Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDA

71° Capítulo

1 Semana depois...

Narração: Mayane

Fechei a reserva do salão para no mês que vem acontecer a festa de Clarisse, como o tempo voa...pois é, nada se espera!

Estou a caminho da casa da avó do George, ele pediu para ficar com a filha nesse fim de semana, ganhou uma folga milagrosa!
Mayane: Não conte a minha vida para aquela mulher, se ela perguntar por mim diga que eu estou ótima! -aviso-a.
Clarisse: Ela não quer saber da vida da senhora não! -rebate.
Mayane: Acho bom, muito bom!
Fica indagando a minha vida para Clarisse para depois ficar me azucrinando.

Cheguei no portão e esperei pelo papO vir, mas quem veio foi à velha.
— Oi Mayane, como vai filha?
Mayane: Estou ótima! Se melhorar, estraga!
— Que bom, querida! —sorriu falsamente.
Como consegue ser mais falsa que a dentadura, fingindo que é dente? Puta que pariu!
RANÇOOO DEFINE!

Como já estava na Penha, decidi ir na casa da Kelly, faz tanto tempo que eu não broto nessa favela e sequer sinto falta!
Mayane: Oh de casa? Abre esse caralho logo!!! -berro no portão.
Kelly: A senhora trate esperar que aqui não é bagunça não!
Entrei já pegando um copo, tomar um gelo.
Kelly: Como está minha afilhada?
Mayane: Terrível que só, acabei de deixar ela lá no pai.
Kelly: Meu compadre está tão sofrido, só trabalha... -comentou- Aparência cansada, sabe?
Mayane: Quer ficar cheirando o rabo desse chefe dele ué, vive lá em Bangu eles.
Kelly: Sério? Vocês não batem de frente não?
Mayane: Eu mal saio de casa  mas quando saio é certo a gente se esbarrar -conto rindo- Masstambemó  comprimento o básico.
Kelly: Tadinho. -Dizia com dó mesmo.
Mayane: Um dia desses que me ligou querendo conversar, mas aí começou a falar de nós dois, eu desliguei, ih!
Kelly: Coitado! Ainda não se conformou né?! Esrá pior que eu ele. -diz rindo.
Mayane: O problema é que ele ainda põe fé na nossa volta, eu sofri o bastante, mas aceitei o fim principalmente agora que eu estou em outra vibe.
Kelly: Porra, outra vibe? Vibe antiga mesmo. -diz com deboche; rimos- Amanhã o bonde todo vai atravessar né, curtir lá em Bangu-city.
Mayane: Uó, eu nem quero ir nesse Tá na mente, porque chegar lá o que mais vai ter é conhecido.
Kelly: Vai sim mulher, eu hein! Vamos curtir de lá, não me abandona não!

Passei a tarde todinha por aqui e por volta das 19h fui embora. Fui em casa rapidinho, peguei algumas roupas mais e outras coisas que me fazem falta. Saudade da minha casinha, não que eu esteja reclamando de ficar com meu filho, mas minha casa é o meu lar abençoado e eu sinto falta da minha privacidade e conforto.

Parti para Bangu, peguei a pista uma Blitz fodida, só vi o balãozinho da lei seca. Rezei para não fazerem bafômetro, senão vou perder minha carteira.
— Documento do carro e o seu por gentileza. —Pediu um agente.
Entreguei e permaneci dentro do carro, me fez algumas perguntas e eu safa, aliás bêbada as respondi sagaismente.
— Já está na hora de renova-la, não?
Mayane: Sim, já estou correndo atrás. -minto; eu desleixei mesmo e nem estava aí para isso.
Me entregou os doc e me liberou.
UFA! Ninguém merece ser pega na lei seca, é muita sorte!

Caí na Brasil e cheguei rapidinho, Cleyton, já retirou o gesso, mas continua mobilizado.
Cleyton: Meu pai está te procurando.
Mayane: Huum, cadê ele?
Cleyton: Sei não.
Coloquei o cel pra carregar que estava zeradão e liguei para ele.

Início de ligação
Serafim: Estava aonde cara?
Mayane: Fui na rua, por que?
Serafim: Rua... Que rua?
Mayane: Não me boicota pelo amorrr...
Serafim: Vacilona! Se arruma aí que eu vou passar para te buscar.
Mayane: Pra onde?
Serafim: Só se arruma. Tchau!
Fim de ligação

...

Me trouxe para jantar no Paris 6. Fiz o pedido do prato que tinha nome do Emerson sheik.
Mayane: Vou pensar, tô afim não! -respondo sua pergunta.
Serafim: Num está afim por quê? Palhaçada!
Mayane: Palhaçada nada, num sou obrigada a ir a lugar nenhum, Serafim.
Serafim: Fica em casa então, maluca!
Revirei o olhos dando uma bebericada na minha taça de vinho.
Conversamos sobre coisas totalmente diferentes do nosso dia-a-dia, coisas que fugisse da nossa realidade.

Aqueles mimos que a gente não gosta, gostando!