Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDA

130° Capítulo

Narração: George

Cortei o cabelo ontem e fiz a sobrancelha, ficar gatão para mim pelo menos no meu dia. Nunca pensei que passaria essas datas especiais aqui dentro, trancafiado. É foda! Os pensamentos só torturam, mas eu não deixo me azucrinar não, vou levando na esportiva e com o pensamento firme de que mais horas ou menos horas, estarei fora daqui.

Os cara aqui dentro tudo apertando minha mão, me desejando a liberdade. É nós pô, valeu! Nós é tudo família, a bendita Lili vai chegar para todos nós, ninguém nasceu aqui. É demorada, mas uma hora ela chega! Os cria lá de fora tudo falando comigo, me parabenizando, postando PJL, vários parceiro sangue bom. É relativo, vai de pessoa para pessoa, mas lá fora pode ser dois, mas vai ter um amigo que vai te fortalecer, mesmo com pouco vai querer o seu bem. Nessa vida não temos nada a perder e o pouco que se ganha eu aposto que é verdadeiro, é óbvio que muitos comemoram a tua queda, o teu sofrimento, mas eu não ligo não! Inimigo para mim só serve para me encorajar aimda mais nessa vida de cão.

Deu 03h eu tirei um cochilo básico e já acordei no horário da visita. Os amigos tudo sorrindo, felizão com a mulher e os filhos, mãe e os que não tinham visita cheios de ódio nós até entende. É sofrimento à vera!
Francine vinha com a minha princesa e eu nem acreditei quando eu vi aquela cena... Fiquei como felizão em ver minha filha, papo reto, minha vida essa garota!
Clarisse: Pai! -Falou vibrante logo me abraçou
George: Caraca, minha princesa veio ver o pai dela, obrigado minha filha.
Francine: Parabéns irmão, que você possa sair logo daqui o quanto antes.
George: Pô, valeu prima! Se Deus quiser, em breve vai cantar.
Conversei pra caramba com a minha pequena, só eu sei o tamanho da saudade que eu sinto dela.
George: Tu tem que ficar suave cara, tô pertinho de tu, falo contigo direto e tu dando susto na sua mãe.
Clarisse: Eu não posso fazer nada, pai.
George: Am, tem que ficar na moral pô.
Clarisse: Eu estava com saudade ué.
George: Eu também pô, mas a gente vai ter que se acostumar com essa parada, que eu não quero tu aqui direto não entendeu? Isso aqui não é lugar para criança não.
Clarisse: Tem um monte de crianças ali, ó todo mundo vem. -Dizia reparando os outros; ela é foda!
George: Você não é todo mundo!

Passei o dia com elas, me fez bem para caralho, foi melhor do que eu pensei.
George: Aí mano, minha princesa.
— Pô lindona, pai feio faz filho bonito mesmo né?! —Falou rindo o amigo.
George: Sai dessa, minha cara pô.

Deu uma certa hora que Francine decidiu ir embora, hoje mais cedo, me despedi da minha filha.
George: Papai te ama minha princesa, vá com Deus.
Clarisse: Quando eu vou poder vir de novo?
George: Porra cara, tu é muito cabeça dura.
Francine: Igual a mãe dela, atura Gê.
George: Eu vou falando contigo e a gente vai vendo certinho essa parada aí.
Clarisse: Quero ver hein, pai.
Francine: Joana quer vir, e aí?
George: Ela quer inventar moda pô, eu não quero comprometimento com nada não.
Francine: Deixa ela vir ué, ela num quer? Você já deu o papo e ela não está nem aí, é bom que ela pode vir na íntima como amiga.
George: Parece maluca mane... Deixa ela fazer pô, fala que eu liberei.
Francine: Já é, vamos Clarisse.
George: Pede obrigado lá para a tua mãe por ter te liberado pra vir, ta bom?!
Clarisse: Tá, eu te amo papai!!!
Dei o último abraço nela e as deixei ir.
É ruinzão ter que se afastar, pelo menos matei um pouco da saudade que eu estava. Agora é só paz! Ela é o meu combustível, agora o trem recarregou.