95° Capítulo

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Narração: George

Muita responsa, essa filha da puta quer mesmo me enlouquecer? Conseguiu pô.
Tá pensando que vai tirar minha filha de mim? Ela só pode está ficando maluca.

Com certeza, o arrependimento bateu depois de algumas horas, na hora a ficha não cai, na hora eu não senti nada, só depois que tudo veio à tona eu percebi a merda que fiz... Cometi uma parada que eu nunca havia feito antes e nem sou a favor, independente da situação.
"Ela fez alguma coisa para você ter feito isso!!?"
Não interessa, em mulher não se bate. Fui covarde e reconheço isso, mas na hora eu não pensei em mais em nada a não ser no abuso dela, que eu sempre tolerei tranquilão. Na minha cabeça só ecoava as parada que a minha avó vem dizendo ultimamente.

"— Ela vai tirar a Clarisse de você.
Clarisse vai chamar o outro de pai.
Clarisse nem vai lembrar que você existe..."
Caralho, isso tonteou legal a minha mente como se um surto, estava me atazanando aquilo.

Jamais quis ser covarde com mulher, principalmente com a Mayane, mas agora já foi, já aconteceu e não tem como voltar atrás.

Os cara foram severo com papo de dar a resposta depois e os caralho. Cansam de enfiar a porrada nas mulher até no meio do baile, e na vez dos outros querem julgar. Também fico quieto, falo nem nada, até porque eu fui o errado da situação.  .

Maior dor de cabeça, parece que vai explodir! Fui na minha avó buscar umas peças de roupa minha e ela estava por lá.
— Já comeu Gegê? —Perguntou aparecendo na porta do quarto.
George: Quero não.
— Está indo para aonde?
George: Vou para mimha casa, cara.
— Hum... Hein meu filho, fui num advogado hoje... —Comentou— Ele disse que é causa ganha para mim, no caso para a gente.
George: A senhora parece maluca, eu falei o quê??
— Só perguntei George, não contei nada não.
George: Não interessa, por culpa da senhora aí óh vários problemas na minhas costas.
— Minha culpa? Tu deixa de ser ingrato menino.
George: A Clarisse é minha filha, se um dia for de tirar ela da mãe dela, vai ser no meu nome, eu faço isso valeu?!
— VOCÊ É TRAFICANTE, JÁ MATOU, JÁ ROUBOU, ANDA ARMADO, COM DROGAS!!! TU ACHA QUE VÃO TE DAR A GUARDA DELA? —Berrou indo atrás de mim— Acorda! Você não tem direito de nada moleque, tem que rezar muito para poder ver sua filha crescer e olhe lá.

Na moral, fiquei com muito mais ódio, que isso mané, a bruxa está solta para o meu lado. Chutei a mesa de centro longe que se espatifou toda em mini vidros pelo chão da sala.
George: A FILHA É MINHA. -Falo com muito ódio, logo abaixo o tom de voz- Não interessa as minhas condições, eu sou o pai dela mesmo sendo um traficante vacilão.
— Você ficou doido?? —perguntou assustada— Olha o que você fez, olha o teu pé.
George: Vocês acabam com a vida de qualquer um, papo reto. -Digo refletindo, olhando na direção do chão- Só sabem humilhar os outros, nunca está prestes a apoiar, a senhora é igual a sua filha! Pobre de espirito e podre.

Meti o pé num desgosto profundo com raiva da porra toda, foda-se! Nunca esteve do meu lado com boas intenções, dando um papo de responsa para ajudar pô, agora para criticar ela é a primeira. Exausto disso, nem com a tua família tu pode contar.

Meu pé todo fodido igual a minha vida, sangrando pra caralho, mas eu não sentia dor não, o ódio e a revolta era maior. Jogou na minha cara várias paradas como se eu fosse um lixo, independente do meu estado de vida e da minha situação, o pai sou eu nessa porra. É meu nome que está lá naquele registro, é comigo que ela aprendeu e tem memória da porra toda.
J

oguei pedra na cruz mesmo...
Talvez eu seja apenas um traficante mesmo cheio de defeitos e falho e não mereça nada como ser humano. . .

Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now