CAP. 55 - Bastidores Escondidos

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Ainda haviam algumas horas para me arrumar, então começo a revirar as caixas sem pressa alguma. Experimento quase todas as roupas, que em sua maioria eram vestidos.

Percebo que no canto do quarto havia um lençol sobre o que parecia ser um espelho, era melhor do que o pequeno que encontrava-se do banheiro.

Ando até lá e descubro aquilo, estava muito bem escondido... Mas assim que o lençol cai ao chão, o espelho estava quebrado ao meio, parecendo ter sido desferido um soco entre ele...

Olho atentamente para a parte trincada, parecia haver sangue seco nos cacos de vidros partidos... Algo cochichava em minha mente que Brahms havia feito aquilo.

Coloco o lençol sobre ele outra vez, pois era inútil usar um espelho quebrado... Continuo a experimentar o restante das roupas no espelho do banheiro, sem decidir com qual eu iria, estava coberta de incertezas.

A segunda caixa já estava acabando, até os meus olhos baterem em um vestido diferente dos outros, não sendo nem tão extravagante, porém também não tão simples. Ele era preto, seus tecidos eram finos, criando várias camadas em seu caimento.

Haviam alguns brilhantes no busto, criando detalhes incríveis, os quais pareciam ser diamantes. As dobras em sua calda deixavam-o comprido, neutro e adequado.

Espero pacientemente por Brahms, já havia arrumado meu cabelo na medida do possível, espero que ele goste do resultado. Havia o prendido, deixando minha franja cair pelas laterais.

A porta do quarto abre-se, vejo-o entrar pela porta, mas Brahms estava diferente do habitual...

Ele utilizava um terno longo e preto, que estava na medida certa do seu corpo, mas seus ombros deixavam-o encorpado e forte. Seus sapatos negros brilhavam, porém sua máscara... Era diferente.

Ela reluzia com a luz das lâmpadas do quarto, parecia ser feita de ouro maciço em seus detalhes contorcidos, os quais estavam em cima de uma porcelana impecável e branca... Seus olhos não apareciam, como se estivessem escondidos nas sombras da máscara.

 Seus olhos não apareciam, como se estivessem escondidos nas sombras da máscara

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- Greta.

Assim que ele me chama, fico em pé, indo em sua direção. Estava cada vez mais apaixonada por ele, mesmo entre minhas indecisões...

- Você.. Está incrível.

- E não estou sempre?

Brahms diz estendendo sua mão para mim, a qual tinha luvas pretas de couro que as encobriam...

- Quero lhe mostrar um lugar antes de sairmos.

Sigo-o até o início do corredor, parando em frente a uma cortina que nunca havia dado importância antes, a qual era comprida e vermelha desbotada, de veludo, escorrendo até o chão.

Brahms segura-a, arrastando para o lado, revelando ter uma porta por trás dela. Arregaldo os meus olhos em surpresa, não esperando por aquilo de forma alguma.

Ele retira uma chave prateada de seu bolso, abrindo a porta oculta, fazendo um gesto para mim entrar. Estava tudo escuro de primeira mão...

Brahms acende a luz do lugar, revelando ser um enorme closet de roupas e calçados... Não sabia a total extensão daquele lugar, mas daria para fazer uma festa ali dentro, quase tão grande quanto os quartos.

Ando lentamente pelo lugar, observando-o estar quase vazio entre os cabides e estantes, armários e araras de roupas. A não ser por um canto separado e extenso, que haviam roupas que pareciam ser de Brahms.

- É seu.

- Isso tudo para mim..?

- Ainda não tem muitas coisas, então o seu dever é preenchê-lo com o que comprar hoje.

- Não consigo acreditar...

Apenas consigo correr até ele e dar um abraço, o qual ele devolve com um pouco de dificuldade, mas eu iria fazê-lo se acostumar com isso...

- Obrigado, Brahms...

Suas luvas alisam os meus cabelos, sentia os nossos corações baterem juntos naquele instante...

- Devemos ir agora.

Brahms - Conexão FatalDonde viven las historias. Descúbrelo ahora