minha vó. -contou no intuito de me fazer mudar de ideia.
Mayane: Não é não, que se fosse ele tinha deixado você morar comigo.
Clayton: Am, eu num vou por causa do teu marido pô, aquele cuzão. -reclamou, fechando a cara.
Clarisse: Xinga meu pai não irmão, vou xingar o seu também. -rebateu boladona
Mayane: Ó, vamos acabar com essa palhaçada, hein!!! E vamos almoçar logo -Digo brava, cortando logo os dois.

Esse fim de semana é aniversário do meu menino, o meu primogênito faz dezoito anos. É, realmente tô velha mesmo, quem diria...

Tive meu filho no auge do meus quinze anos perto de acontecer à minha festa de debutante, antes disso eu já tinha pintado a pampas, nunca fui flor que se cheirasse e Deus, com sua piedade mór me enviou o Cleyton, para eu me aquietar antes que o pior acontecesse...
Pai dele sempre foi um homem bom para mim, me tratava feito rainha, me deu um mar de amor e eu fiz o quê? Desprezei. Quando se tem um amor de verdade a gente realmente não valoriza, só pensa em dar valor quando já perdeu. Eu tive que perder para perceber o homão que eu tinha ao meu lado, o traí com um moleque desgraçado que contou para a favela toda, e isso desgraçou a minha vida todinha. Eu só quis me vingar da sacanagem que ele fez comigo me trancando dentro de casa com direito a levar chave para eu não ir atrás dele no baile e não tinha sido a primeira e nem a segunda vez, eu vivia presa pelo ciúmes doentio dele, eu não podia usar certas roupas que ele rasgava, não podia pintar o cabelo, tinha que ser do jeito que ele queria. Era obcecado, abusivo e achava que me tinha como posse.
Traí e não me arrependo! Porém depende.
Só me arrependo em um certo ponto, ele me colocou para fora de casa e não me deixou levar nem meu filho que na época só tinha oito anos de idade. Gosto nem de lembrar. Sofri à beça com a distância, mas mesmo de longe pude dar continuidade a criação do meu filho, graças a minha divina ex sogra.

Almoçamos num restaurante flutuante na Urca, só eu e meus filhos, os únicos que merecem o meu amor. Foi uma tarde muito agradável, num passeio pelo RJ inteiro, até no Corcovado fomos. Pela primeira vez na minha vida eu subi no Cristo Redentor, que carioca sou eu que só conheço favelas e baile?
Olhei para o céu e agradeci a Deus por tanto e pedi para tirar tudo o que for ruim da minha vida. Ficamos um bom tempo aqui em cima, só apreciando uma das sete maravilhas do mundo.

Mayane, 33 anos

Abençoada d+++ p/ reclamar!

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Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora