30° Capítulo

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A noite já estava um pouco vazio, tempo fresquinhos, tocando pagode nos carro bem a vontade. Eu estava sentada conversando com o meu filho e uma das tias dele estava de longe olhando para a gente estranho, pode até ser que seja coisa da minha cabeça, mas os olhos dela demonstrava maldade, inveja...num sei... Até parei de pensar nisso e olhar pra direção de onde ela está porque eu estou é com medo sinceramente.
Cleyton: Tá lá na Ph mais não? -Perguntou me tirando do transe.
Mayane: Esse feriado vou ficar no apartamento.
Cleyton: Ah tá pô, fui lá te procurar tudo fechado, meu pai trouxe a bike da Clarisse?
Mayane: Trouxe sim, agradece ele por mim.
Cleyton: Agradece a senhora pô, foge dele não. -zombou sorrindo.
Mayane: Ai Cleyton, você está tão sem graça!
Cleyton: Papo é reto! Cadê Clarisse? Vou lá buscar os bagulho que separei, vou levar ela.
Ele saiu com ela de moto.
Mayane: Vou esperar o Cleyton voltar e vou embora. Já deu! -Falo um tanto zonza.
Samantha: Tá cedo May, bebe mais um copo.
Mayane: Ah não, tô cheia já e barriga vazia.
Samantha: Não seja por isso, pede uma porção de frango e bolinho de bacalhau lá, amor? -pediu ao marido.

Foi favorável o meu feriado, curti mais do que eu imaginei. Me levanto indo ao banheiro de uma barbearia tudo limpinho que abriram pra gente mesmo. Assim que saí do banheiro dei de cara com uma das tia do Cleyton, a mais nova, Elaine.
Elaine: May, deixa eu falar contigo?
Mayane: Pode falar. -respondo normalmente, abotoando minha saia.
Elaine: Te pedir perdão por não ter falado com você na festa do Cleytinho, é que eu não te reconheci, juro.
Mayane: Tranquilo. -dou de ombros.
Elaine: É sério mona, minha mãe que falou depois, mas aí eu fiquei sem jeito de chegar e tu me ignorar.
Mayane: De boa, está perdoada! Eu só não entendo a sua irmã que ela tem um sério problema comigo, nem o irmão dela fica nessa.
Elaine: Eva é doida, liga não! Você conhece bem...
Mayane: Eu não tenho nada contra vocês não, muito pelo contrário.

Saímos de lá sorrindo, menos mal. Eu nem entendia, porque depois do acontecido do passado eu falava com elas normalmente, levava o Cleyton para eu ver e tudo mais.

Fizeram uma roda de samba ao vivo lá, maior batucada, ficou gostosinho. Ai que saudade eu tive de curtir assim, como o dia de hoje.
Clarisse chegou pilotando a biz do Cleyton, toda se sentindo.
Mayane: Inventa, inventa moda mesmo.
Cleyton: Já falei pra ela, no próximo aniversário vou dar uma a ela, vai ficar motorizada.
Mayane: Só com quinze anos, é muito nova para andar de moto eu hem. -Falei cortei logo as asinhas, geral riu.

Fui no banheiro novamente e levei a Clarisse comigo, dei minhas coisas pra ela segurar e fui primeiro. Muita breja, desde cedo bebendo, help-me! Ela entrou e eu fiquei esperando, falou que estava com dor de barriga. Me olhei no espelho, cara de bêbada. Pelo reflexo pude ver o Serafim adentrando.
Serafim: E, nem vi que tu estava aí. -Falou sem graça.
Mayane: Já estou saindo.
Serafim: Como tu está? -Perguntou na cara de madeira.
Mayane: Muito bem obrigada!
Serafim: Tu num vai me dar uma oportunidade da gente conversar não?
Mayane: Melhor não Serafim, já passou né?! Vamos esquecer isso.
Serafim: Só vou esquecer quando tu esquecer também, adianta mentir não pô.
Mayane: É, não dá pra esquecer, mas dar pra levar fingindo. -Digo tentando fugir- Você não vai me perdoar pelo o que fiz e nem eu vou aceitar o que você fez e ponto.
Serafim: Quem te disse que não vou te perdoar? Mano, teu mal é o teu achismo, eu já te desculpei, porque eu sabia como você era e permaneci contigo, forcei uma parada.
Mayane: Eu fiz agindo na empolgação, cabeça quente...vamos esquecer o passado cara, quero falar disso não, nem é hora.
Serafim: Tranquilo! Bora esquecer, mas quero que você me desculpe também.
Mayane: Não sei se eu consigo...
Serafim: Dois falhos e tu não consegue? Por causa de quê? Mas tá tranquilo, quando tu resolver de coração tu me fala, quero morrer carregando esse peso não.
Mayane: Está bem.
Sorri! Eu fiquei completamente sem jeito, conversar com ele me dá borbulhos na barriga.
Ele segurou no meu braço tão forte, mas com jeitinho sabe, sem machucar.
Serafim: Esquece não, vou aguardar minha resposta. -Disse bem próximo ao meu rosto- Pensa com carinho...
Ele foi se aproximando ainda mais, e eu sem reação permaneci no mesmo lugar, imóvel.
— Maaãe, me dá o papel? —Gritou Clarisse de dentro do banheiro.
Acordei, caindo na real e quando percebi a situação ele já tinha até saído de lá.
Que maluquice!!

Por volta das 23h e pouca eu fui embora, cheguei morta porém contente à beça. Clarisse exausta também, pé preto, a tranquei no banheiro.

Mais dias como esse poe favor!! Fez parecer que eu estava nos tempos antigos, curtir à beça, tirei até diferenças com minha ex cunhada, rendendo papinho gostoso pra ex... hoje eu estava uma seda, até me surpreendi comigo mesma.



Então amores... Agora eu apareço aqui quando tiver uma quantidade maneira por aqui, lendo e cometários. Por mais que seja chato curtir e comentar, a interatividade de vocês pra mim, influência bastante a continuar e até no caminho do livro, ajuda real mesmo.
Então, até breve! sim nos próximos capítulos o livro começa de verdade. 💚🔥

Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now