115° Capítulo

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Narração: Mayane

As coisas aqui não estão nada boa, mas mesmo assim sigo. Se eu for parar para pensar e levar a sério vou querer logo tomar minhas atitudes e que porventura saio como à errada, dona da razão.
Mayane: Meu amor, pegar água para sua mãe, por favor? -Peço minha filha amada.
Tô arrumando a Lady, comprei uns enfeites lindo. Pus ela no chão e peguei meu copo d'agua.
Cleyton chegou de cara amarrada, se jogou no sofá.
Mayane: O que houve cara?
Cleyton: Rayssa que só trabalha, enche o saco isso.
Mayane: Quem mandou ser pão duro?
Cleyton: Pão duro, eu? Ela trabalha igual uma filha da puta direto e nem sai.
Mayane: Eu não exploro sua namorada não, ela trabalha porque quer.
Cleyton: Vou ter um papo sério com ela hoje, Serafim mandou tu ligar para ele.
Mayane: Ele quer assunto, num liga porque está no erro.
Cleyton: Vocês parece cão e gato!
Mayane: É assim mesmo, até eu não sustentar mais.

Falando nele, a bênção chegou e não falou com ninguém. Fui logo esquentar a comida dele, não é porque estamos brigados que eu deixo de fazer as coisas dele, e não estamos certamente brigados e apenas um mal entendido, eu mimo mesmo! Assim que o microondas apitou, tirei de lá e pus na mesa.
Serafim: Tem uma mulher te procurando, mandei ela esperar lá na padaria.
Mayane: Que mulher?
Serafim: Quis falar não, só disse que queria ver a Clarisse.

Chamei a Clarisse e fomos de moto até lá. Quando vi era a mãe do George, eu até ia cantar no pinote, mas nem deu tempo, ela nos viu. Pensem numa mulher problemática, é ela. George não deixava ela nem chegar perto da nossa casa, que quando ela ia fazia show, implorava pra morar com a gente mas depois sumia no mundo sem dar um tchau sequer. É doida demais!
Adentrei na padaria e ela estava comendo.
Mayane: Dona Valéria, me procurou?
Valéria: Oi May, como vão vocês?
Mayane: Estamos bem e a senhora, o que houve?
Valéria: Minha netinha, que saudades. -Dizia com os olhos cheios de lágrimas.
Clarisse a olhou bem confusa, não reconhecendo. Clarisse a viu pela última vez tinha cinco anos.
Mayane: É a mãe do seu pai, filha.
Valéria chorava feito criança quando Clarisse deu a bença e a abraçou...

Tenho tanta dó dela, é tão nova e largada no mundo, sem ninguém, sem o filho... Eu posso até entender o George pelo fato dela não ter sido uma boa mãe que zelasse pelos filhos, mas ele podia perdoar, ela é um ser humano, falho e pecador. Podia dar uma chance e ajudar ela a melhorar, é uma alma que precisa de ajuda sabe, urgentemente!

Por um bom tempo elas conversaram e graças a Deus, Clarisse, lembrou da mulher.
Valéria: Então May, eu vim aqui para pegar uns documentos do meu filho com você.
Mayane: Eu nem tenho. -minto na cara dura mesmo.
Valéria: Eu sei que você tem, poxa May me ajuda... -Disse em tom de lamúria- Eu quero ajudar meu filho, já que ninguém foi capaz de ir visitar.
Mayane: Ninguém tem obrigação de ir não, inclusive eu nem estava mais com ele.
Valéria: Poxa May por favor?
Começou a implorar e chorar pelos documentos.
Eu não vou dar!
Ele pediu para que eu guardasse e não entregasse a ninguém e assim farei, nem a presença dela ele vai querer lá, tendo os documentos ela tem controle de tudo.
Valéria: Eu posso vir ver a minha neta? Eu quero ser presente na vida dela.
Mayane: A senhora combinando certinho, pode sim.
Me deu o seu contato, abraçou e beijou mais a Clarisse, chorando para variar.
Valéria: Sua avó te ama tá Clara, apesar da distância vovó nunca se esqueceu de você. -Disse, em seguida a entregou um KitKat.
Clarisse: É Clarisse, vó. -Disse corrigindo-a, morri de vergonha essa garota é demais!

Os meninos que estavam ali disseram que ela pegou algumas coisas na conta do Serafim, que ele permitiu, comecei a rir, por isso ela estava comendo linda e bela!

Neste caso eu tenho pena dos dois nessa história, ela quer melhorar porque se é outra nem quer saber de neto porra nenhuma e ainda mais quer ajudar o filho na cadeia... Isso é para poucas!

Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now