131° Capítulo

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Narração: Mayane

Passei o dia inteiro pensando em como deve está a Clarisse lá, fiquei nervosa à beça e nada da prima dele entrar em contato comigo logo. Eu tento ser ruim com as pessoa, mas eu não consigo, mandei msg para o George desejando os parabéns, eu não consigo saber que a pessoa está fazendo aniversário e não mandar uma msg sequer, acho perversidade essas coisas. Eu queria ser, mas uma coisa que eu não sou é vingativa.

Coloquei um biquíni e fui lavar a laje, até que esses cachorros do Serafim são limpinho. Dei um banho na minha cachorrinha amada e limpei tudo para me distrair e ocupar a minha mente. Serafim chegou da rua e subiu direto aqui.
Serafim: De biquíni Mayane?
Mayane: Idaí?
Serafim: Os vizinho tudo vendo você assim, porra cara...tu viaja!
Mayane: Parou! Não vem com essa doença não, para de ciumeira.
Serafim: Ciumeira o caralho, está pelada aí achando que está na praia, se liga porra!
Mayane: Se você ficar de gracinha eu lavo essa porra aqui pelada mesmo. -retruco- Eu hem, surtado!
Serafim: Tu não é nem maluca.

Bofe chato, só para perturbar eu fiquei de biquíni o resto do dia inteirinho. Sequei a Lady com o secador de cabelo mesmo, ficou toda despenteada minha bebê. Só então troquei de roupa.
Serafim: Aí sim, deixa o biquíni para quando nós for a praia, piscina. -Disse mansinho.
Mayane: Não vem se meter na minha roupa não, eu não quero que você volte a ser aquele de antes, que me proibia das coisas.
Serafim: Claro que não amor, jamais... Aquele ficou lá no passado.
Mayane: Toda vez você fala isso, eu não quero Serafim e tô falando sério.
Serafim: Para de graça Mayane.
Mayane: Graça são as coisas que você fazia e eu não quero que faça!
Serafim: Tá amor, desculpa vai. - Falou cheirando meu pescoço, beijando.
Mayane: Desculpas? Eu desculpava antigamente, dessa vez eu não aceito e ponto, não vou sustentar relacionamento abusivo.
Serafim: Você exagera cara, que isso.
Mayane: Que isso nada, meu papo foi dado.

Francine me mandou msg e eu fui buscar a Clarisse, o outro quis ir atrás de mim. Eu estava ansiosa para saber o que aconteceu hoje, muita coisa. Eu nem desci do carro, só agradeci a ela por ter feito esse imenso favor e fomos embora, como o Serafim, estava no carro eu nem fiz perguntas, fiquei desconfortável e só quando cheguei em casa, Clarisse tomou banho e aí sim conversamos. Óbvio ela não gostou nada de como entrou e do lugar, deu dó da minha princesa. Infelizmente são essas as condições dela ter contato com o pai dela.
Mayane: E você gostou de ver seu pai?
Clarisse: Claro né, mãe!
Mayane: Isso aí, o importante é esse.
Clarisse: Meu pai pediu obrigado por ter deixado eu ir.
Mayane: Seu pai é um rei! -Digo sorrindo- Vai descansar, minha pequena.

Ela foi dormir, está muito cansada. Eu tinha que ir na rua comprar umas coisas, aproveitei que ela dormiu, peguei a moto e fui. Parei na Metral e fiquei conversando com a minha comadre um tempão.
Samantha: Entra menina.
Mayane: Eu vou ali na lojinha criatura, vai até fechar e eu aqui. -digo prendendo o cabelo e pondo o óculos escuro pendurado na blusa.
Samantha: Quando a gente para pra conversar, já viu né?!
Mayane: Você é muito fofoqueira!
Samantha: Ih, alá tua amiga vindo. -zombou.
Mayane: Finjo que nem vejo, tô correndo de problema cuma, eu quero um pouco de paz. -Digo passando a mão no rosto.

Paola se aproximava um pouco desesperada, talvez pela minha presença; mexia no celular, guardava no peito, pegava novamente, prendia cabelo, soltava cabelo, olhava pra trás... Eu não tenho nada contra ela até então, e ela fica nessa. Foi do nada, ao invés de ficar na boa...
Paola: Quié mona? Perdeu alguma coisa? -perguntou olhando na minha direção.
Mayane: Está falando comigo? -Falo, já descendo da moto.
Paola: Ué está me olhando estranho porra, está com algum problema comigo?
Mayane: Garota, vai pra puta que te pariu!!! Tenho nada com você, o meu problema já foi resolvido.
Samantha: Cata ela May, deixa ela roncar pra tu não porra! -murmurou botando lenha na fogueira.
Paola: Eu hem, que coisa! Toda vez você fica me encarando; teu marido que me procura no puteiro vai resolver com ele mercenária!
Quando ela disse essa frase eu surtei, meu sangue ferveu.

Catei ela pelos cabelos, rodopiando e lancei um tapão na cara. Ela revidou puxando minha blusa, fazendo cair meu óculos novinho, QUE ÓDIO! Peguei no maxilar dela com uma mão e apertei, levantando-o pra cima, com fúria. Enquanto ela puxava meu cabelo e arranhava meu peitoral, ardia pra caralho, ela me empurrou no chão e veio para cima de mim socando, me defendi pondo os braços na frente e conseguindo fazê-la cair no chão. Me levantei rapidinho e fui arrastando ela pelos cabelos asfalto a fora; ela agarrou na minha perna e arranhava, tentando puxar, eu dei alguns chutes impedindo permaneci arrastando até a boca da esquina. Chegando lá chutei bem seu rosto, ao ver o sangue escorrer do nariz eu parei.
Mayane: Cadê, quem é que vai resolver isso aqui??  -Digo na bronca- Quem é que vai cortar o cabelo dela agora??
— Não é assim não, dona Mayane.
Mayane: Ah não? Passa o rádio para o Serafim agora.

Eu quero essa piranha cobrada e JÁ! Ou eu não me chamo Mayane. Vai tirar marra com as puta de onde ela saiu, comigo não. Comigo o buraco é lá embaixo, lá no inferno!!!

Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora