31° Capítulo

8K 646 15
                                    

Meu feriado foi top, mas à semana chegou e com ela as lutas juntinho.

Cheguei na loja com as novidades de que prometi trazer em mãos, tive que viajar e voltar no mesmo dia, para vocês verem a correria. Vitória já estava na loja para fotografar as peças, mas era tanta preguiça, aquele costume chato!
Vitória: Decide tia, que eu vou lanchar lá na minha vó Néia.
Mayane: Humm, que invejinha!!
Estava fazendo alguns cálculos e me enrolando toda só para chegar num todo de lucro.
Vitória: Ela sempre pede para te chamar, mas a senhora nunca vai, coitada da velha!
Mayane: Ai, tô de saco cheio de loja... -confesso, passando as mãos na cabeça- Não tenho paciência, arg! Vou passar o ponto.
Vitória: Enlouqueceu foi? Por que isso?
Mayane: Tô desanimada, quero sumirrr!!
Nem eu estava me entendendo, hoje eu estou com os nervos a flor da pele onde tudo me irrita, tpm fodida!
Vitória: Para com isso tia, é o inimigo querendo te derrubar não contente com a sua vitória, a senhora é forte, mulher de fibra, erga essa cabeça e vá em frente que o sucesso é logo ali.
Mayane: Obrigada filha, mas hoje eu estou longe, melhor eu ir embora.
Vitória: Vamos lá pra minha avó um pouco?

(...)

Cheguei na minha vó, que saudades que eu estava da minha coroa. Minha vó é demais, talvez eu tenha puxado ela nesse ponto acelerado.
Néia: Ô, May? Cá entre nós, o que o marido de Vitória, fez? -perguntou como se um cochicho.
Mayane: Eu não sei vó, pergunte à la.
Néia: Você sabe sim, Vitória sempre foi sua confidente e tudo te conta, mas deixa estar...

Comi um cuscuz de milho maravilhoso da minha vó, quentinho ainda acrescentei carne seca e manteiga, um café bem forte...ai, maravilha! Casa de vó né! Ainda comi um pão caseiro que ela fez com patê de sardinha...vou sair daqui pesada de tanto comer.
Néia: Come mais May, come Vitorinha...
Vitória: Tô satisfeita vovó, a senhora fica empurrando comida e a dieta, como fica??
Néia: Vocês ficam com maluquice de emagrecer, querem ficar doente eu hem!
Mayane: Vou comer mesmo, quero bolo agora vó.
Ficamos papeando e eu morrendo de rir com as barbaridades que minha vó dizia, mais é muito desbocada gente.
Néia: E o seu marido Mayane, que preto bonito...
Mayane: Está bem... -Falo disfarçando.
Néia: O de Vitória eu nem vou falar nada, porque eu sempre avisei, mas teu irmão não me escutou né?! Mas é para o seu bem viu filha, agora você vai traçar o seu sucesso e a felicidade, o seu verdadeiro caminho.

Minha vó fala cada coisa que eu nem gosto de ouvir, ainda mais ela sendo espírita tem certos tipos de coisas que eu prefiro não ficar sabendo, mesmo ciente de que bate certinho e/ou vai acontecer. Por isso venho com pouca freqüência aqui e também pelo outro fato de qur minha mãe vive por aqui.

Ela veio pro meu lado com aqueles olhos claros de bruxa dela
Néia: Terminou com o pretinho né?! Por isso que estar assim, comendo igual uma traça.
Mayane: Ai vó, não quero falar sobre isso não, eu quero esquecer o que me magoa... Se aconteceu é porque era à hora!
Néia: Justamente! Era a hora e não tem volta mais não, viu?!
Mayane: Que seja! Vamos Vitória, minha vó me deixa num beco sem saída, fico logo nervosa. -Falo rindo de nervoso.
Vitória: Ai vó, a senhora sabe que a gente não gosta de saber das coisas... Guarda pra senhora, poxa!
Néia: Problema é de vocês, eu falo mesmo eu hem, falo para o bem de vocês.
Mayane: Tá bom vózinha, a gente entende, mas a senhora tem que respeitar.

Até que ela parou um pouco, conversamos sobre a saúde dela, coisas familiares e por volta das 18h me despedi para ir embora. Ela me rezou e isso não posso negar que me deixa bem mais forte, leve e mais segura, e eu amo! Meus filhos eu sempre trazia também, não faz mal nunca!!!
Néia: Toma cuidado com Cleytinho com aquela moto, manda ele dar uma sossegada, que só vive igual um maluco, esses dias veio aqui igual um trem bala.
Mayane: Já falei com ele e cadê que me escuta? Só Deus, na causa!
Néia: Ele é igual a você, só aprende depois do susto tomado.
Mayane: É meu filho né?!!! puxou à mim graças a Deus! -Digo com orgulho, porém receosa.
Néia: Vá com Deus minha filha, dê um beijo nas crianças.
Mayane: E a senhora se cuide, manere no açúcar viu?! Beijo!

Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora