5° Capítulo

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Assim que cheguei em casa George, estava assistindo filme na sala, todo a vontade. Fui para o quarto e guardei o que comprei, fiquei refletindo um pouquinho...
Não gosto de ficar nesse clima chato com o Gê, mas ele não me entende nunca e isso me deixa mal, eu sou muito sentimental, confesso. Sou durona à beça, mas tenho esse lado demasiado vulnerável que é uma péssima qualidade minha.

Radinho dele chamando pra caralho na freqüência, maior chiadeira e ele todo tranqüilo na sala.
— Coé mano Gê, visão...
Só vou chamar porque pode ser coisa séria e com isso a gente não brinca.
Mayane: George, estão te chamando no alerta aqui. -grito do início do corrimão da escada.
Ele subiu as pressas, desenrolou no banheiro e depois voltou para o quarto. Sentou na cama me chamando e eu fui fazendo a linha puta pra caralho e com razão, sóquenão! Fiquei de pé parada de braços cruzados no meio de suas pernas.
George: Qual foi que tu está assim toda boladona? Fica suave irmão.
Mayane: Você que fica me negando voz, eu fico puta mesmo porque você adora dar teus shows em vão, eu hein.
George: Tá maluca amor, viaja você! -Disse; me puxou pelo pescoço e mordeu- Cheirosa pra caralho... -sussurrou.
Mayane: Falsinho. -murmuro, todo arrepiada.
Trocamos alguns beijos, mas logo fui me arrumar.

Fiquei bem linda, Clarisse também se arrumou sozinha e estava uma gatinha de mãe. Gê ficou de me emprestar o carro dele para eu atravessar para Zona Oeste.
George: Atividade hein caralho, se liga! -Falou pondo o dedo na minha cara, brincando.
Mayane: Sabe que eu odeio essas brincadeiras né?! Se liga você!!! -rebato.
George: Qual foi Mayane?!
Dei as costas e fui saindo com a minha filha, ele veio atrás da gente, dei só um selinho e partiu.

Não estou preparada para encontrar minha ex sogra, as ex cunhadas e nem o ex marido, se assim posso dizer. Depois de longos anos, vou pôr os pés nesse favelão, que hoje em dia o chefe é o pai do meu filho... Na época que eu conheci Serafim, era apenas um soldado sem contexto nenhum, ninguém imaginou que ele chegaria aonde chegou, mesmo sendo cargo sofrido, é mérito né?! Porque só em chegar no topo vivo, já é uma puta vantagem.
Mayane: Você não sai de perto de mim está ouvindo? -aviso dona Clarisse, no carro.
Clarisse: Eu sei né mãe. -responde como se já soubesse mesmo.

Entrei na favela e fui para aonde o GPS me indicava, da localização. Povo daqui deve nem lembrar de mim mais, depois que sumi eu procurei mudar literalmente, começando pela aparência e eu mudei à beça. É até melhor para mim não ser reconhecida e para o pai do meu filho também porque ele foi corno e ninguém esquece desses acontecidos, se é também que tem algum vivo para contar a história.
Na época havia respeito máximo, já tinha um contextozinho básico e muita marra, não podia virar comentário senão eram cobrado, fazendo bandido de chacota; não era como nos dias de hoje não bandido humilhando bandido para ver qual é o mais brabo, bandido de internet que vive se divulgando com redes sociais, nos anos atrás era tudo sigiloso e discreto, hoje em dia isso não existe mais. Na minha opinião o respeito acabou e muita coisa mudou, os brabos fizeram nome e os de hoje são tudo modinha querendo mídia

Me recordo bem que uma das meninas que eu fechava levou uma coça porque o cara que eu beijei botou ela no meio da história, quase deu morte isso, um desenrolado danado até calar a boca de geral.

Estacionei o carro e mandei msg para o meu filho, logo o vi no portão. Desci do carro e atravessei a rua, indo na direção do Cleyton.
— Coé Tom, vou buscar um bagulho ali. —Disse um menino para meu filho.
Cleyton: Já é, pai.
Mayane: Tom? Huumm...sei. -Falo bem séria.
Cleyton: Começa não dona May.

Beijou minha testa e tomou a bença, fui entrando com ele e subi dois andares de escadas.

Voltei pessoal!
Tédio, férias, o que me restou é vir me entreter para me ocupar. Mesmo ritmo dos outros, +1 livro com tema bem diferente, do que postei aqui, pra você.

Eu apareço conforme vocês aparecem também. Se deliciam, curtam, bizoiem e comente!!!💚💚

Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now