O dia seguinte

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Era sábado e naquele dia Pérola que arrumaria o quarto pela manhã, conforme o revesamento combinado com Maria. Após ver a sua dona se levantar, por volta das 7 horas da manhã, ela vai a aquele quarto e o arruma com todo o carinho como sempre fazia. Deixa tudo que tinha nele no seu devido lugar e as 9 horas quando terminou, desceu para verificar se sua dona queria mais alguma coisa.

Scarlett pediu para que Pérola regasse as flores que estavam na porta da casa, pois ela sabia que aquela jovem gostava muito de realizar esse trabalho. Aquela escrava branca adorava flores!

Poucos minutos depois, Maria vai chamar Pérola preocupada, dizendo que Scarlett pediu que a chamasse muito nervosa em seu quarto. Nesse instante o coração de Pérola dispara. Ela não imaginava o que poderia ter acontecido para despertar a ira de sua dona daquela forma. Pérola sobe aquela escada rapidamente e ao ver que a porta daquele quarto estava aberta, entra. Assim que chegou no mesmo ambiente que sua dona ela questiona:

- Em que posso servi-la senhora?

- Eu notei que uma das minhas santas favoritas estavam quebradas no chão Pérola. O que você fez para quebrar a minha Santa? Questiona aquela senhora com um semblante fechado.

- Senhora eu arrumei o seu quarto hoje, não tinha nada quebrado quando saí daqui. Eu tenho certeza que não quebrou enquanto eu arrumava. Responde Pérola com um semblante muito preocupado ao ver cacos daqueles santos espalhados pelo chão.

- Então quando isso quebrou Pérola, sendo que apenas eu entrei nesse quarto e notei que ela estava quebrada assim que entrei?

- Eu não sei senhora. Eu só sei que eu não fui!

Nesse momento Scarlett deu um forte tapa no rosto de Pérola, que fez a sua face ficar imediatamente vermelha, gritando:

- Mentirosa! Confesse que foi você!

- Senhora, não fui eu! Eu tenho certeza que não fui eu, se tivesse sido eu diria. Diz Pérola ao sentir lágrimas rolarem por suas bochechas de tanta dor e desespero que estava a sentir naquele momento.

Scarlett acerta um outro forte tapa do outro lado do rosto de Pérola, que o faz ficar tão quente e doloroso quanto a sua face atingida anteriormente, a causando uma dor terrível.

- Eu quero que me diga a verdade agora Pérola. Essa é a última chance que vou te dar.

- Senhora não fui eu. Eu estou dizendo que arrumei o quarto normalmente e não tinha quebrado nada. Lágrimas brotavam dos olhos de Pérola naquele momento e rolavam intensamente sobre o seu rosto, enquanto ela tremia de tanto pavor ao ver o semblante feroz daquela senhora a lhe acusar.

- Tem certeza que não vai assumir a responsabilidade pelo seu ato escrava? Vai continuar mentindo pra mim?

- Senhora. Não fui eu, eu juro.

- Não jure sobre aquilo que não consegues provar escrava. Eu quero que dispa-se agora. Ordena Scarlett.

- Senhora por favor, não fui eu! Diz Pérola a chorar ainda mais intensamente imaginando que seria castigada por aquela senhora novamente depois de muitos dias conseguindo ficar sem levar nenhum castigo.

- Eu não vou ordenar de novo escrava e você já sabe quando eu digo para fazer uma coisa que você não faz o que acontece? Diz aquela senhora com um semblante fechado e em tom ameaçador.

- Sim senhora. Eu já estou me despindo. Me perdoe. Diz Pérola demonstrando completa submissão naquele momento. Quando começa a retirar as suas vestes, enquanto vê Scarlett indo ao seu guarda-roupas pegar uma vara de bambu que seria usada para o castigo. Naquele momento, o corpo de Pérola tremia de forma ainda mais descontrolada de tanto medo. Era uma sensação horrível saber que sofreria uma dor extrema e não poder fazer nada para mudar isso.

Miss Scarlett e a escrava brancaWhere stories live. Discover now