Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDA

10° Capítulo

Me vesti social e fui a luta!
De ontem para hoje eu andei pensando bem e vou correr umas papeladas. Fui no meu apartamento e peguei uns documentos que ficaram aqui por segurança. Adílio, antes de falecer me deu um galpão no Tanque, que eu alugo para estacionamento de um mercadinho, um tempo atrás me fizeram uma proposta de querer expandir e eu não aceitei pelo fato de ter planos para abrir um club, mas aí eu pensei bem, como eu vou abrir algo numa área aonde vai ser risco para os meus? Não tô louca! Área de ninguém.
Parti pra lá e fechei o negócio e agora vou esperar o processo. Fiquei passeando em alguns lugares, uns bairros para espairecer mesmo. Verão chegando e eu estou com uns planos maneiro em mente...

Cheguei em casa e minha baby não tinha chegado ainda e já passou da hora, coloquei meu celular para carregar que estava zerado.

(...)

— Aluna Clarisse e Eduarda, suspensas por uma semana, por ter brigado no intervalo. —Disse a coordenadora da escola.
Clarisse: Mas foi ela que roubou meu estojo com meu celular dentro.
— Minha filha não é favelada pra roubar. —rebateu a mãe da menina.
— É mentira mamãe, não roubei não!
Mayane: Olha só, se houve roubo eu vou ligar para polícia agora!!! Minha filha vai ser suspensa estando certa, sendo vítima de furto? Errado dela ter brigado e ter trago celular para a escola, mas isso é totalmente ilógico. -Digo após analisar aquela situação; a cara da sonsa da tal Eduarda, não me engana.
— Dona Mayane, estou dando para as duas, elas erraram.
Mayane: Mas, roubo não é erro não, é mal costume e falta de educação de casa. -Falo mesmo.
— Educação é a escola que tem que dar. -retrucou a mãe da ladra mirim.
Mayane: Educação vem de casa, a escola é um reforço e aprendizado, é por isso que tua filha faz essas coisas, que quem devia dar respeito e educação a ela diz que isso é dever da escola; e outra, saindo daqui irei dar queixa disso tá, isso não vai ficar assim.
— Minha filha não é ladra!!!
Mayane: Diga isso a polícia.
Dou as costas saindo da sala da coordenação pê da vida. Eu deio ser chamada na escola por reclamações, que raiva ne dá.
Mayane: Está valente você né, pra bater nos outros...
Clarisse: Mas mãe...
Mayane: Em casa a gente conversa!
Ela foi buscar as coisas na sala de aula.
— Dona Mayane, eu repensei e a aluna Clarisse, pode vir normalmente as aulas, retirei a suspensão, mas converse com ela que não pode agredir os colegas assim.
Mayane: A senhora me desculpe, mas roubo é crime, na favela quem rouba toma uma bela de uma surra, quando não um tiro na mão; tem que saber legal quem é o errado e o correto para não sobrecarregar de culpa quem não tem nada a ver.
— Mil desculpas, mas sua filha também errou.
Mayane: Porém não roubou! -insisto em dizer- Passar bem!
Montei na moto e fui pra casa pesando na mente de Clarisse, tem que bater em ninguém, arranhou a cara da garota toda, não é isso eu a ensino.
Mayane: Teu pai vai adorar saber disso. -Falo guardando a moto.
George: Saber do que?
Eu tomei um susto, surgiu do nada o cara.
Mayane: Clarisse brigou na escola porque a garota roubou o celular dela.
George: Não interessa o que a garota fez, qual foi é isso que eu te ensino, bater nos outros? -exclamou- Da próxima vez vai bater lá e apanhar aqui.
Clarisse: Pai ela roubou meu estojo, bati sim é uma ladrona ela. -rebateu; ele ficou puto.
George: Tu ainda confirma?? Na moral mesmo melhor tu subir pra gente não se desentender valeu?! Da próxima já está avisada.

Saiu atordoado, depois voltou maluquinho e eu comecei a rir, coitado, atura mesmo num quis ter filha? Sustenta!
George: Clarisse me deixa maluco.
Mayane: Isso não é nada, quero ver com quinze tu vai infartar novo novo.
George: Coro come filha! To procurando uma parada séria e não acho, chefe azucrinou, tenho que achar essa porra.
Mayane: Trouxe bagulho pra cá cara?
George: É outra coisa, dá nada não!
Mayane: Não, dá não! Só uma cadeia básica pra mim e um orfanato pra tua filha.
George: Tá maluca Mayane, para de viajar.
Tinha terminado nem de cozinhar fui em escola por reclamação.