CAP. 20 - Monstro Perverso

4.8K 483 122
                                    

Lavo a louça em seguida, sem reação com o que havia acabado de acontecer... Então ele não consegue se controlar.. Perto de mim.

Então ele deveria ficar afastado! E não me perseguir para todos os lugares que ando. Solto um suspiro e pego os itens de limpeza na enorme lavanderia.

Começo a limpar aquele lugar infinito, parecendo que iria demorar mais de um dia para terminar aquilo... Deus, que lugar imenso!

Eu poderia limpar as partes mais sujas hoje e o resto eu deixaria para quinta-feira que vem... Sou apenas uma mulher, não dou conta de uma mansão inteira.

Já estava anoitecendo, eu poderia ver a luz se esvaindo pelas vidraças da janela... Brahms havia sumido o dia todo, sem dar um vestígio de vida nesse lugar.

Após horas de limpeza, guardo novamente os itens que usava no lugar, indo para a sala de jogos que se ligava ao porão.

Sento um pouco no sofá em frente a mesa de sinuca, passando minhas luvas pretas sobre os olhos, meu corpo diluia-se em cansaço... O primeiro dia foi horrível.

Fecho os olhos sentada ali mesmo, deixando a minha visão cansada descansar, sentindo a minha respiração ficar calma e o meu corpo ficar quente entre as almofadas abaixo do meu braço... Acabo pegando no sono.

Acordo sentindo o meu corpo balançar levemente, como se estivesse sendo carregada em um corredor escuro...

Passo minhas mãos ao meu redor, sentindo os meus dedos encostarem em algo peludo e ao mesmo tempo duro... Esfrego os meus dedos por meus olhos e percebo ter encostado no peitoral de Brahms.

Ele entra no porão comigo ainda em seu colo, sinto sua respiração ficar mais acelerada após o meu toque, mas logo em seguida ele me larga na cama e dá as costas para mim.

- Brahms! Espere!!

Falo passando as mãos pelo meu rosto e tentando me levantar da cama meio zonza, indo em sua direção.

- Eu sinto muito pelo dia ter sido assim...

Toco minha mão em seu braço, com uma culpa pelo que aconteceu hoje...

- Vou tentar entender você... Só não me assuste mais daquele jeito.

Ele apenas segura os meus dois pulsos em um movimento extremamente forte e rápido, encostando o meu corpo sobre a parede.

- O seu toque me provoca...

A voz sempre vinha grossa e abafada por trás de sua máscara, que agora estava acima de mim...

- E-eu não vou mais tocar em você!

- Agora já é tarde.

Respirações fortes de ambas as partes, mas eu não poderia me mover contra a parede. Presa por suas mãos enormes, apenas conseguia deixar os meus olhos bem abertos em direção aos seus olhos azuis tensos por trás da máscara.

- N-não me machuque, por favor!

Sentia o meu corpo tremer cada vez mais, até sua máscara ficar frente a frente com o meu rosto, sem saber o que pensar nessa situação.

Mas o que eu sinto em seguida.. Era o seu corpo ficar colado no meu, sua cintura ficava na altura da minha barriga, e eu sentia...

Aquilo estava totalmente duro... Encostando na minha cintura, movendo-se lentamente enquanto encostava em minha pele... Aonde iríamos parar assim..?

- Brahms.. Você está..

Mas quando digo isso, suas mãos largam os meus pulsos, afastando-se de mim com extrema força e controle. Observo-o passar as mãos por seus cabelos ondulados.

- Não sou esse monstro que você pensa!

E ele sai rapidamente do porão, deixando-me confusa e ao mesmo tempo com uma excitação que não pude controlar...

Brahms - Conexão FatalWhere stories live. Discover now