CAP. 93 - Apreensão Afiada

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Notas da autora:

KILL ANYONE FOR YOU - Ari Abdul

~Realmente não me importo,
Porque mataria qualquer um por você...

Eu sei que no fundo, você mataria qualquer um por mim...

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Sentia o meu corpo quase desmaiando no banco do carro, entre suspiros, enquanto Brahms estava ligando-o e dando partida

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Sentia o meu corpo quase desmaiando no banco do carro, entre suspiros, enquanto Brahms estava ligando-o e dando partida...

- Vamos para casa.

Apenas concordo com a cabeça, recostando sobre o banco do carro, enquanto a chuva caia mais suavemente pelo lado de fora...

Brahms dirigia para o começo do vilarejo. Ele parecia intacto, como se aquilo que fizemos não fosse nada para ele, mesmo eu estando desmontada ao seu lado...

Então, observo pela janela, um prédio em estrutura branca... Meus olhos estavam semicerrados ao vê-lo. Entretanto, recordava-me da última coisa que queria fazer.

- Brahms...

- Sim?

- Poderia parar no hospital?

- Acho que não fiz com tanta força assim. Machuquei você?

- Não, não é isso... É que, tem alguém ali que gostaria de ver.

Percebo o rosto de Brahms virar-se para mim lentamente, no mesmo instante, mudando sua expressão neutra para uma bem mais ameaçadora...

- Quem você gostaria de ver?

- Ah... Lembra-se de que tirei Malcom aquele dia da mansão...

- MALCOM?

Brahms freia o carro bruscamente, fazendo-me acordar de uma vez só com o impacto em meu corpo.

- VOCÊ AINDA PENSA NAQUELE FILHO DA MÃE??

- Meu Deus, Brahms! Você deixou o homem em coma por semanas! - Digo extremamente assustada com o seu surto.

- E ACHA QUE EU LIGO PRA ISSO?!? ELE BEIJOU VOCÊ GRETA! SE NÃO FOSSE POR MIM, TERIAM FEITO MAIS DO QUE ISSO!!

Brahms estava amassando o volante aos poucos, estava temendo que fosse arranca-lo fora a qualquer momento!

- Droga, fique calmo! N-não precisamos ver ele, apenas quero saber se ele está bem!

- VOCÊ NÃO TEM ESSE DIREITO.

- Eu entendo a sua raiva, mas....

- NÃO TEM "MAIS"! Vamos para casa, agora.

- .. O quê?

Brahms liga o carro outra vez, acelerando próximo ao hospital que estava uma quadra atrás de nós, fazendo-me olhar para aquilo em ansiedade.

Então, cenas começam a passar em minha mente... Cenários amaldiçoados que Brahms já havia feito a algum tempo atrás, coisas de que ele realmente era capaz. Coisas que imaginava que ele fizera.

Minha fixa cai neste momento, assim que flutua em minha cabeça que, apesar de ter retirado a sua máscara, não significava que Brahms era uma nova pessoa.

Ele era o mesmo... Não havia mudado em praticamente nada... Era eu quem estava enganado-me o tempo todo, como uma tola caída em ilusões criadas por si mesma.

Queria acreditar, que Brahms jamais cometeria feitos odiondos, estimulados pelo seu rancor, ódio e força descontrolada...

Mas isto, claramente, não era verdade.

Olho para Brahms ao meu lado, observando-o dirigir com seus cabelos úmidos caídos por seus olhos castanhos claros... Os seus olhos... Não haviam mudado nada... Continuavam impregnados por uma obsessão desenfreavel e perigosa.

Sua face, poderia esconder suas reais intenções... Mas eu o conhecia muito antes disso, muito antes de sua real e única beleza...

Minha boca até mesmo trava antes de conseguir falar, mas o óbvio pairava em minha língua, pronto para sair

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Minha boca até mesmo trava antes de conseguir falar, mas o óbvio pairava em minha língua, pronto para sair.

- ... O que você fez com Malcom?

Brahms - Conexão FatalWhere stories live. Discover now