47° Capítulo

7.5K 660 20
                                    

Domingou!
Amanheci com msg da Dona Vanda me convidando para almoçar na casa dela, só vou porque a outra não está lá. Clarisse está na avó de pai e Vitória, foi ver seus pais também, e se não fosse minha ex sogra eu ficaria na solidão hoje.

Fico pensando, porque Deus escolheu à mim para penar nessa vida, me afastou dos meus pais, do meu filho, me tirou pessoas incríveis... É num dia de domingo que eu sinto saudades da minha família, vejo todos almoçando juntos, reunidos e eu sozinha, abandonada onde ninguém nem lembra... Eu ainda ei de ver minha casa cheia sabe, montar a minha própria família e tê-los reunidos para sempre, sem desavenças e recheada de amor e união, o que for de ruim não vai entrar porque eu não vou permitir!

Me arrumei pondo um macaquinho, deixei o cabelo preso, sem ânimo para se montar. Peguei um uber até lá, assim que cheguei avisei para abrirem o portão.
Vanda: Pensei logo que você não vinha.
Mayane: Não confia na minha palavra não é?!
Vanda: Não filha, tá doida? Acredito em você! -Disse com deboche- Você está bem?
Mayane: Levando a vida, não muito bem, mas vou ficar
Vanda: Isso aí, vem preparei um risoto que você adora.
Mayane: Só a senhora mesmo hein!

Me sentei num banco de mármore do quintal na parte de trás, lugar fresquinho.
Vanda: Cleyton está dormindo, chegou aqui de manhã cedo.
Mayane: Tem jeito não, esse menino.
Vanda: Cresceu né May, o nosso bebê virou um homem.
Mayane: Responsabilidade que é bom eu não vejo.
Vanda: Depois ele toma. -Diz sem se importar.
Vó é assim mesmo, acha que tudo é depois, deixa para depois...

Elaine chegou, batemos um papo, estou esperando o Cleyton que foi buscar a namorada, isso porque ele diz não ter, assim que eles chegaram fomos almoçar.
Vanda: Aonde teu pai se enfiou Cleytinho?
Cleyton: Sei não vó, não vejo ele desde ontem.
Elaine: Ele estava no baile mãe, deve está dormindo e eu ainda avisei ele ontem que era para ele vir pra cá hoje.
Foi só falar que o homem chegou, disse um boa tarde e entrou chamando por Cleyton.
Vanda: Esses dois vivem num pé de guerra agora menina. -comentou comigo.
Rayssa: Mas meu sogro não está errado não vó, Cleyton ultimamente tem vacilado bastante e por mais que ele já tenha maior idade os pais sabem muito bem o que falam. -Disse; subiu ainda mais no meu conceito.
Mayane: Depois eles se entendem, ele é o pai!
(...)

Tomei uma cerveja com o pessoal comendo uns bolinhos de feijoada, maravilhoso!
Mayane: Gente, nunca imaginei que um bolinho esteticamente feio como esse, fosse tão gostoso e além do mais, cai muito bem com cerveja! -Digo incrédula, degustando horrores.
Vanda: É feio, mas é gostoso! Vou fazer mais para quando você vir aqui de novo.
Elaine: Psra mim ninguém faz nada, é muito puxa saco de Mayane. -Falou enciumada.
Vanda: Você nem fica em casa, nem me dá confiança eu hem.
Eu só morria de rir, tarde muito agradável.
Rayssa: A senhora não está precisando de vendedora na sua loja não? -perguntou para mim.
Mayane: No momento não, por que?
Rayssa: Tô querendo trabalhar, preciso urgente!
Mayane: Ah sim, está completa a equipe, senão te colocava.
Rayssa: Tá bom, qualquer amiga sua que estiver precisando me indica porque eu preciso muito.
Mayane: Bota o Cleyton pra te ajudar menina, o pai dele tem dinheiro. -Falo baixinho- Deixa de ser boba, sabe se lá com o que ele gasta esse dinheiro.
Rayssa: Com piranha!!! Com certeza.
Mayane: E você é idiota! -Falei mesmo- Você é a namorada dele, suga tudo! Isso não vai te fazer interesseira não, é obrigação dele somar contigo.
Rayssa: Eu tenho vergonha de pedir.
Mayane: Ai, deixa de ser boba Rayssa -Falo já me alterando- Vergonha é você ficar largada! Daqui a pouco quem te larga é ele.
Rayssa: Ai sogra, para com isso.

Umas garotas boba, cega de amor aí toma um pé na bunda e não sabe porque. Hoje não mais porque tenho minha independência, mas antes eu pedia mesmo fazer uma unha, um cabelo, pagar uma escola, um curso. Eu não tinha de onde tirar, se ele é meu companheiro pode me ajudar sim, assim como se ele precisar de mim no que for eu vou estar lá para oferecer minha mão, que relacionamento é isso um construindo a escada do outro, os dois somando e se um não tiver o outro ajuda; se você não pedir ele nunca vai saber que você precisa que para um homem, a mulher está sempre satisfeita.

Serafim chegou até aonde eu estava sentada. Meus olhos piscando descomssadamente fixados, nele. Gostoso para caralho! Olha só como ele anda, cruzes!!!
Ai chega
To bêbada!
Serafim: Qual foi Mayane, tem como tu me dar uma atenção? Chega ali na sala para nós trocar uma ideia. -zfako7 todo jeitoso, pedindo na moral.

Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now