O dia amanhece e Pérola ao abrir os olhos, sentiu seu coração bater mais forte. Aquele é o dia em que ela, provavelmente, teria que demonstrar mais forças em sua vida. Ela teria que suportar um castigo que jamais imaginou que tivesse que passar durante a sua existência.
Catarina antes de subir para fazer o café, ao ver que ela estava acordada, diz:
- Preparada para o seu dia, escrava? Acordou disposta para sofrer extremamente hoje?
- Bom dia para vosmicê também Catarina, eu espero muito que o seu dia seja muito proveitoso e que tenha muita paz em seu coração. Afirma Pérola com um semblante sério.
Aquela fala foi um tapa de luvas naquela escrava, que a cada resposta dessas de Pérola, ficava ainda mais irada, pois aquela escrava não perdia a sua compostura, mesmo quando era frontalmente atacada.
Pérola, ainda no porão, come um pedaço de pão e um copo de leite levado por Gertrudes. Logo em seguida, Tenório pede para que ela o acompanhe, pois a sua dona estava a esperando para iniciar o castigo. Ao ouvir isso, Pérola sente o seu corpo tremer enquanto aquele matador de aluguel retira aqueles grilhões que a prendiam.
Assim que chegou na cozinha, ela percebeu que todas as escravas que estavam naquele espaço choravam intensamente, o que a trouxe ainda mais desespero. Gertrudes lhe deu um abraço e disse:
- Tenha forças minha filha. Vosmicê vai conseguir aguentar tudo isso!
- Muito obrigada senhora. Muito obrigada pelo apoio. Afirma Pérola, quando lágrimas escorrem dos seus olhos.
Ao passar ao lado de Catarina, que estava na sala, ela vê aquela escrava a sorrir, acompanhando ela a ser levada por Tenório em direção a parte da frente daquela casa.
Quando eles descem, que chegam na parte da frente daquela casa, próximo a aqueles troncos que ficavam em um espaço na lateral, ela observa Scarlett a sua frente, com Maria ao seu lado com um guarda-sol, demonstrando um semblante bastante preocupado, quando a dona daquela fazenda faz um movimento com as mãos para que Tenório coloque Pérola naquele tronco.
Então Pérola tem as suas roupas, da parte de cima do seu corpo, retiradas, o que a causou uma vergonha tremenda naquele momento. Era a primeira vez que ela estava com a parte de cima do seu corpo totalmente nu em frente as pessoas que estavam naquele espaço. Muito religiosa, apenas aquele fato, já fazia aquela escrava branca a sentir uma humilhação enorme. Scarlett percebeu isso e estava ainda mais feliz ao ver o desconforto de Pérola em meio a aquela situação.
Pérola era linda, mesmo estando com os seus cabelos curtos, por terem sido cortados por Scarlett no dia anterior. As suas costas ainda estavam com marcas vermelhas e roxas dos golpes que Scarlett havia lhe aplicado no dia anterior, enquanto castigava Artur. Entretanto, as suas costas não tinham nenhuma marca profunda, até aquele momento, e o corpo daquela escrava era perfeito. Os poucos escravos que estavam a ver aquela cena ficaram impressionados com a beleza daquela jovem. Provavelmente, depois desse castigo extremo, as suas costas nunca mais seriam daquela forma, pois, depois de tamanho castigo com aquele chicote cortante, certamente várias marcas e cicatrizes ficariam gravadas nos pontos atingidos de seu corpo.
Pérola suava frio naquele momento, ela sentia a brisa do vento a tocar em suas costas e toda a sensibilidade de sua pele. Isso a deixava ainda mais aterrorizada. Naquele instante, ela pensava aterrorizada o quanto aquele castigo poderia ser degradante.
Scarlett então prepara aquele chicote e diz a Pérola:
- Preparada para o seu castigo escrava?
- Não senhora, eu não sei se consigo suportar tamanha punição. Tenha clemência senhora. Eu errei, mas prometo que isso não acontecerá mais. Afirma Pérola demonstrando desespero naquele momento.
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Miss Scarlett e a escrava branca
Ficção históricaA história se passa no Brasil Colonial do século XVIII e tem como personagem principal Scarllet que teve uma infância muito complicada, em uma família que a desprezava pelo seu perfil já maléfico quando criança. Ao avançar na idade ela começou a dem...