85° Capítulo

6.6K 552 8
                                    

Fui rapidinho no banheiro dentro do bar, os cara trepadissímo só de bico, voltei no mesmo pé.
Serafim trocou de lugar e ficou no meio de uns amigo dele e eu grudei, junto das meninas e ficamos curtindo no leve.
Serafim: O crime não é o creme, vocês sabe eu também sei: Cada favela tem seu dono, e cada um faz sua lei! -cantarolou espirrando o lança para cima.
Elaine: Teu boy está soltinho né?!!! O que esse bofe quer? Te controla homema - Falou implicando e ele nem tchum; jogando a peça para o alto, curtindo à beça.
Mayane: Muito empolgado gente.  -Falo sorrindo.
Baile estava ótimo, não tive do que reclamar, mas maneirei na bebida e não usei lança porque no dia seguinte, vocês já sabem, e mais tarde tem a festa da tia num espaço com piscina e tudo, quero estar acordadissíma e disposta para beber essas trinta caixas de cerveja.

Por volta das 04h e pouca decidimos ir embora, tínhamos curtido o suficiente para uma sexta-feira. Serafim foi o caminho todo me provocando, apertando meu peito, respeitou nem as parentes dele no carro. Ele está tão bêbado que eu tive que levar o carro, ficou aumentando o som, cantando... Muito presepeiro quando está fora da favela dele. Mudou nada, é a mesma coisa esse nível de bobeira dele.
Elaine: Dentro do carro...hoje vai ter putaria! -Cantou insinuando, gastando na gente.
Serafim: Mais vai mesmo. -confirmou.
— Vocês são demais gente, morro de rir. —comentou a prima.
Mayane: Teu primo só faz vergonha menina, rir não que ele faz pior.
Serafim: Qual foi amor, quer me esculachar! Pô hein, valeu.

Subi o morro, passei na contenção do primo dele e Serafim mandou eu voltar de ré, olha só a merda, os menino tudo em posição de ataque e fazendo conferência.
Serafim: É o trem menor, peida não!!! -Disse com a cabeça na janela.
— Faz isso não filho da puta! Quer morrer porra?
— Ih, é o mano Serafim? Qual foi seu puto! Brotou vacilando, qual foi?

Ficou conversando com um monte de cara, que foram ver o que era. Se fosse morador ou Uber eles iam querer fazer graça, mas como não é um qualquer, eles ficaram tudo vangloriando Serafim. AFF! Bando baba ovo de bandido.
Quando eu e as meninas cansamos de ouvir lorota, eu me estressei legal e sem pensar arranquei com o carro, os cara nem entenderam nada. Estacionei o carro no portão da casa, as meninas entraram, enquanto eu pegava as coisas dentro do carro. Serafim quis deixar eu sair não, e quem foi que disse que eu queria sair?
(...)

Serafim: Senta gostosa! -murmurou, no pé do meu ouvido.
Vidro do carro todo embaçado, nós dois suados, fodendo à beça no calor mesmo porque nem o ar-condicionado colaborou e sem contar que no calor que é gostoso! Eu sentando horrores, com as pernas doendo já. Gemia entre o beijo, sentindo a piroca contrair dentro de mim. Curvei meu corpo para trás quase que me apoiando no painel do carro, Serafim deu algumas estocadas frenéticas e finalizou.
Enfim saímos do carro, eu mal andava, saí cambaleando e descalça, limpando o suor do rosto, pescoço com a camisa do puto.

Peguei uma roupa pra gente no silêncio e fui para o banheiro, tomei um banho e me vesti, eu não sabia nem aonde me jogar, a casa lotada e todo lugar tem gente dormindo, me joguei no sofá mesmo.
Serafim: Deita lá no quarto cara do lado das meninas.
Mayane: Precisa não, aqui está bom. -digo morta de cansaço.
Ele me deu um selinho e deitou no chão ao lado da Elaine.

10h da manhã

Sono eu tenho, mas não vou dormir até o sol entrar né?! Deu para descansar legal, não consigo dormir até tarde na casa dos outros não. Ajudei a preparar as guarnições do churrasco.
Vanda: May nem dormiu né?
Mayane: Pouco, mas ajudou, tô bem!
Ajudei a pôr as panelas no carro que foram com as coisas. Acordei as meninas mandei elas se arrumarem, Serafim foi deitar no outro quarto na cara de pau ao invés de levantar, eu hem.
Mayane: Acorda Serafim, meio dia já eu hem.
Serafim: Tá cedo ainda mô.
Me puxou fazendo eu me deitar ao seu lado, fiquei perturbando até ele se levantar. Me arrumei pondo um boddy e um shortinho de cetim, no pé foi uma rasteirinha mesmo. Parti com o pessoal no meu carro, o lugar não era tão distante. Já cheguei bebendo, as meninas foram para a piscina e os meninos para a churrasqueira.

Os parentes de Cleyton são uma figura, muito farofeiros e eu amo essa alegria e esse vínculo fraterno que eles transmitem. Povo foi chegando uns caiam na piscina e outros ficavam de canto mesmo com a gelada.

Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now