45° Capítulo

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Acordei faxinando a casa, almoço no fogo e o DVD do ferrugem rolando... Sem música eu não consigo fazer nada!
Enquanto aspirava o tapete felpudo da sala, prestava atenção na TV.
Mayane: Difícil vai ser te reencontrar e fingir que estou bem, que não me abalei e agir naturalmente... -Berrei.

Vitória estava arrumando os quartos e o banheiro. Campainha tocou e vi pelo olho mágico, era o Cleyton.
Mayane: Tem pão duro não! -Digo assim que abrir a porta.
Cleyton: Vim mergulhar nessa piscina aí de rica.
Mayane: Desce lá. Como tu está?
Cleyton: De boa, briguei com meu pai. -Contou todo murcho.
Mayane: Por que?
Cleyton: Pô chatão, mandou eu vender minha moto.
Mayane: Fez certo, já te avisei né o que tua vó já falou né?! Sabe muito bem como ela é! Teu mal é que você não quer respeitar ninguém Cleyton. -Falo abaixando a TV.
Cleyton: Se for pra vender minha moto vou sair da casa dele pô, não posso ter nada, quer me tirar tudo!
Mayane: Vocês são brancos que se entendam!! Se ele tivesse errado tudo bem, talvez eu diria algo, só que ele está certo, você fica igual um piru tonto com essa moto, dizando pra lá e pra cá até dar ruim.
Cleyton: Pô até a senhora? Tô feito mesmo, acontecer uma parada comigo a culpa é de vocês que fica profetizando o mal.
Mayane: Ai Cleyton, vai tomar no seu cu vai! Vem estragar meu dia não.

Aumentei a TV novamente e cantando, quero estresse não porra!!
Mayane: Quando a vida pra mim foi golias, eu virei um Davi... -Cantarolei deixando Cleyton de lado.

Assim que terminei de pôr tudo em ordem, coloquei o meu almoço e me sentei na varanda.
Clayton: Vou pra casa, vou piar no Lins ainda.
Mayane: Vai fazer o que lá garoto?
Cleyton: Pegar essa Colômbia.
Fiz um bico e balancei as pernas, eu não falo nem nada.
Deixa só.
Vitória: A cara da minha tia pra você, vai mesmo quer arrumar ideia.
Mayane: Espanta a mosquinha do cu dele não!
Cleyton: Vocês esquecem que eu piloto desde os doze anos né, já sou habilitado, fica tranquila dona Mayane.
Mayane: Nunca vi uma criança de dezessete anos tirar habilitação. -Digo ironicamente.
Cleyton: A senhora quer me forjar legal, explanando o bagulho. Eu já tô indo na auto escola já.
Mayane: Acho bom mesmo, ficar andando com documento falso pra dá pica pro meu lado, teu pai responde nada não.
Vitória: O dinheiro compra tudo mesmo né, incrível!
Cleyton: Bagulho é doido Vivi; aí mãe minha tia veio puxando assunto pro meu lado, cortei logo, quis me ver pelas costas, chamei logo de loba em pele de cordeiro, falei na cara dela, né não?
Mayane: Sei de nada, vocês são parentes e eu não me meto a não ser que incluam meu nome.
Vitória: Cleyton ela é tua tia, faz isso não perdoa a mulher!
(...)

Só falta pôr o salto, peguei uma bolsinha de alça regulável da LP e me sentei no sofá, só esperando a Vitória pra gente sair. Flávia estar nos esperando lá, curtir outros ambientes hoje.
Entrei no Uber, Vitória dando uma de blogueirinha do meu lado e eu só morria de rir.
Assim que chegamos, fui logo na direção da Flávia.
Flávia: Gosto assim quando cumprem com a palavra! E aí bonitas, vem conhecer meu mundo!

Eu dançava mesmo. Flávia também, o marido dela nem aí, muito tranquilo, liga pra porra nenhuma! Vitória inventou de tomar essa catuaba de Pina colada, vai se foder! Eu estou no belo de um Whisky.
Mayane: Eu vim pro Karatê só que é a minha primeira vez. Se eu gostar eu durmo por lá, se eu adorar fico lá de vez. -Cantei dançando.
Flávia: Ah, ah ah... Joga esse cabelo os faixa preta vai passar!

Joguei meu muco em câmera lenta, junto da bunda que tinha vida própria.

Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now