A quarta-feira

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No dia seguinte, o doutor foi a aquela casa no horário combinado. Scarlett estava em uma expectativa enorme quando ele começou a retirar aquele pano que cobria a sua ferida. Pela dor que sentiu no dia anterior, ela pensava que aquilo teria que estar bom, pois ela não aguentaria passar por todo aquele procedimento novamente. Quando o doutor tenta acalmá-la dizendo:

- Não se preocupe tanto Scarlett, apenas pelo fato da senhora não estar com febre, já é um bom sinal, provavelmente, essa ferida não arruinou.

- Eu só acredito vendo doutor.

Quando ele abre, aquele machucado havia secado e estava a cicatrizar e então ele diz alegre:

- Eu não disse. Eu sabia que iria estar melhor e sem inflamação.

- Eu não acredito! O senhor é um excelente médico doutor!

- Muito obrigado Scarlett. Agora eu vou passar o remédio, mas esse não vai doer é apenas para cicatrizar ainda mais rápido. E a senhora vai manter o repouso, nada de sair dessa cama pelos próximos sete dias. Se sair, pode romper os vasos que estão formando e inflamar de novo.

- Depois do que passei ontem doutor, não levanto dessa cama nem se essa casa tiver pegando fogo. Diz Scarlett a sorrir.

Então o doutor passa aquele remédio, recomenda as ações que devem ser feitas naquele dia e vai embora para o vilarejo, deixando Scarlett feliz da vida em seu quarto, sem febre e muito mais tranquila.

Enquanto isso no vilarejo, Antônio Dias Filho, estava cada vez mais preocupado com medo de que aquela senhora estivesse a programar um ataque contra ele. Aquele jovem estava evitando sair daquela pousada, ficando recluso o dia inteiro naquele espaço. A sua consciência de alguma forma dizia que um ataque contra a sua vida poderia estar prestes a acontecer.

Naquele terceiro dia após o ataque contra Scarlet, ele recebeu a notícia de que aquela senhora havia melhorado. E diante desse novo cenário, ficou ainda mais preocupado e precavido, pois, se ela estava a melhorar, logo iria procurar uma forma de tentar se vingar dos principais suspeitos e pela desconfiança daquela senhora nas últimas vezes que a viu, ele sabia que era um deles.

Da parta da tarde em diante daquele dia, Antônio Dias Filho, começou a tomar cuidado até com os serviços de quarto, quando o chamavam na porta. Sempre que eles o chamavam, ele deixava as suas duas armas em um ponto estratégico do seu quarto, ao lado dele, para qualquer situação de emergência, questionando sempre quem era que estava a bater à porta, antes de abri-la, com muito cuidado.

Prestes a escurecer naquele dia, ele olha pela janela e vê o chefe de polícia, seu amigo, em um dos bares que ficava a frente da sua pousada. Então ele resolve o cumprimentar, pois sabia que estando com ele, ninguém iria cometer um atentado contra a sua vida. Assim que ele desce e caminha por aquela rua, encontra o comandante e o questiona:

- Tudo bem com o senhor comandante?

- Tudo muito bem meu amigo e com você!

- Tudo muito bem também senhor. E como está o trabalho?

- Algumas coisas importantes para resolver. Eu preciso terminar algumas investigações.

- Senhor, e esse caso da Scarlett heim, alguma novidade?

- Juliano, vai ser muito difícil encontrar o mandante viu. Todos os homens que fizeram a emboscada foram mortos e eram da cidade grande. Não conseguimos descobrir a identidade deles. E o que estava vivo, disse que quem havia ordenado o ataque era um tal de João Destruidor, que ninguém o viu aqui na região. Acho que vai ser complicada essa investigação.

Miss Scarlett e a escrava brancaUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum