Após aquele ataque, Antônio Dias Filho ficou mais tranquilo por imaginar que Scarlett não atentaria mais contra a sua vida durante algum tempo, pois se tentasse, ela seria a principal suspeita. Ele então fica menos tenso e começa a retornar para a rotina normal.
Scarlett também, com os dias se passando, melhora a sua enfermidade causada por aquele tiro que havia recebido e com uma semana daquele ataque, consegue andar pela casa normalmente. O que ela ainda não conseguia fazer era se relacionar com Artur e não via a hora de poder fazer sexo com ele novamente. Aquela senhora estava sedenta por essa prática.
Ao retornar para o vilarejo duas semanas depois, Scarlett foi com uma segurança muito maior contando com seis homens armados e 3 carruagens, uma atrás e outra na frente da sua. Ela queria adquirir uma carruagem fechada de madeira e mais segura, para que pudesse fazer esse trajeto no futuro. Ela encomendou essa carruagem de Salvador e estava pra chegar nas próximas semanas. A sua segurança daquele momento em diante seria uma grande preocupação, enquanto ela não tivesse a certeza de quem foi o mandante daquele ataque.
Tenório faz pesquisas sobre Juliano, mas nas primeiras semanas que passaram após aquele atentado, não consegue descobrir nada sobre aquele jovem. A única coisa que ele descobriu era que ele fazia constantes visitas a uma pessoa que ele tratava como primo, que era da família de Antônio Dias, o que o deixou, em partes, desconfiado. Mas, ele precisava de mais elementos para chegar a qualquer conclusão e agia em uma busca constante por novas evidências, no intuito de descobrir mais sobre o passado daquele jovem.
Na sua segunda visita ao vilarejo, aproximadamente três semanas após aquele ataque, Scarlett faz uma nova visita a Josefa, já se sentindo totalmente recuperada:
- Minha amiga, que bom te ter aqui em casa novamente!
- Eu que estou muito feliz em poder te visitar novamente, minha amiga Josefa.
- Como está se sentindo?
- Já estou totalmente recuperada, a ferida já secou totalmente, o doutor Gustavo salvou a minha vida! Se não fosse por ele, eu poderia não estar aqui hoje.
- Ele é realmente um ótimo doutor. Eu fiquei sabendo que você estava com uma febre terrível, quando ele foi cuidar de sua ferida no segundo dia.
- Sim. Aquilo estava horrível, nem conseguindo dormir eu estava. Achei que fosse morrer. Ele limpou tudo direitinho, senti uma dor que nunca imaginei que existisse na vida, mas me curei.
- Fico feliz por isso Scarlett. É muito bom te ver bem. E como estão as coisas na sua fazenda?
- Por lá está tudo bem graças a Deus senhora. Eu acho que estou atendendo as suas recomendações e parei por um tempo de castigar as minhas escravas domésticas. Vamos ver como elas se comportam.
- Que bom Scarlett, eu estou te dizendo, elas vão se portar bem. Mas, o que te fez tomar essa decisão, foi o fato de você ter quase morrido?
- Não, eu tenho conversado muito com Pérola e estou gostando muito das nossas conversas. Ela é uma escrava de coração muito nobre e puro. Nós temos até rezado juntas. Estou aprendendo muito sobre a fé e a religião com ela e, estou tentando ser mais bondosa nesses últimos tempos.
- Scarlett, eu estou admirada. Essa escrava me parece uma santa, para te fazer repensar sobre as suas práticas com os escravos.
- Eu também estou achando isso. Ela tem um coração muito bom e pensamentos muito nobres, estou tentando aprender um pouco com ela. Não sei até onde isso vai, mas, estou tentando. Você acredita que quando estava em um sofrimento enorme, enquanto o doutor estava a limpar as minhas feridas, Pérola ficou chorando espontaneamente, demonstrando compaixão de mim?
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Miss Scarlett e a escrava branca
Historical FictionA história se passa no Brasil Colonial do século XVIII e tem como personagem principal Scarllet que teve uma infância muito complicada, em uma família que a desprezava pelo seu perfil já maléfico quando criança. Ao avançar na idade ela começou a dem...