๑Dark Romance๑. +18
Apenas um boneco... Um maldito boneco... Ao menos era isso o que todos pensavam. Não, Brahms nunca foi só isso.
Ele surgiu por entre as paredes da mansão, seu corpo foi até mim... Todo aquele tempo cuidando de um boneco de porce...
Não consigo nem respirar ao ver aquilo, meu corpo entra em choque instantâneo, sinto o coração acelera cada vez mais... Os meus ossos ficam paralisados, sem entender o que estava acontecendo.
Coloco minha mão em meus lábios para abafar a respiração, ele não poderia saber de modo algum que eu estava aqui.
Passo minha outra mão pela passagem atrás de mim, para ter certeza de que eu teria como fugir dali antes que fosse tarde demais.
Meus olhos estavam arregalados, não entendo nada daquela situação. Uma faca em sua mão... Ele realmente iria fazer isso comigo depois de tudo o que passamos? Então eu deveria estar sendo muito burra e ingênua...
Voltar aqui e ainda deixar Brahms me usar... Uma tristeza bate em meu peito ao ver que ele não se importava comigo, ameaçando a minha vida perseguindo-me com aquela faca.
Seus passos tornam-se lentos, e sua cabeça vira vagarosamente em direção ao guarda-roupa. Ele sabia.
Dou passos arrastados para trás, assim que ele ameaça vir para abrir a porta. Droga, eu não conseguia correr direito, havia me tornado uma manca inútil naquela situação.
Entro pelas madeiras quebradas atrás de mim, eu já estava totalmente aflita com aquilo, não saberia o que fazer para fugir de Brahms.
Então essas eram suas consequências caso ele me achasse nessa brincadeira aterrorizante? Enfiar uma faca em meu corpo?? Isso era muito doentio para se aceitar.
Eu realmente não o entendia, em alguns momentos ele cuidava de meus ferimentos, em outros Brahms ameaçava minha vida!
Começo a andar por um corredor empoeirado e sujo, cercado das madeiras internas da mansão, até ouvir um barulho ser rompido atrás de mim...
Brahms havia aberto a porta do armário, eu o via ao longe, enquanto seus olhos me perseguiam pelo vão de paredes o qual eu passava... Tento correr, virando para a direita, mas ele já estava me perseguindo.
Estava dando tudo de mim naquela situação, apoiava-me entre as ripas farpadas da parte interna na casa, arrastando o meu pé no chão sujo, deixando minhas pegadas marcadas na poeira.
Eu iria perder... Iria perder mais do que uma brincadeira... Talvez fosse a minha vida em jogo.
Escuto-o cada vez mais próximo de mim, tento despistá-lo virando os corredores incessantes daquele lugar apertado. Eu não poderia fazer nada, estava totalmente em desvantagem naquele inferno.
Não sabia como ele ainda não havia alcançado-me naquelas passagens estreitas, pois Brahms deveria saber todos os caminhos e atalhos, além de ser muito mais rápido do que a mim...
Continuo tentando escapar daquela situação, não iria desistir. Porém, um barulho irrompe-se logo em minha frente...
Brahms estava me encarando, afrente de mim... Ele havia pego um atalho para aparecer em meu caminho.
Seu rosto vira-se lentamente em direção ao meu, entre as madeiras que nos afastavam...
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