63° Capítulo

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Narração: Mayane

Assim que terminei de dar um banho no Cleyton, o vesti e arrumei o quarto dele e fiquei por ali mesmo.

Graças a Deus aquele verme foi para aonde já esperavam por ele, homem cruel, ruim dos infernos! A Jasmine, teve que passar pelo aborto e ela nem sequer sabe disso, coitada é uma criança! Logo logo virá para cá. Agora sim o meu coração está em paz!
Eu iria azucrinar a vida de Serafim, até ele cobrar daquele imundo. Pensei que eu iria ter que ensinar a ele como é ser bandido nessa porra.

Calço o chinelo e saio do quarto, estava conversando com a Vivi, pelo WhatsApp. Sabendo da minha loja e como estão as coisas...  Está sendo bom ficar por aqui, estou conseguindo ficar em paz literalmente, minha mente está ocupada com meus filhos, com pessoas que me tratam bem e gostam de mim, com exceção de um... Ô homem chato da porra, mentira! Ele tem sido um homem equilibrado, tem respeitado as minhas regras, não tem ficado me assediando o tempo inteiro... Depois daquele beijo nos aproximamos um pouco mais, nos falamos bem mais, eu acho que era isso o que faltava para a gente começar a se dar bem, sem maldade.

Estava com o bolo pudim no forno, puxei a cadeira e me sentei ali na cozinha mesmo, enquanto ainda conversava com as meninas no zap.
Tomei um susto com a Elaine, batendo na mesa.
Elaine: Cheguei caralho, vamos tomar um gelo hein.
Mayane: Vou nada, estou aqui para lazer não!
Elaine: E está de cuidadora e empregada? Se manca, bora tomar umas cracudinha.

Só tirei o bolo do forno e fomos para rua de moto, foi um rolé pela Vila progresso e por lá mesmo ficamos, ela buscou uma caixa de cerveja e voltamos, ficamos bebendo na beira da piscina.
Elaine: Como tu fica aqui nesse tédio todo dia sóbria? Não dá não!
Mayane: Aturo de boa, não sou alcolatra igual a você!
Elaine: Menina, e Jasmine? Coitada! Eu fiquei besta com a situação, o pior é que ela não aparentava que sofria abuso cara.
Mayane: Muito triste!
Elaine: Ela precisa de uma mãe, que pai ela já tem. -insinua- Se candidata não?
Mayane: Você é tão palhaça Elaine, sua irmã podia ficar com ela, já que quer tanto filho dos outros... -Digo com sarcástico.
Elaine: Ela só quer o Cleyton!
Mayane: Coitada dela, ela que não arreganhe a boceta e faça um não, pra ela ver.
Elaine: Você é ruim!! E como tem sido na operação e você aqui?
Mayane: Normal, já somos acostumada com isso.
Elaine: Esqueci desse fato, é que aqui é hotel do comando, tudo eles vêm pra cá, aí já viu a mídia ataca firme.
Isso é verdade pura!

Rayssa vai dormir com o Cleyton hoje, e eu vou aproveitar para beber, já que tem um tempinho que não bebo, a última vez se resultou em safadeza na casa minha sogra, ops, ex-sogra.
Eu venho aqui para cima e esqueço até da Clarisse, que está dormindo senão estaria aqui na piscina.
Elaine: Meu irmão está vendo a atração daquele baile que eu te falei, um grupo de pagode. -comentou- Ele queria trazer Ferrugem, mas a agenda está cheíssima.
Mayane: Hum, legal! Podia ser algo novo né, só coisa repetitiva.
Elaine: É porque nem todos fazem show em favela também.
Mayane: Espero que o Cleyton esteja melhor, senão eu nem vou.
Elaine: Vai está sim, ele é forte igual  você mulher, e o pai.
Mayane: E tu vai arrumar um filho não?
Elaine: Vou nada doida, quero não tô focada nos meus afazeres, quando eu tiver um tempo só para isso aí eu me dedico a um bebê, também tenho que escolher um pai decente, do meu acervo.
Mayane: Essa piranhagem sua não muda nunca.
Elaine: Mana, nasci piranha e vou morrer piranha!!!
Não aguento com essa família, e eu ainda fui me enfiar nela.

Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now