A segunda fase daquela busca

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Amanhece o dia 07 de dezembro de 1795. Naquela manhã a princesa foi a parte de fora daquela casa grande e encontrou o comadante da sua tribo a trabalhar com alguns cavalos, quando eles, discretamente, começaram a conversar na língua de sua tribo:

- Princesa!

- Sim comandante.

- A hora é agora da gente matar essa senhora.

- Eu sinto que ainda não é o momento. Os ancestrais dizem que não devemos fazer isso agora. Se matarmos Scarlett, todos que estão a procurar Pérola, mudarão o sentido de suas buscas para nos capturar e nos matar. Eu acho que esse não é o momento.

- Mas princesa, a senhora disse que estávamos esperando um momento de vulnerabilidade dessa senhora má. Momento melhor do que esse não teremos. Metade dos homens dela estão mobilizados na busca por aqueles escravos brancos.

- As energias dizem que não é o momento comandante. Quando for o momento, eu digo ao senhor.

O comandante fica sem entender aquelas falas da princesa. A impressão que ele tinha é que ela não estava a querer se libertar, pois, momento mais propício do que aquele, dificilmente eles encontrariam. Então, ele a vê afastar e fica a aguardar o recado de sua soberana quanto ao momento certo para aquele ataque. Aquele comandante militar era um exímio estrategistas e nos meses que passou naquela fazenda, buscou todas as informações sobre ataques e rebeliões que aquela fazenda sofreu para montar a sua estratégia de ataque a aquela casa grande. Com as estratégias que ele havia montado para o ataque, provavelmente, as suas forças levariam uma grande vantagem sobre os defensores de Scarlett. Mas, como ele era súdito da princesa, só agiria quando ela desse a ordem.

Os escravos daquela fazenda estavam todos na torcida e pegando com os seus santos para que Artur e Pérola conseguissem fugir daquela sanguinária senhora. Todos os escravos, a aquela altura, gostavam muito daqueles escravos brancos e torciam para que eles pudessem conquistar a liberdade após uma fuga, algo que pela primeira vez ocorreria naquela fazenda se eles tivessem êxito.

Com muito ódio de tudo que estava a acontecer, Scarlett se lembra de Albertina e então ela chama Tenório para interrogar aquela senhora na casa de torturas daquela fazenda. Assim que eles chegam naquela casa distante, ela questiona:

- Seu sobrinho em Albertina. Olha o que ele está me gerando de prejuízo. Vosmicê sabia dessa história?

- Não senhora. Eu não sabia de nada. Artur não me disse nada. Diz aquela escrava extremamente ofegante e tremendo de medo enquanto era segurada por Tenório.

- Eu não sei. Mas, não senti firmeza em sua fala. Afirma aquela senhora em tom irônico. Quando complementa a sua fala: - Eu acho que vosmicê precisa de um reforço para poder me contar a verdade, exatamente o que quero saber. Eu sei da sua proximidade com Artur desde que a mãe dele morreu. E sei que ele não tomaria uma ação dessas sem antes te consultar.

- Artur estava muito distante nesses últimos tempos senhora. Tem meses que nem falo com ele. Afirma Albertina gaguejando de medo, tentando passar credibilidade em sua fala.

Quando Scarlett ordena:

- Amarre essa escrava Tenório, vamos refrescar a memória dela para ver se ela se lembra de alguma cosia que pode ser importante para nós.

Então Tenório amarra aquela escrava presa a uma cama de pau pelos pés e pelas mãos, com uma corda justa presa a uma roda, que ao ser girada ia esticando o seu corpo, até que aquela sensação se tornasse quase que insuportável. Logo Scarlett ordena que ele comece aquela seção de tortura, esticando o corpo de Albertina intensamente, o que faz aquela escrava gritar de dor, de forma incontrolável. Aquela seção durou meia hora e a aquela altura, a escrava já estava exausta a chorar pedindo compaixão a aquela senhora.

Miss Scarlett e a escrava brancaWhere stories live. Discover now