O restante daquele dia

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Scarlett acaba de recomendar as escravas o que fazer com o restante daquelas comidas que havia sobrado e logo que finaliza essa atividade, entra naquele quarto de forma abrupta, batendo a porta contra a parede o que assusta intensamente a mucama e Artur que se levantam rapidamente de suas camas.

O semblante daquela senhora era de ódio profundo após aquela afronta daquele menino e depois de aquela escrava não ter cumprido a sua recomendação. Quando então ela se aproxima de Artur de forma ameaçadora e questiona:

- O que eu havia te ordenado Artur?

Aquele menino naquele momento era puro desespero, ele não sabia se conseguiria responder aquela pergunta, a sua garganta parecia estar tampada de tanto pavor que ele se encontrava naquele momento ao olhar para aquela senhora na sua frente com um olhar envolto de ódio.

- Responde Artur, o que eu havia lhe ordenado nesse quarto antes daquele banquete?

- Para que eu não chegasse perto da minha mãe sinhá. Responde aquele jovem desesperado a gaguejar.

- E o que você fez na primeira oportunidade que teve Artur?

- Perdão senhora. Eu tomei uma decisão sem pensar. Perdão pelo que fiz.

Scarlett naquele momento se aproxima daquele menino rapidamente e lhe acerta um forte tapa em seu rosto, que o faz cair no chão a chorar de forma desesperada, tamanha a dor que estava a sentir naquele momento. Artur ainda nunca tinha sido castigado fisicamente em sua vida e ficou apavorado de como aquele tapa daquela senhora doía intensamente.

- Escravos não vieram a essa terra para agir sem pensar Artur e agora você vai aprender isso. Escravos vieram para agir cumprindo ordens. Diz aquela senhora em tom direto ao ver aquele menino caído no chão gritando de dor e chorando intensamente.

Quando então ela se vira para a mucama e diz:

- E você mucama, porque deixou que Artur se encontrasse com a mãe?

- Ele saiu correndo sinhá e eu por estar de saias não consegui o acompanhar. Perdão senhora.

- Você já sabe o que vai acontecer não é?

- Por favor sinhá não me leve para o tronco eu lhe imploro. Diz aquela escrava desesperada a se ajoelhar perante aquela senhora já chorando de tanto desespero.

- Eu quero você em cinco minutos lá embaixo pronta para o castigo. Não me faça ter que mandar um capataz meu aqui para te buscar ou dobrarei o número de chibatadas que levará. Leve também Artur, de hoje em diante esse menino precisa saber que o que ele faz de errado tem consequências e que ele é apenas um escravo nessa casa. Um escravo com regalias, mas continua sendo um escravo! Diz aquela senhora em tom direto e ameaçador, levando aquela mucama a um desespero ainda maior, a chorar de forma ainda mais compulsiva.

Scarllett então sai daquele quarto e vai até o quarto de Murilo. Pede a ele que prepare o tronco porque ela precisava castigar uma escrava. Então ele diz que já iria descer para preparar aquele espaço para o castigo.

Cinco minutos depois aquela mucama desce acompanhada de Artur, que naquele momento, sem saber o que ia acontecer, ainda tremia de medo. O seu rosto, mesmo depois de alguns minutos daquele tapa, ainda estava intensamente vermelho e queimava feito brasa. Aquele jovem estava impressionado como aquele impacto poderia doer tanto.

Assim que chegam Artur e a mucama, Scarlett pede que eles se sentem há alguns metros daquele tronco. Quando ela então diz:

- Eu deveria castigar você Artur, por não ter cumprido uma ordem direta minha de não chegar perto de sua mãe. Mas, terei clemencia por achar que você não suportaria um castigo meu nesse tronco devido a sua baixa idade.

Miss Scarlett e a escrava brancaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora