94° Capítulo

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Levei minha mão na cintura dele e puxei a peça, fui mais ágil e acertei na parte baixo entre a nuca e a cabeça dele, a pistola. O viado me soltou e eu saí correndo dali, num tô lokaaa! A pistola não disparou e nem ele desmaiou também, o bicho é ruim.
Nunca liguei o carro tão rápido na minha vida.
Mayane: TU VAI ME PAGAR SEU FILHO DE UMA PUTA! -grito assim que arranquei com carro.

Meu, ele saiu atrás de mim no portão, George está possuído, ele nunca fez nada disso, principalmente conversar/discutir armado. Que raiva! Eu não quero acreditar que ele tramou isso, que ele armou essa emboscada e eu caí; está fodido, vai me pagar bonitinho.

Fui na boca e contei tudo, desceu vários caras, mandaram chamar ele, a cada palavra minha descia +1 cara, o negocio foi que os que conheciam ficaram chocado porque isso não é da índole dele, geral conhecia a gente e sabia que a maluca era eu de fazer show e ele um tapado.
— Caralho, esculachou a mina olha como ela está parceiro... -Disse um conhecido meu.
(...)

Olhei no espelho, minhas costa muito marcada e o pescoço ainda mais. Chorei de ódio, pelas marcas, ele não vai chegar perto da Clarisse nunca mais.
Agora quem falou fui euuu!
Foi um desenrolado tão grande, sem veredicto ainda. Até o Serafim já está sabendo disso, que vergonha!
Encosto dos infernos! Xingar não adianta, porque senão ele já estava fodido. Se eu tivesse uma oportunidade de destravar aquela pistola, eu teria atirado, sem pena. Inferrrno!!!
Clarisse: Mãããe... O que foi isso? -Diz espantada ao sair do quarto.
Mayane: Nada não Clarisse, sai daqui. -peço segurando o choro.
Clarisse: Foi o Serafim?
Mayane: Não! Foi teu pai!!! E tu não se mete nisso -Digo com raiva; depois parei para pensar, que ela não tem nada a ver- Eu tô bem, minha filha.
Cortou meu coração em mil pedaço, eu não iria falar, mas saiu no impulso da raiva, no calor da emoção. Acabo descontando em quem não tem porra nenhuma a ver.

Serafim já me ligou tantas vezes, mas eu estou com vergonha de atender, não quero falar, muito menos menos ouvir.
Me tranquei dentro do quarto e não saí para nada, ainda estou sem acreditar.
Vitória: Tia, Serafim está aí. -avisou batendo na porta.
Corri me vestindo com um hobby, soltei o cabelo e dei uma bagunçada para dar uma disfarçada. Abroba porta e já me deparo com ele, transtornado.
Serafim: É para isso que tu quer ele perto de tu? -Dizia entrando- Para passar vergonha, apanhando de um cara que nem está contigo mais? Me responde Mayane.
Eu fazia a linha durona, doida para gritar, sumir dali, me esconder dele...que raiva! Fiquei retraída num canto.
Serafim: Ele vai ser cobrado pô, e vai ser por mim, quem ele pensa que é? E para que tu foi lá também? Parexe que fica caçando ideia...

Após falar à beça ele me puxou e me acolheu em seus braços, impossível não chorar, desabei.
Serafim: Fica assim não meu amor...
Beijou minha testa, tipo cuidando mesmo, dando toda assistência.
Nunca pensei em que podia chegar a este ponto, ele exagerou legal! Num sei se o que eu sentia era ódio ou vergonha, só sei que coisa boa, não era.

Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now